sábado, 31 de outubro de 2009

Essa é a historia do menino apressado...

Tudo começou numa noite no fim de dezembro
Acordei no mundo caotico frio e chuvendo
Olhei decepcionado comigo mesmo por ter saido correndo
Da cachanga tão gostosa que tinha meu proprio sustento
Alimento, provido por um cordão que ligava o meu umbigo
E eu ficava ali parado falando comigo
Como é bom essa vida de cabeça pra baixo
Mas a vida desde o começo não é facil
Começaram cortando a barriga pra fazer o parto
Sai la de dentro e fiquei chocado
O medico me deu um tapa e eu chorei um bocado
Nao parei mais chorar, queria voltar praquele estado
De inercia, de preguiça sendo carregado
Conhecendo literalmente o mundo todo que vivia
Agora aqui fora é muita correria
Ousadia é a vida, a vida vivida
Aqui fora a realidade eu ainda nao entendia
E ainda nao entendo , o que ta acontecendo
Perguntei a um homem e disse que não compreendo
O processo legal que me botou nesse mundo
Ao invez de um rei nasci como um vagabundo
Sem dente, careca, chorando sem parar
Minha mãe olhou pra mim e começou a chorar
De alegria de felicidade,
não ter mais me carregar por toda a cidade
De verdade
Fico louco, lembrando disso
Agora eu cresci e fico aqui como esse vicio
De criticar todas as coisas que eu conheço nesse planeta
Tão grande e devastado pela imbecilidade da direita
Da esquerda , do centro, de qualquer lugar
O importante é destruir pra depois se preocupar


Tudo começou assim
A vida vinha direto pra mim
Sai da barriga sem dizer que sim
Fui tirado da barriga mas não foi o fim

Foi só o começo, disso nao me esqueço
Deitado na bahia dentro do meu berço
Enquanto minha avó ao meu lado rezava um terço
Com medo dos ratos roerem minha cara
Malditos roedores que infestavam a minha area
Cercado de insetos que pousavam e mim
E eu calado ouvindo o zumbido sem fim
O tempo foi passando e fui ficando calejado
Sai do nordeste e voltei pro meu estado
Onde tinha nascido mas nunca tinha morado
Agora na metropole completamente cercado
De concreto, de tristeza, de preocupação
Sem saber o que fazer, esperando meu busão
No ponto de onibus, no centro do caos
Cercado de milhares que povoam a capital
Escravos de um sistema que os impede de entender
Eu , você, porque, pra que
Tudo isso é complexo e prolixo
Ideia fixa que se esvaizia com o lixo
Que é levado para longe, da metropole poluida
E dize que tudo isso que a gente faz e a vida
A vida só é vivida por quem consegue sobreviver
E eu aqui deitado esperando anoitecer
Pra contar as estrelas da mais bela constelação
Mas nao era um estrela , era outro aviao
O céu noturno das cidades é alaranjado
Mudança de padrao nas cores do cerrado
O dia é vermelho de monoxido de carbono
Meu pulmao é só fuligem, quando respiro me exponho
Vou voltar para o nordeste pra fugir dessa fuligem
viver no agreste, longe da vertigem
da cidade complexa caotica e opressora
Na barriga da minha mae eu vivia numa boa
Mas agora eu cresci, até mais do que devia
graças ao toddy, o nescau que comia
Enlatados de hormonios de alta tecnologia
Vitaminas no isopor no danone e na latinha
De sardinha que vem ja pronta pra comer
Esperando o pescador que la de dentro vai dizer
Eu pesquei essa sardinha mas nunca irei comer
Essa coisa que nessa lata impropria pra viver
Quer saber , fui pro mato longe da realidade
Fugi da cidade e descobri a verdade
O caminho e a luz, a palavra e a salvação
Geografia minha vida, nunca me deixa na mão
Sei que sou aquilo exatamente que queria ser
Mas fugi dos meus principios que tanto gostei de ter
Que era so ficar de cabeça prabaixo, dormindo todo dia
Comendo e crescendo pra viver a vida que ainda vinha
Vou voltar para o agreste, pro sertao, pro matagal
Vou vive na cidade na contradição e no caos
Mas aqui ta confuso da dificil de entender
Quer saber to de boa, to de altas pra você ...

sexta-feira, 30 de outubro de 2009

Ilusão terreal

Dista 100 léguas
No horizonte distante
A nuvem de pedras
Coberta de diamantes

Dos antigos exploradores
Aos mais novos viajantes
Buscam na ilusão dos valores
O carinho de uma amante

Que só lhe trarão
Um momentaneo prazer
E os abandonarão
Sem mesmo perceber

Que toda essa riqueza
Baseada na destruição
Só gerará tristeza
Empatia e solidão

Outrora rico em pedras
Que brilhavam no horizonte
Hoje vivem de guerras
Para irem adiante

Onde nenhum homem foi
Pois a ganancia os impediu
De saciar sua sede
No coraçao de um rio

Pois está sozinho
Solitário na multidão
Que rodeia seu corpo
Mas não o seu coração

Jovens almas perdidas
Nas promessas de tristeza
Cidades e vilas destruidas
Na ilusão da riqueza

As trilhas do passado
Que tanto nos ensina
Parece ter ficado
Perdidas la em cima

No alto das serras se vê
A pequenês dos homens
Pobres almas que se iludem
Que dinheiro não se come

Sabe-se que um dia atrás
Num interior distante
A 100 léguas se via
Lá no horizonte

A cidade das maravilhas
Construida com arte
Cercada por altas nunvens
Que escondia a sua verdadeira face

Que a felicidade não vem da riqueza
Surge dentro do coração
Da sabedoria e da beleza
Da natureza e da paixão

Geradas pela simplicidade
Da criação advinda
Da grandiosa complexidade
Da coisas simples da vida...

quinta-feira, 29 de outubro de 2009

MãonarquiA!!!

Não se sabe nem aonde,
Nem o porque...
Foi ficando ultrapassado,
Pelo infinitito distante...

Outrora um mega estandarte
De um reinado grandioso...
Glorias de um antigo passado
Que hoje se transformou em nojo,
Dessa gente egoista
Que gasta a riviria
Em banquetes desnecessarios
Que se repetem dia a dia...

Durma majestade... Amanha será um novo dia...

segunda-feira, 26 de outubro de 2009

Luz no fim do tunel.

A chuva cai pela cidade, adentrando a madrugada. As luzes refletem as nuvens, a cidade está molhada. Alagada de incertezas quanto ao amanha. O Sol irá clarear a escuridão em breve. De relance, se olha pela janela e avista-se um oceano sobre minha cabeça. Há água por todos os lados, flutuando sobre mim. Encharcará o meu dia? Pergunto a mim mesmo, já sabendo a possivel resposta. Dependerá de minhas forças compreender o desconhecido, e imaginar o que está por vir. Centenas de insetos rodeiam desesperados a luz do poste. Esses insetos são infelizes. Nasceram no lugar errado. Tanta mata, tanto tempo, tanto lugar. Deveriam estar sobrevoando lagoas, rios, matas, cachoeiras, serras. Mas estão se eletrocutando na alaranjada armadilha de luz. Nem sempre a luz no fim do tunel te salvará. O tunel as vezes pode ser grande, mas nele o caminho é certo. Fora dele a trilha pode ser um emaranhado de escolhas. Escolhas duras de se realizar. Seguirá pelo caminho certo? Como saber se não a luz no fim dela? Se a luz está ao redor. Dentro do tunel só há um caminho. O caminho é escuro, abafado, claustofobico. Mas existe a luz no fim . Uma luz que te trará de volta as duras escolhas. Ficamos 9 meses dentro de um tunel, e ao sair dele vemos a luz, e ai não há mais volta. Fora dele, as escolhas são dificeis. A vida vai passando, e as vezes eu queria estar denovo nesse tunel. Onde não há como se perder. Dentro do tunel a chuva não nos molha. Ela está lá fora. Molhando aqueles que se aventuraram fora dele. O tunel é um espaço de paz. Silêncio. Lá fora é conturbado demais. É a selva. A selva que está sendo bombardeada pelos grossos pingos que explodem no concreto. A selva é de concreto. Parafraseando um caboclo do mato, um senhor que não me disse seu nome, nem sua origem, nem sua historia, mas que com apenas uma frase resumiu bem a teoria geral da natureza pós-moderna.

"No mato é tranquilo, os animais só se defendem. Na cidade, eles te atacam... "

No mato a luz que guia os insetos não existe. Eles não irão se iludir com a magnifica e majestosa luz que parece ser o Sol. Eles irão trilhar seus caminhos, longe do tunel. Tunel que molda a cidade. Que molda nossas vidas. Nascemos predispostos a andar nele. Tuneis como do metrô das grandes metrópoles. Que nos dão apenas algumas opções. E no final deles sempre encontramos a luz. Mas não a verdadeira luz. Um poste.

Cuide-se para não ser iludido como os insetos, que têm a certeza de que estão no caminho certo.

domingo, 25 de outubro de 2009

conflitos internos...

O que fazer para resolver
Os problemas que vem de dentro de você?
Essa questão não tem solução
Vou então em outra direção
Perguntar diretamente ao meu coração...

Eu gosto de gostar de alguém...Mesmo que seja em vão...
É um sentimento que todo mundo tem... Alguns são retribuidos, outros não...

sábado, 24 de outubro de 2009

Autografa meu livro?

Sim, eu posso fazer isso. Minha biografia permite que eu mesmo a autografe. Pois sou o principal ator da historia. Mesmo que não seja o principal escritor. Escrita por milhares de encontros e desencontros, de pessoas e ações, de historias e confusões, de viagens e reflexões, de tudo que a vida nos ensina e nos mostra, nos cobra e nos dá. Sou fruto de uma imenso jogo de ligações infinitas. Pensando hoje em algumas coisas, lembrei-me de pensamentos natalinos, de ideias sobre felicidade, sobre a vida. Hoje em BH , tanto tempo depois vejo que minha vida continua a mesma, continua sendo exatamente aquilo que gostaria que fosse. Pela primeira vez na vida, fui pra serra e não sentir a sensação de estar lá, a sensação de que estou num lugar estranho, num lugar novo, num lugar diferente do que estou acostumado. Na serra essa semana me senti em casa, senti o lugar comum, senti que era apenas mais um capitulo pré-determinado de meu livro. Essa sensação de que estou vivendo exatamente aquilo que gostaria é estranha. Pois a vida é cheia de incertezas, e não gostamos delas, mas nos acostumamos. Ultimamente, minha vida está se transformando em coisas interessantes. Tava pensando no meu quarto, no fato de eu não ter um quarto pra mim, de dividi-lo com meu irmão, do fato do meu quarto ser apenas um dormitorio. Ontem a tarde no DA, eu vi que na verdade o lugar que mais gosto de ficar é lá, lá no DA onde meus amigos sempre estão, onde posso fazer o que quiser, onde me sinto bem, muito mais que no meu quarto que só serve pra dormir. Ai eu comecei a extender o caso, a pensar em como minha vida foi se transformando, em como aquilo que eu penso se transformou em realidade, e em como essa realidade tem sido estranha pra mim. Mais que um simples desejo, minha vida se tornou uma serie de vontades convertidas em realidade, que a torna mais pra sonho, mais pra fantasia, do que a dura realidade. Hoje deitado no meu quarto, acordei de um sono profundo e recuperador das energias perdidas na semana, que me fez pensar no seguinte.

Não tenho quarto, o meu quarto é o DA. O DA é um espaço coletivo dos estudantes do IGC. O IGC é a minha segunda casa, onde passo grande parte dos dias. Hoje, por um capricho do "destino" sou o principal responsavel pelo DA, o diriamos presidente.

Ou seja, hoje sou o presidente do espaço que mais gosto de ficar.

Engraçado isso. Engraçado como do nada, minha vida tem se tornado mais fantasia que realidade. Desde que fui pra Natal e descobri essa capacidade de se realizar as vontades, tenho visto que tudo aquilo que eu desejo, tudo aquilo que de verdade eu quero, tem realizado. As vezes de forma diferente, as vezes surpreendente, as vezes demorando demais e eu desistindo daquela vontade, mas que donada chega e se realiza. Não sei explicar esse fenomeno, mas eu chamo de FELICIDADE!!!

Se minha vida fosse um livro, os capitulos estariam sendo até meio paias, porque ta ficando muito mentiroso. Mas se continuar assim, estarei sempre feliz.


Viva a alegria de se viver um sonho. Mesmo que o sonho seja toda a vida. Pois o que não é a vida, se não apenas uma sensação sua? Apenas uma forma de interpretar a realidade? Apenas um lapso no espaço e no tempo , um minusculo e complexo modo de fazer parte desse imenso jogo celestial, onde as regras e os jogadores, estão ai. Os dados tem sempre me ajudado. Sorte é uma coisa que as pessoas entendem de maneira diferente, não me vejo com sorte, apenas faço o que gosto, pois escolhi fazer isso...Escolhas na vida...como um jogo...

Cachoeiras...

Hercules Florence viajante de uma expedição russa que entre 1825 e 1829 saiu de Porto Feliz em São Paulo subiu o tiete e depois o paraná e foi até cuiabá.

Em um de seus registros interessantes ele fala sobre as cachoeiras...

"Entre as grandes e belas cenas da natureza, um salto como o de Itapura ou Avanhadava oferece tanta magnitude como outras, sem contudo incutir n'alma nenhum sentimento de terror. Não podemos em uma praia batida pela tempestade admirar o embate dos vagalhoes e o esforço do furacao sem recear pela vida dos infelizes que estejam sofrendo esses furores. O temporal desfeito faz-nos tremer pela sorte das plantaçoes e das pobres chopuanas do agricultor: um terremoto aterra, aniquilia o homem. A vista, porem , de um grande rio que cai em catadupa não traz nenhuma desas impressoes. Fica-se preso de admiração , dominado pelo tumulto, pelo estrondo e a agitação; os abismos se abrem a cada instante, mas não nos inspiram medo nem horror."



é tipo isso mesmo...

domingo, 18 de outubro de 2009

Nas serras...

De encontro ao vento oceanico, aos alisios que resvalam a barlavento do espinhaço, buscando resfrescar-me da metropole sufocante. Nas serras, tomando agua das nascentes para se purificar com o que de mais natural existe, H2O. Vislumbrar-me com a beleza do espinhaço, da serra, de minas. Estou lá, lá longe, no meu paraíso!

quarta-feira, 14 de outubro de 2009

Do poder da repressão, a repressão ao poder!

Não Pode!

Essa foi a expressão mais ouvida no Encontro Regional de Estudantes de Geografia no ultimo final de semana na UNICAMP. Dita pelos seguranças da empresa Fortknox, que no seu site afirma: "Qualidade é a palavra de ordem na Fort Knox e um esforço permanente de todos os colaboradores da empresa. O Sistema de Gestão da Qualidade implantado segue a Norma NBR ISO 9001:2000 e busca garantir agilidade, eficiência e qualidade aos serviços e produtos oferecidos pela empresa." Agilidade comprovada pelos estudantes de geografia presente no encontro. As inumeras proibições que existem na UNICAMP, faz com que os seus seguranças tercerizados, trabalhem com muito empenho, para manter a ordem que o regulamento interno da universidade impõe. Não se pode fazer nada dentro da universidade. No regulamento, Artigo 227 está descrito o que NÃO se pode fazer:

I. praticar atos definidos como infração pelas leis penais, tais como calúnia, injúria, difamação, rixa, vias de fato, lesão corporal, dano, desacato, jogos de azar;
II. manter má conduta na Universidade ou fora dela;
III. promover algazarra ou distúrbio;
IV. cometer ato de desrespeito, desobediência, desacato ou que de qualquer forma, importe em indisciplina;
V. fazer uso de substâncias entorpecentes ou psicotrópicas, ou de bebidas alcoólicas
VI. proceder de maneira considerada atentatória ao decoro;
VII. recorrer a meios fraudulentos, com o propósito de lograr aprovação ou promoção;
VIII. praticar manifestações, propaganda ou ato de caráter político-partidário ou ideológico, de discriminação religiosa ou racial, de incitamento ou de apoio à ausência aos trabalhos escolares.

Dentre todas as proibições, os estudantes foram inumeras vezes importunados pelos seguranças, que surgiam a todo instante, demonstrando que estavam ali para não deixar nada acontecer. Mas eles tiveram a desagradavel surpresa de que os estudantes pouco estavam se importando para eles. Sem poder de reação, e vendo que nada podiam fazer a não ser dizer que não podia, eles aos poucos foram desistindo.

Quando acendemos uma fogueira, vieram instantanemente apaga-la, dizendo NÃO PODE, mas ao serem questionados, a unica resposta que eles conseguiam dizer era NÃO PODE. Sem argumentos, e com mais de 300 estudantes a sua volta, eles foram vendo que aquela batalha de repressão aos estudantes que nada de mal faziam, a não ser se divertir, esquentar do frio, ou como no caso do churrasco de domingo, COMER, era inutil, pois para todos os estudantes, aquelas proibições sem sentido , nao passavam de uma mera diversão. Ver os seguranças encabulados com a situação se tornou um divertimento para todos, que riam toda vez que ouviam mais um NÃO PODE, que ressoava pelo campus, a cada atitude, ato, gesto dos estudantes. Sem argumentos não havia como reprimir, a não ser usando a força, e isso não seria feito, pois com tanta gente disposta a não obedecer as ordens de esvaziamento da UNICAMP, eles não arriscariam agir dessa forma. Apenas anotavam as ocorrencias e diziam que encaminhariam para o reitor. Assim como na UFMG em 2006, quando o EREGEO se tornou o camping mais caro do país, com a surreal multa aplicada pela reitoria aos organizadores de R$50.000,00 por dia de ocupação, as ameaças da segurança entravam em um ouvido e saia pelo outro, e tudo continuava acontecendo como bem queriamos. Ao ser questionado um dia por um segurança que ja aceitando o fato de que seu poder não exsitia, respondi a questão feita por ele, sobre o porque de não respeitarmos o seu poder. Disse que da mesma forma que eles usavam o poder para nos repreender, nos ignoravamos esse poder, que pra nós não existe. Os estudantes são o principio da universidade, e a segurança era apenas algo que nos impedia de estarmos ali. Respeitando as normas eticas, e sem vandalismo, não havia motivos para a segurança vir nos repreender, mas ela como uma empresa com excelencia no assunto, ficou sem saber o que fazer. Disse ao segurança que seu trabalho era importante para nos proteger de possiveis "marginais" que poderiam entrar no campus, e que eles não deviam nos temer, mas simplesmente nos ignorar. Foi o que aos poucos foi acontecendo com alguns deles, que foram no fim se divertindo com a nossa repreensão ao poder que eles queria impor. Eramos o seu circo, e como palhaços, corriamos de um lado para o outro, acendendo fogueiras, fazendo churrasco, dormindo nas gramas e praças, coisas que no dia a dia da UNICAMP não mais existe.

A UFMG tentou a alguns anos atrás fazer o mesmo que a unicamp, com seus seguranças tercerizados, com as proibições de festa, de venda de cerveja, de fogueiras, mas como continuamos a fazer tudo NaTora, aos poucos as imposições foram ficando apenas no papel, e hoje em dia graças aos alunos que outrora não se sentiram reprimidos pelo poder, a UFMG ainda possui as festas, fogueiras e tudo mais que são proibidos simplesmente sem nenhum argumento contra. Sem argumento, quem pensa não aceita, e assim o poder é reprimido por si próprio, já que para se oprimir sem usar a força é preciso usar a inteligencia, que as vezes falta na universidade, que sonha um dia domar todos os cordeirinhos que ali estão para 'estudar'.

Viva a vida NaTora!!!

terça-feira, 13 de outubro de 2009

Mineiri-sse...

De volta do Encontro Regional de Estudantes de Geografia do Sudeste o tal do EREGEO-SE, escrevo com o cansasso dos rocks o sentimento que mais tive lá. A tal da mineirisse. O sentimento de pertencimento aos costumes de minha terra sempre afloram ao sair do estado. E num encontro de estudantes, onde pessoas de diversos outros lugares se juntam, essa necessidade de ser mineiro parece ainda maior. Gostamos de ser mineiro, de tomar cachaça e comer queijo, de ser timido e desconfiado, de falar pouco mas falar bem. Ontem numa roda de musica, a cachaça e o queijo no centro da roda simbolizava a imagem do mineiro. Do mineirim que come queto, que bebe cachaça boa, que adora um bom queijo e de jogar conversa fora. O mineiro que fica no canto dele, meio desconfiado dos cariocas e paulistas, mas que depois vira amigo de todo mundo. Gostamos de passar essa imagem, gostamos de nos sentir mineiros, gostamos de mostra aos outros que nossa identidade e cultura serão sempre preservados. Assim como o gaucho e seu chimarrão, o mineiro tem na cachaça e no queijo sua pedra fundamental de convivio. Ser mineiro nessas ocasiões nos deixa orgulhosos. Somos um povo orgulhoso, não temos vergonha de ser mineiro, de ser das serras, de andar muito, de subir e descer. Por que aqui nas Gerais, tudo é logo ali. Tudo é pertim, da pra ir rapidim, so andar um tiquim. Ninguem anda em são paulo, pra eles tudo é longe, e o carro é a salvação. Mas mineiro gosta de bater uma perna, conversando fiadamente ao longo do trajeto. Todos tem esse sentimento de pertencimento ao lugar que nasceu ou que mora, e nos encontros além minas, se nota nitidamente a vontade de mostrar-mos que somos mineiros. Até falamos mais girias e com o sotaque mais carregado, porque Minas Gerais são muitas, mas os mineiros ÚNICOS!!!

quinta-feira, 8 de outubro de 2009

Da lama a lama

Hoje eu vou cantar,e vou bater tambor
Vou Natorear, pelo mundo eu vou
Hoje vou viajar, vou fazer amor
Vou geografizar, porque da lama eu sou

Quando chegar lá
Eu vou cantar
E vou dizer
A todos vocês

Bata logo esse tambor
Com força e com louvor
A lama já chego
Geografia é Amor!!!

terça-feira, 6 de outubro de 2009

manha de terça!!!

Nunvens engraçadas
Cintilantes no azul celeste
O Sol em sua plenitude
Iluminando desde lá do leste
A primavera que se inicia
Num espetaculo de beleza
Matas, flores, pássaros
E toda a grande natureza
Nas serras que nos rodeiam
É possivel de se ver
Toda a grandeza
Que me faz compreender
O meu objetivo
Que é apenas viver...

segunda-feira, 5 de outubro de 2009

Reinos de concreto

Sai de casa no sabado por volta da 13h da tarde, para ir até Ibirité, na casa do caio. Mas mais do que apenas ir, mais do que apenas percorrer o espaço entre esses dois lugares, minha casa e a casa do caio, eu fui geografando o caminho todo. Eu e o Miltão fizemos uma deriva muito loca pela metropole. Saindo da Zona Norte, indo em direçao ao centro, atravessando o centro a pé, e depois indo de onibus para além do que me era conhecido, descobri novas belo horizontes, novas cidades, percebi o tamanho da metropole. Ao chegar na distante ibirité, cerca de 50km depois da minha casa, percebi o quão grande a metropole se encontra. Vagando por predios, ruas, concreto, percebi de maneira interessante o lugar que vivo. Vivo muito distante de onde fui, e senti algo estranho. Me senti longe, me senti como se estivesse em outra cidade (e realmente estava), em outro pais, em outra cultura. Mesmo sendo vizinha a minha cidade, aquele lugar era tão desconhecido por mim, que era como se eu estivesse em uma viagem , para longe. Mesmo perto , é longe. Imagine que demorei cerca de 3horas no percurso todo, mas nos idos do inicio do seculo XX, concerteza essa viagem levaria no minimo 2 dias. Ao atravessar a metropole em velocidade tão rapida, é possivel ver muitas coisas, mas nao da pra entende-las tao bem. O onibus cheio impede a visão do todo a sua volta, e os bairros que margeiam as avenidas que cortam a cidade, vao passando rapidamente, sendo apenas mais um em BH. Conhecer novos lugares dentro da propria BH, me deixou feliz, mas com aquele sentimento que disse de não pertencimento. Ao regressar a noite a região da pampulha, me sentia muito feliz, me sentia em casa, ali eu conhecia tudo, mesmo que ainda quase nao conheço nada, mas so de estar em um lugar que ja tinha passado antes, me deixava feliz. Não estava mais perdido em outro reino, estava nas minhas terras, na minha parte da cidade. Essa sensaçao que a tempos eu nao sentia, me deixou feliz. Fui ontem a cidade nova, meu antigo reino, onde me senti tambem em casa, me senti bem , sabia como funcionava as coisas ali, onde ir e onde passar. Na gigantesca metropole, poucos reinos superam o centro. O centro cercado pela contorno, cercada por uma muralha de automoveis que transitam infinitamente ao redor do reino central. A cidade que busca suas saidas engolindo as outras a sua volta, tem em seu centro o apice da modernização. Ruas e avenidas, que chatassamente se entrecruzam, fazem parte de todo o molde do reino. No centro, não me sinto em casa, não é meu lugar, mas lá eu conheço, lá eh so um lugar de passagem. Um lugar que tanto ja passei que me sinto entendedor de seu funcionamento. Mas lamento a mim mesmo saber que mal conheço o centro. Infinita torre de babel que congrega todos os reinos a sua volta, o centro metropolitano, é mais do que simplesmente um lugar no espaço. É uma territorialidade abstrata. Pertence a ninguem. Mas ninguem quer ter o centro. O centro é o lugar de passagem e encontro, de paisagens recortadas por predios, e onibus, é a não-moradia. Quem vive no centro, não vive o centro. O centro da metropole torna-se o buraco negro da região. Tudo gira em torno e segue para ele. Os reinos ao redor, são ligados pelo centro, de forma que toda a riqueza que transita pela região, é captada pelo interior da metropole. Os elos fora, e os reinos distintos vao se formando de maneira diferente. Cada um da sua forma, mesmo que parecidos ( como venda nova e o barreiro) fisicamente, são reinos completamente diferentes, com ideias, sentimentos, ligaçoes diferentes. Antigos recintos de pessoas que viviam longe do centro, mas que hoje foram engolidas pela BHbilonia, que cresce cada vez mais. Cada reino distante um do outro, se tornam pequenos centros, que se tornam cada vez mais importantes aos seus moradores do que o proprio turbilhão central. Mas mesmo que cada reino se emancipe, não poderá viver fora ou como quiser. Estará sujeito ao que o centro todo poderoso impõe, e ai todos esses reinos se tornam um unico. O reino da metropole.

Após atravessar o imperio belorizontino, pude perceber o quão a bagunça organizada funciona hoje em dia.

:)

Dos desejos loucos que queria
Das realizações impensaveis,
Hoje se tornou mais do que alegria
Se tornou Felicidade!!!

domingo, 4 de outubro de 2009

Pensamentos do sec XVII

"Nas serras que entrecruzam a região
Obstruindo a passagem de nossas riquezas
Lutando com a força do coração
Contra a bravura da natureza
Atravessando todo o sertão
E descobrindo toda a beleza
De se viver na imensidão
Longe de toda a certeza
Ouvindo o pai da criação
Dizendo com toda sua grandeza
Oh filho de abraão
Lhe dei para sua surpresa
O melhor lugar do mundo
A boa e calma natureza..."

sábado, 3 de outubro de 2009

derivar

Hoje é dia de derivar. Nas ideias, na metropole, na cidade, nas Gerais!

Dia de percorrer varios caminhos. De ver e entender de outra forma a cidade . Derivar é preciso!!!