segunda-feira, 30 de novembro de 2009

Vapor-i-za-dor...

Uma nevoa fina domina a região. Não é possivel observar ao longe, fica-se preso numa pseudo solidão. Sem enxergar em volta, é dificil escolher o caminho. Tens de se contentar com a ajuda do destino. Volta menino, volta pra escola...Vai aprender coisas novas...

sexta-feira, 27 de novembro de 2009

Ambulo ergo sum

Ando logo existo. Saia do lugar. Viaje. Transforme o espaço com seus passos. Sinta o vento, o tempo a todo instante constante. Siga adiante. Sem medo , sem receio, tenha apenas o desejo, da vida. Viva bem todo dia, não como se fosse o ultimo, mas como se fosse O DIA, o amanha pode não ser tão bom como hoje, mas hoje é o melhor dia porque ele é o agora. Mas planeje, veja, seja curioso, corra atrás de respostas. Mesmo aquelas que se encontram longe, mesmo aquelas que você nem sabe a pergunta. Suba o morro mais alto, o pico mais distante, veja a Terra de outro angulo, sinta e perceba que belo planeta, como um cometa, saia do lugar. Mude de orbita, orbite outros sistemas, veja outras coisas, conheça outras pessoas. Lugares são individuais, por isso crie lugares infinitos. Mude de lugar sempre, visite os antigos, invente novos, descubra os que você pouco vai, reconstrua aqueles que sempre se está. Fale com todo mundo seus desejos, quem sabe alguem te ajuda. Vá ao longe, veja o longe. Sinta que o espaço está ai para ser explorado. Não deixe que te explorem. Conheça a realidade. Saia da cidade. Imparcialidade não existe aqui. Pois o equilibrio só se encontra na naturea. Natureza que nada mais é que tudo aquilo que sempre existiu mas que o homem agora cismou de ser dono. Não seje dono de nada, deixe que a Terra te carregue pelo espaço, saia desse vacuo inutil criado pelo trabalho desnecessario. Faça o que quiser, viva do jeito que melhor entender. Dificil acreditar, mas da pra fazer. Seja fiel a tudo aquilo que vem do céu, por que ele está acima de ti. Respeite suas intuições, elas são mais que algo explicavel pela ciência, elas são o caminho. Acredite que nunca está sozinho. Pois somos irmãos celestiais. Vindos das poeiras ancestrais, de explosões de supernovas. Do principio do universo, aos meus versos, veja que belo essa historia. Não caia na tentação do consumo. Isso não faz parte do nosso mundo. Foi inventado por um grupo de pessoas. Assim como eu e você que estamos de boa. Mas eles quiseram as riquezas, e tomaram o poder simplesmente botando na nossa cabeça, que deveriamos trabalhar para eles. Donos de mercedes, mansões e iates, levante sua cabeça e veja se isso bate. Ve se faz sentido o mundo ser dividido em um oceano de pobres e um arquipelago de ricos. Não , não faz sentido. Não se deixe iludir pelo sistema gigantesco que vivemos. Saiba aproveitar suas brechas, conheça suas regras. Aliás saia da Televisão e entre no mundo real. Critique tudo, odeie a cidade. Fuja dela. Volte para o mato, disposto a viver a vida real. A cidade te impões vontades que você nem tem. A vida é boa, mas é pra quem? Corra em fuga, dentro de ti, revolucione-se, evolua. Saiba que darwin não inventou nem descobriu nada. Apenas olhou, pensou, e disse: Tudo isso aqui na Terra, não faz sentido , tudo se parece, deve ser tudo igual, vieram de um mesmo ancestral, as vezes mais que distante, as vezes do infinito. E é isso ai, evolua e conquiste o infinito. Atinja seu ponto inicial mais uma vez, regrida ao começo da vida, e comece ela denovo. Saia do lugar e vá viajar. Vá atraves do mundo, do seu país, do seu bairro. Através da sua casa. Conheça ela, veja ela de outra forma, o espaço nela condiz com o que você gostaria que fosse? Não deixe que seja apenas uma imposição, afinal sua casa é o seu espaço. Fato que ande. Explore, ande mais a pé. Veja mais as distancias. Aumente-as para que o tempo seja maior. A vida vai demorar mais a passar. Não use relogio. Siga os horarios do seu corpo. Relogio é a compreensao do tempo no espaço. Um pequeno espaço e o tempo ali, registrado! Paralisado a todo tempo. Liberte o tempo, liberte-se do tempo. Seje seu aliado. Converta-se no caminho da luz e da salvação, abra teu espirito para que seu unico objetivo na vida, seja VIVER! Viva. Viva a vida!

Ambulo ergo sum. Através do espaço !

quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Pra que ???

Tenho ultimamente sentido uma enorme necessidade de sair desso ótimo cotidiano que levo. A preguiça pela repetição gera em mim uma ansiedade. Nesses 4 meses que estou de novo em BH, muita coisa aconteceu, muitas experiencias, conhecimentos e idéias foram surgindo e fazendo parte de minha vida. Hoje estou cansado. O calor me deixou desanimado de tudo, me deixou um pouco melancolico. Sinto falta da aventura, de deixar a aconchegante cama e me lançar em novas experiencias, como foi a de Natal. Sei que isso não tem a menor necessidade, não preciso sair da minha casa, de mudar a minha vida, de ir ao encontro do desconhecido, mas ao mesmo tempo se eu nao fizer isso minha vida começa aos poucos a minguar numa melancolia aguda, que atinge o fundo do peito, que me faz aos poucos desanimar de tudo. Esse péssimo sentimento que tem me atingido duramente nas horas de solidão, tem me deixado mal. Inumeras idéias surgem e a vontade de largar tudo e sumir cada dia aumenta. Com tudo sobre controle, o cotidiano se torna um tédio. Não há mais necessidade de se aventurar em busca de novas possibilidades, pois todas estão postas ao seu lado. Fico revirando na cama pela madrugada a fora, em busca de algo diferente. Em busca de uma fuga para a repetição extressante. E por mais que seje MUITO boa essa repetição, com o tempo ela se torna rotina, e rotina te paralisa. Paralisa seus musculos em busca de novidades, paralisa sua mente numa repetição continua de pensamentos que sempre chegarão ao mesmo lugar. Sempre te levarão a crer que a estabilidade da burocracia é o melhor caminho. Sempre vão te convencer que a ilusão da juventude lhe fará arrepender em sua velhice, por ter "perdido" tempo em busca de sonhos que nunca seriam realizados. Aos poucos me vejo cercado por uma rotina que tenta a todas as custas amansar minha loucura. Quero mudar de BH, quero morar em outro lugar, quero me aventurar em busca da salvação. Quero ir para outros lugares, quero surfar, quero viajar, mas mais que viajar , quero viver outros lugares, outros brasis , outra realidade. Não poder sair dela agora tem me deixado triste. Triste por me sentir em uma prisão temporal. Livre no espaço mas preso no tempo, tenho de esperar pelo menos o fim do proximo ano que virá, para formar e finalmente ficar livre. Livre de um ótimo compromisso, mas que depois de 4 anos, começa a ser apenas uma rotina. Preciso buscar na distância das estrelas a sabedoria para fugir do cotidiano. A insonia não é uma ilusão, ela é a resposta do meu corpo as frustrações da rotina. Penso no que poderia fazer para mudar isso, quem sabe arrumar um emprego, quem sabe uma namorada, quem sabe inventar coisas novas para fazer na metropole. Mas por mais que faça coisas novas, o tempo ainda me impedirá de me aventurar fora da estabilidade. Acho que como aqueles homens que se aventuraram no mar e que nunca mais conseguem ficar longe dele, me vejo depois dessa experiencia natalina, aficcionado pela mudança. Em alguns momentos, me pego numa melancolia tão aguda, que a vontade de chorar olhando o horizonte distante chega a surgir. Mas é passageiro, e não irei deixar que minha otima rotina me atrapalhe assim. Buscando na internet lugares para viver, fico na ilusão do mundo virtual fugindo da rotina nas madrugadas, sonhando e imaginando como será viver lá, o que eu vou precisar, o que eu vou querer, e o principal, se irei enjoar. Mas para saber isso tudo preciso sair, preciso ir ver, sentir, viver tudo isso. Tudo que li esse ano me leva a crer que ficar estável, é tão chato quanto ficar 10h por dia sentado em uma cadeira olhando para a parede insossa de uma pequena sala. O tempo passa, mas é um tempo desprovido de vida. Preciso viver mais, pois a vida é curta.

Pra que isso tudo?



Fica queto ai menino, e vai estudar pro concurso...

segunda-feira, 23 de novembro de 2009

Saint-exupery...

"Não é a distância que mede o afastamento. O muro de um jardim de nossa casa pode encerrar mais segredos que as muralhas da China, e a alma de uma simples mocinha é melhor protegida pelo silêncio do que os oasis do Saara pela extensão das areias."


Resume bem o sentimento...

Idéias que surgem...

(re)territorialização do espaço inabitado - Um breve relato de um viajante pelas longinquas terras do Jalapão.

"olhe: muito em além, vi lugares de terra queimada e chão que dá som - um estranho. Mundo esquisito! Brejo do jatobazinho: de medo de nós, um homem se enforcou. Por aí, extremando, se chegava até no Jalapão - quem conhece aquilo? - tabuleiro chapadoso, proporema." ( Grande Sertão: Veredas. 20 edição, pag 73)


Acordei pela madrugada com uma idéia que não poderia ter passado despercebida. Uma breve ida ao banheiro no meio da noite me fez lembrar de Mateiros no Tocantins, no coração do Jalapão , onde os banheiros são construidos longe da casa. Dessa lembrança me veio a cabeça toda uma formulação de uma possivel monografia sobre o Jalapão. Nunca havia pensado em escrever sobre o Jalapão, mas depois do campo na serra do cipó e a influencia da metropole nela, eu fiquei com uma pulga atrás da orelha em saber quem influenciava mais aquele vilarejo distante. O turismo cresce em proporções gigantesca para uma região que até pouco tempo atras mal tinha luz, estrada e pertencia a um estado diferente. Os goianos do jalapão moram atualmente no Tocantins, e possuem uma das culturas mais heterogeneas do país, com influencia do Pará, Bahia, Piauí e Goias. As pessoas que ainda se adaptam aos jipes e as motos, começam aos poucos a entenderem o fenomeno do turismo na região. A região marcada pelo isolamento e pela baixa densidade demografica (sendo a menor do país) tornou-se um gigantesco polo turistico marcada pelo fetiche do deserto, e pela maravilha cenografica do lugar. Com belas paisagens, rios de aguas cristalinas, dunas, e uma fauna exuberante, o Jalapão se divide em 3 tipos de turismo. Um primeiro voltado a ideia do safari, ondem as pessoas transitam num Caminhonibus especial, que atravessa todo o jalapão, feito por uma empresa particular, sendo os turistas de todo Brasil. O segundo pelos jipes, e 4x4 que conseguem transpor com maior falicidade as grandes distancias de estrada de terra, e que vão por conta propria, geralmente vindos de Palmas ou Goiana, e os mais animados vindos de Brasilia. Por ultimo os moradores das regiões proximas ao jalapão como Porto Nacional e Ponte Alta, onde alguns possuem familia na região, ou então vão em busca de ferias tranquilas nas limpidas praias do rio do sono. O turismo vem crescendo proporcionalmente do segundo tipo, para o primeiro e por fim o terceiro. A poucos anos atras (preciso pesquisar isso direito) o caminho era feito por tropa de burros, e uma viagem de São Felix há Novo Acordo, atravessando a regiao norte do Jalapão era feito em 5 dias. Ainda se encontra na beira da estrada inumeros locais de pouso para os antigos tropeiros, e ainda é possivel notar a presença de alguns deles, que ainda se aventuram entrecruzando o deserto.

Bem agora tentando entender melhor o que quero, planejo fazer uma analise do conceito de territorio e região e aplica-lo ao Jalapão. A idéia é pegar um lugar que mudou de região politicamente, e com a descoberta do potencial turistico tem sofrido uma rapida transformação em seu espaço, com uma nova territorialidade que aos poucos começa a emergir no seio de sua população. Pertencentes ao Tocantins, os goianos se sentem as vezes marginalizados, mas aos poucos começam a mudar de idéia quanto a isso. Analisando a vivencia de 7 dias que tive na cidade de Mateiros, aliada a entrevista com os moradores e uma base historica da região, pretendo fazer um retrato (e por isso a minha visão sobre o lugar) do Jalapão, do seu isolamento quase total, a tentativa de o transformar em um novo polo do turismo nacional. Após a construção de Palmas e a inserção de uma nova centralidade a região mudou muito e tornou-se um lugar muito interessante para se pensar a reprodução do espaço. Com o intuito de agregar informação e tentar escrever de forma simples como um relato de viagem, tentarei mostrar tudo aquilo que consegui ver e sentir do lugar, exercendo a função de um viajante do sec XIX em busca de passar através de um texto a idéia de um lugar, o que não é facil. Da boate no Mateiros a festa do povo do Carrapato, muito contraste se vê e preciso de alguma forma contar como foi a viagem e como é o Jalapão.

Geografia bem feita é feita a todo momento!

Gostei dessa idéia, talvez a definitiva!!!

sábado, 21 de novembro de 2009

Another brick in the wall...

É assim que nos sentimos. Apenas mais um tijolo na grande muralha da China. Nessa imensa metropole, somos apenas mais um fazendo parte do todo. Do caotico Todo. A metropole não para de crescer, não só fisicamente, mas na sua área de influencia. A mais de 100km da cidade, na serra do cipó, as pessoas tem suas vidas guiadas pela boa vontade dos moradores dessa metropole. De toda a revolução que aconteceu na vida das pessoas do pequeno povoado de Cardeal Mota, a que mais chama a atenção e a relação desses antigos camponeses com a avalanche de capital vindo da metropole. Inumeras pousadas, hoteis, turistas e visitantes, transformaram o lugar. Levaram a logica capitalista agressiva das grandes cidades para um lugar que antes não existia para a metropole. O terreno que se valoriza apenas com o passar do tempo, leva as pessoas a investirem seu capital na serra. Inumeros loteamentos e outros empreendimentos estão acontecendo longe daqui, lá na serra, mas que são pensados e criados a partir da metropole.

O morador extressado da capital vai até a serra para relaxar. O morador da serra não consegue se adaptar a sua nova vida no vies capitalista selvagem que começa a aflingi-lo, levando assim o povo humilde das serras, a terem de se adaptar a um tipo de vida que não lhes faz sentido. Rapido demais para o entendimento pacato. Para quem não está acostumado, é um turbilhão de informação que assusta qualquer um. A metropole não se expande apenas fisicamente. Crescendo em influencia em diversas regiões, ela consegue atraves de um centro controlar todo o territorio a sua volta. O espaço é (re)definido pelos engravatados do caos. Senhores do capital que o utiliza em prol de um fetiche, da necessidade do homem metropolitanus de se aventurar fora do seu ambiente natural, e curtir a vida 'selvagem' da serra. O homem metropolitanus, que está acostumado ao caos, a velocidade, a informação. Esse homem vive num ritmo alucinante. Deslocando-se atraves de grandes distancias todos os dias, vive o paradoxo da Multidão. Vivendo cercado de milhões de pessoas, ele entra em um onibus, uma fantastica maquina que transporta as pessoas de lugar a lugar em fluxos continuos por toda a metropole, com mais 50 pessoas ao seu lado mas nao conversa com ninguem, e ninguem conversa entre sí. São todos estranhos. Somos solitários em meio a multidão. Na selva de concreto, a lei do mais forte surge como sendo a mais respeitada. Mas a força não está mais no seu porte fisico, nem em suas armas, mas no controle do capital. Capital que leva as pessoas do pequeno povoado a terem de mudar todo o seu modo de vida. Não há mais como viver da propria subsistencia. É necessario ao campones se enquadrar num sistema maior. Muitos não conseguem, e acabam por ai, vagando no submundo da cidade. Mendigos que sem oportunidade na metropole vivem do resto. Esses mesmos mendigos que outroram gozavam da boa terra, foram expulsos de suas casas, e levados a se intregarem no caos. Mas quem não vive no caos, não consegue sobreviver a ele. Essa imensidão de pessoas, informação e capital, convive num espaço que ultrapassa os limites físicos. Por toda a região a metropole se expande, levando consigo como um vírus toda uma gama de doenças sociais. Da expropriação a escravidão do capital, os antigos camponeses se veem sem nenhuma defesa, a não ser aquela tradicional, buscando na gloria do futuro pós vida a salvação de seus problemas.

Para aqueles que não crêem no tamanho de Belo Horizonte, abram os olhos e encherguem. Ela está ao redor, em todo lugar, crescendo violentamente em busca de um lugar ao Sol. Multiplique isso por todo o planeta terra e você terá as cidades globais. Cidades que interferem na vida de bilhões de individuos. Estamos no caminho certo? Não sei. Mas não há volta. Cuidem-se poís sob o dominio do caos, vivemos o dia a dia da metropole. Não se sabe do futuro, mas ele está mais perto do que imaginamos.

segunda-feira, 16 de novembro de 2009

Que mundo é esse?

Com essa duvida, questiono a mim mesmo o tamanho real de nosso mundo. Primeiro deve se entender o que é o mundo. Mundo é o lugar em que vivemos, que hoje coincide com o planeta Terra. Mundo é o nosso lar, é o lugar que vivemos, que exploramos, que conhecemos. Onde não vamos ou não conhecemos é OUTRO mundo. Mundo esse que no decorrer da breve aventura humana, já se configurou de diversos tamanhos. Tudo começa com uma questão de escala. O mundo já foi pequeno, infinito, gigante, minusculo, infinito denovo, e agora, ele cabe na tela de um computador. Desde os primeiros pensamentos sobre o globo terrestre até o google earth, muita coisa aconteceu, muita ideia surgiu, ressurgiu, foi apagada, restaurada e inventada.

Breve só para colocar a ideia de que na epoca pré cristã, o mundo era possivelmente entendido de duas formas. Mundo em primeiro lugar pequeno, e paradoxalmente infinito. Explicando essa contradição aparente, me refiro ao fato de que para os povos antigos, o mundo conhecido era pequeno. Pequenos trechos da europa, asia e africa eram conhecidos, mas mesmo assim por pouquissimas pessoas, que haviam viajado por todo ele, e poderiam ter noção principalmente das diferenças fisicas tanto quanto referente a superficie, clima, quanto aos povos. O mundo era pequeno, mas mesmo assim no pensamento vigente ocidental da época era infinito. Não havia conhecimento do seu tamanho, sua forma, se tinha mais terra ou mais agua, se estava no centro do universo, etc. Aristarcho de Samos foi o primeiro homem a conceber a idéia de um mundo esferico, um Globo tendo o Sol como o centro do universo. Mais de 1700 anos depois Copernico recobra essa idéia , dando origem a atual visão de universo e mundo, do sistema solar e dos planetas. Mas voltando um pouco na epoca de Aristarcho, o mundo na epoca com as ideias aristotelicas era o centro do universo. Um gigantesco mundo que nao se sabia se tinha começo nem fim, pois ninguem conceberia o fato de atravessa-lo, pois mal se sabia se era realmente esferico. Os anos passaram, o mundo mudou , e depois da idade media onde todo o conhecimento se evaporou do mundo ocidental, pouco se conseguiu avançar no tema, sendo queimados na fogueira aqueles que tentaram dizer o obvio. O fato do mundo ser redondo ja era conhecido, mas pouco explorado. Até que em meiados do sec XV surge a revolução maritimica que transformou de vez essa ideia. Depois da descoberta das americas, as navegaçoes para as indias, e principalmente após a volta ao mundo feita pela esquadra de Fernão de Magalhães em 1522, comprovou-se de vez que a Terra era redonda. A partir dai o mundo que era pequeno, e pouco conhecido, se tornou gigantesco. Demorava anos para se tentar dar a volta ao mundo, e poucos conseguiam fazer esse feito. Com novos continentes colonizados, e muito espaço descoberto, o mundo ganhou pela primeira vez uma magnitude real da infinitude prevista. Era gigantesco, e ao longo dos seculos XVI, XVII e XVIII ele foi ficando cada vez maior. Mas poucos foram aqueles que ousaram atravessa-lo e que sobreviveram.Inumeras terras, povos foram sendo "descobertos" e assim o mapa mundi se tornava mais recheado sempre que era redesenhado. Acelerando o tempo, chegamos no sec XIX e a revolução dos meios de transporte movidos a vapor. Com a chegada do sec XX e toda a mudança nos modos de vida causados pela rapida e desnorteante revoluçao do avião, fez com que o mundo deixa-se de ser pequeno. Era possivel atravessar continentes, oceanos, com uma velocidade impressionante. As distancias eram menores, nosso mundo cada vez menor. Cada vez mais recheado e com tamanha velocidade de troca de informaçao, nosso mundo hoje em dia nada mais é que um simples ponto azul no infinito do universo. Vimos atraves dos satelites, das sondas, das estações espaciais, que nosso mundo nada mais é que um maravilhos planeta. Nossa ideia de mundo atual é muito mais que um simples espaço infinito. Sabemos o tamanho dele, sabemos a "quem" pertence os territorios, e quais povos vivem neles. Sabemos tudo que acontece do outro lado do mundo, pois o mundo foi encolhido e hoje cabe dentro do computador. No google earth, com a precisão dos GPS`s, é possivel ver todo o mundo.

Adentrando numa outra questão das escalas e dos espaços, vejo que o mundo nesse tipo de visão está ficando cada vez maior. Do micro ao macro, do mar a atmosfera , desde que as grandes navegaçoes "dominaram" o mar, o homem aumentou e muito o mundo que ele vivia. O espaço antes composto apenas pelos continentes, passou a ter incluso todo o gigantesco oceano. Com a invenção do avião , a atmosfera tambem passou a ser parte do nosso mundo. Podemos atravessar mares, e os céus , aumentando numa proporçao quase gigantes nossa area de atuação no globo. Como se morassemos em uma casa, e fosse construidas um quintal e uns andares a mais. Do micro ao macro conseguimos com a ciencia descobrir o microscopio mundo dos atomos. Passamos a dominar um mundo tão pequeno, que nos fez capaz de aumentar o nosso proprio mundo. Mundo nosso que começa nos atomos, e termina no espaço infinito. Internet que transformou nosso mundo, criando uma infinidade de mundos virtuais. Mundo que com a tecnologia tende cada vez mais a aumentar.

Nesse paradoxo, consigo interpretar como nosso mundo consegue crescer e diminuir ao mesmo tempo. Mundo imaginario, subjetivo, mas ao mesmo tempo real. Globalizar significa deixar a terra plana, chata, redonda, para um globo esferico. Tudo está interligado, pois a Terra esse belissimo ponto azul a flutuar sobre a imensidão do universo, é o nosso mundo. Mundo que ao mesmo tempo que se conhece todo, não se viu nada, pois para entender o real tamanho do nosso mundo, é preciso entender o que é esse mundo.

Um salve a todos que ja deram a volta nele. Mesmo que o seu mundo seja apenas seu espaço.


Ideias de uma possivel intenção de mestrado. Pernas pra te quero pois para conhecer o mundo , é preciso atravessa-lo.

sábado, 14 de novembro de 2009

comé que é?

Pensamentos antigos, que outrora eram a renovação.
Idéias arcaicas, que sobrevivem na solidão.
Somos a vanguarda do passado.
Tudo que foi dito, pode estar errado.
Quantas vezes nos enganamos.
Como saber se estamos ou não errando?
Sempre se pensou na revolução.
Mas será que ela é a solução?
E porque não uma evolução?
Porque não uma inovação?
Pensar como os antigos povos oprimidos?
Ou agir com os falsos idealismos?
O que seria o ideal do fracasso?
O capital está por todo lado, sera ele um mal pressagio?
De onde tiramos tantos ismos?
Do cristianismo ao capitalismo.
Egoismo do monetarismo? ou do monoteismo?
Que lado escolher, quando não se sabe o que fazer?
Que lado acreditar, se não se pode confiar?
Dúvidas, questões. Dadivas, ilusões.
Energia divina, ou da usina?
O caos na escuridão, amedontra a nação.
Liguem a luz, e distribuam suco de limão
Assim a gripe que asusta, não fará mal mais não.
O poder foi comprado, e o povo usado.
Isso todo mundo sabe, somos todos escravos.
De uma falsa realidade, dessa gigantesca cidade.
Na idade do pós , o que depois virá?
Depois do pós nada. Caos e trevas é o que reinará.
Um viva aos reis do futuro. Quem sabe assim eu não fico mais seguro.
Escondam cidadãos de bem. Pois o apocalipse, ja é vem.!!!

terça-feira, 10 de novembro de 2009

A Flor o Boto e o Índio.

Idéia que comentei ontem. Conto no estilo do Ingles de Souza, autor do Contos Amazonicos...


A Flor o Boto e o Índio.


Era uma tarde meio sombria no interior do Pará. A pequena cidade estava escura, e uma enorme nuvem amedrontava os moradores, que corriam para dentro de suas casas. O jovem Gurupi saiu de sua casa as pressas, para ir de encontro à casa de sua namorada que ficava perto da igrejinha principal, ao lado de um pequeno comercio. Maria Flor, era a mais nova de três irmãs, filha do vice-prefeito da cidade com a Sra. Mariana Dias Benta herdeira de uma fabrica de tecidos que seu pai antigo coronel daquelas redondezas possuía. Gurupi e Flor estavam de namoricos escondidos havia meses, e resolveram então abrir o jogo para suas famílias e revelarem suas intenções.
Gurupi era um índio que vivia com sua mãe adotiva a negra Juzia. Ambos foram os únicos sobreviventes de um massacre de grileiros contra a pequena aldeia que viviam, nos arredores do rio. O tempo passou e os dois viveram muito bem, com a ajuda de pescadores que vieram socorrê-los logo após a tragédia de suas vidas. Gurupi era pescador e vivia também de pequenos trabalhos, como conserto de maquinas, peças, casas e barcos.
Maria Flor era uma moça honrada, a ultima virgem da região, filha de família honesta, trabalhadora e de renome. Sua mãe era respeitada por toda a província, mas devido a uma sucessão de doenças tropicais, como a malária, perdeu o juízo e ficou conhecida com Benta louca. Flor havia ido ao rio se refrescar escondida de sua mãe em uma sexta ensolarada quando se encontrou com Gurupi. Os dois com 20 anos se entreolharam e ficaram a se paquerar naquela tarde. O tempo passou e tratou de unir os dois numa paixão juvenil ardente. Porém, aquela situação de encontros escondidos estava deixando Flor um tanto quanto preocupada. Gurupi então resolveu acabar com essa situação e se mostrou com coragem para enfrentar a sua futura sogra. Naquela quarta feira as 18h eles iriam jantar na casa de Flor e Gurupi iria pedir sua mão.
Naquela tarde, a chuva ameaçava cair com toda a força, e Gurupi saiu correndo e chegou até a casa de Flor minutos antes de se molhar com a torrencial força que vinha dos céus. Chegando à casa de sua futura esposa, encontrou Flor, sua mãe e um rapaz ambos sentados na sala. O rapaz havia aparecido pouco antes, dizendo ser o homem certo para Flor, e que estava ali para pedi-la em casamento. Gurupi ficou enlouquecido e sem saber o que fazer, se dirigiu a Flor pedindo uma explicação para tudo aquilo. Flor disse que nunca havia conhecido aquele sujeito, e que havia sido sua mãe que o deixara entrar. Benta louca estava a rir com o seu futuro genro, quando Gurupi a interrompeu e disse que estava ali para pedir a mão de Flor. Benta louca rio, e disse que era um absurdo um sujeito despreparado, maltrapilho e ainda por cima Índio querer casar-se com a mais bela dama que vivia daquele lado do rio. O belo rapaz se levantou do sofá, e se dirigiu a Gurupi com um olhar rudi, tentando impor um certo respeito. Flor estava arrasada na cozinha e não conseguia entender o que havia acontecido. Enquanto Flor tentava compreender os fatos, sua mãe menosprezava e rebaixava o pobre Gurupi, insinuando a fraqueza de sua raça e a ignorância e brutalidade daquele ser selvagem.
Gurupi não se deixou abalar e resolveu conversar com Benta Louca, jogando sua ultima cartada, antes de pensar em fugir com Flor ao amanhecer. Disse ele a Benta Louca:
- Minha senhora, mãe de Flor, desculpa eu ser assim, não tenho culpa de minhas origens, mas provo eu que sou bom moço para ser esposo de sua filha. Não tenho bens grandiosos, nem casa, fazenda, gado. Sou pobre, mas honesto e de bom coração. E eu AMO a sua filha. Posso explicar meu amor por ela da seguinte forma. Eu antes de amá-la a respeito muito. Tenho o maior respeito por sua filha, e sei que para que um relacionamento funcione, o respeito ao outro é um bem necessário. Segundo, ante de amá-la eu a admiro. Para que um relacionamento seja verdadeiro é necessária à admiração de um pelo outro, para que ocorra uma certa inveja boa, que nos fará sempre ser feliz de estarmos ao lado de quem admiramos. E a ultima coisa, antes de amá-la eu sou seu melhor amigo. Amizade é fundamental para que um relacionamento seja duradouro, se eu não for amigo de sua filha, logo logo irei cansar me dela e fugirei por ai. Mas com a amizade, a admiração e o respeito que tenho por ela, saiba que Amor nunca faltará, pois o amor nada mais é que a conjunção perfeita desses três pilares.
Benta louca ficou quieta, e ouviu toda a fala de Gurupi, que agora suava de nervoso vendo o outro rapaz, se dirigir para a direção da mãe de Flor. Mas ao sair de seu lugar, o rapaz deixou seu chapéu cair, e algo estranho chamou a atenção de Gurupi. Era um furo que o rapaz tinha na cabeça , quase na nuca, que parecia ser muito com o furo na cabeça dos botos.
Rapidamente Gurupi deu um pulo, e se jogou contra o rapaz, na esperança de desmascará-lo, e conseguiu. O rapaz de repente se transformou no boto, que fugiu pela cozinha, indo direto para o final da rua e para o rio. Benta louca começou a passar mal de susto, e desmaiou. Aproveitando a confusão, Gurupi e Flor ficaram juntos, e esperaram Benta louca acordar. Após tudo isso, Gurupi e Flor conseguiram o consentimento das irmãs e de seu pai. Sua mãe não estava em condições de avaliar a situação, e os dois conseguiram fugir para a roça de Gurupi.
Após alguns anos do caso, o fato é que os três pilares da base harmoniosa do relacionamento dos dois ainda se encontram de pé. Respeito, Amizade e Admiração.

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

Realidade, Idéias e um pouco de Schopenhauer...

A pouco escrevi aqui sobre a realidade, e como pela 3 vez no ano ela mudou bastante pra mim. Fiquei matutando esses dias no que tinha causado essa sensação estranha de mudança do real e nao tinha chegado a muita coisa. Fiquei pensando, e tava meio travado, sentindo falta de alguma coisa pra minha cabeça voltar a pegar no tranco. Foi ai que hoje, acordei cedo, fiquei lendo umas coisas, viajando em outras e resolvi ir pra federal pegar um livro do schopenhauer. A principio peguei o livro A Arte de Insultar, que eh muito doido. Depois logo antes de voltar pra casa, passei denovo na biblioteca e peguei um outro livro, Metafisica do Amor e Metafisica da Morte.

Estava esses dias pensando muito no sentimendo Amor, e desde uns tempos atrás no que é a morte. Engraçado de tudo que como sempre o Schopenhauer rouba as minhas ideias e abri o livro aleatoriamente e li uma frase que eu mesmo tinha dito para uma amiga minha na ultima quinta feira. Sobre a morte e tal, eu disse exatamente aquilo que o Schopenhauer diz. Tinha ficado a uns tempos matutando nessa ideia, mas nem me esforçando muito, ela vinha aos poucos, e ia me aliviando aos poucos tambem, foi me deixando mais de boa para entender a vida , e de repente minha realidade mudou bastante, a partir do momento em que cheguei a essa conclusão que hoje levo comigo como um "consolo", como o proprio schopenhauer diz.

É a idéia de que a morte, não me trará nenhum sofrimento a mais. Morte nada mais é que a PAZ!

Criado na socieade crista brasileira, com forte influencia do espiritismo em minha familia, sempre tive como o maior temor de minha vida não morrer, mas saber que eu estava morto. Crendo não mais nessa visão, e aceitando o fato de que após morrer eu nunca irei saber, conseguir sentir um conforto muito grande, algo que a 1 ano atrás eu não aceitaria. Não aceitava o fato de que a vida fosse tão simples assim, e que depois de morrer, eu não poder mais aproveitar esse planeta. Fiquei dias injuriado com isso, e com o passar do ano, com algumas leituras, refletindo nas minhas experiencias com a morte de minha madrinha, avó e avô, e sobre paraíso terreal, percebi que a morte só aflinge os vivos. Os vivos a temem, não só por querer a eternidade, mas por não querer que seus familiares e amigos sofram com sua ausencia. Aceitando o fato de que a vida não é nada mais que um simples milagre biologico, estar vivo me deixa enormemente feliz. Essa nova percepção da realidade me causa a estranha impressão que se eu morrer agora, tudo aquilo que eu não fiz não seria de todo um ruim, pois não vou saber que não fiz. Minha vida tem sido excelente ultimamente, tenho o privilégio de poder ter tempo para pensar nas coisas que me aflinge, e assim nao preciso pagar um psicologo pra isso. Pensar na vida tem sido uma coisa interessante, e hoje consegui pensar em muitas coisas. Escrevi um pequeno conto sobre minha visão do que é o Amor, mas como irei ler a Metafisica do Amor do Schopenhauer, vou esperar para colcoar ela aqui já com alguns adendos de interpretação minha do meu proprio conto, só pra ter noção se terei mudanças de entendimento.

Schopenhauer é um cara que eu gosto de ler. Estava afim de ler desde Natal, mas por algum motivo obscuro a mim mesmo só hoje é que acordei realmente afim de me aventurar nas suas idéias. Li bastante hoje, e pra mim schopenhauer é uma boa leitura para se fazer com tempo. Pois ele exige que seu pensamento esteje livre. Gosto de ler sozinho, em lugares onde não tem ninguem, pois gosto de discutir comigo mesmo em voz alta tudo aquilo que vou pensando. Argumentando contra mim mesmo, consigo obter um melhor entendimento do que estou lendo. Schopenhauer em suas maximas me faz rir algumas vezes, e o ambiente silencioso da biblioteca que eu tava lendo, me impedia de aproveitar ao maximo o livro. Rir enquanto se lê a verdade (dita pelo velhinho encrenqueiro) é algo que me faz muito bem. Como um neopessimista consigo obter no pensamento dele, um resumo fiel das minhas próprias idéias, com relação a certos tipos de assuntos.

Feliz com esse novo entendimento da minha nova realidade, pensei em diversas coisas hoje, e um novo tema de monografia surgiu. Quem sabe não o faço... Será tenso...

No mais , um otimo dia e viva a não dor...

domingo, 8 de novembro de 2009

Reggae africa!!!

depois dum grande show , do Tiken Jah Fakoly, vou colocar aqui a letra de uma musica dele que eu considero muito doida!!!

A musica se chama Baba, e tem uma versão em portugues com a traduçao dela feita pela Tribo de Jah...!!!

Doida demais :)


"Somos o terceiro mundo
Povos do terceiro mundo

Povos pilhados e saqueados
Por anos e anos de colonialismo
Povos sugados e subjugados
Alvos de novos imperialismos
Países ricos, afortunados
Com o sangue e a riqueza dos oprimidos
Esquecem do seu bem recente passado
Piratas egressos do mercantilismo

Somos o terceiro mundo
Povos do terceiro mundo

Explorados, pilhados e humilhados
Levaram as nossas melhores riquezas
A pobreza que hoje é o nosso legado
É o que lhes sobra sobre a mesa
São eles os mercadores de escravos
Falando agora em democracia
Potências, se dizem povos civilizados
Ditando a mora com sua supremacia"


Viva o Reggae!!!

sábado, 7 de novembro de 2009

Complexo da realidade

Fará sentido essa nossa realidade? Não sei...

Ultimamente to achando tudo muito diferente. Pela 3 vez esse ano eu mudei completamente a forma de entender a realidade, meio que do nada. Quando tava na serra essa semana ai , eu tava la pensando no que é a realidade no Mato e o que é a realidade na Cidade. São realidades distintas. Pra começar o meu entendimento vamos ao assunto inicial. O que é a realidade? Realidade é o que eu considero como sendo aquilo que sinto, aquilo que vivo. O real urbano é diferente, minhas percepções são diferentes. No Mato eu fico viajando em outras coisas. Varios animais estão lá, todos como eu, caçando, comendo, dormindo, andando, reproduzindo. Mas eu não tenho mas esses instintos como os animais. Minha realidade urbana, permite que eu leve minha comida, que eu faça ela tranquilo e tudo mais. Tenho percebido que meus MEDOS na cidade são bem diferentes. Na cidade você acha que no mato, os bicho sao sinistro, tenebroso e eu os respeito muito. E no mato eu viajo que os bicho tao de boa e tal, eu que sou meio que intruzo na realidade deles. Esse sentimento de ser intruso é o que tem me deixado com uma ideia estranha da realidade. To me sentido um intruso no Mato e tb na Cidade. Não to conseguindo mais me encaixar nessa realidade urbana, to achando muito estranho, muito exagerado. O complexo metropolitano é tão gigantesco que nossa vida se resume a pequenas coisas que praticamente não tem influencia natural. Sinto falta do natural. E no mato, é tanta influencia do meio que sinto falta da "segurança" que existe na cidade. No mato a incerteza reina. Não se sabe os caminhos, nao tem placas, nao tem perdão da chuva, dos animais, do sol. Na cidade, tudo é meio o contrario, é tudo explicado, tudo escrito, tudo indicado. Você nao se perde, você é obrigado a segir os caminhos. Nessa onda de realidades tão distintas, sinto falta do meio termo que tava acostumado a sentir. Vejo hoje tudo muito exagerado pros dois lados. Preciso de um tempo, de pensar nas coisas, de rever o meu modo de interpretar os sinais que meu corpo capta desse mundo e diz que é real. Gostava da minha vida de sonho em Natal, onde tudo parecia no fim ser apenas uma grande mentira que eu iria contar para meus amigos. Bom que a mentira era falsa, e agora to precisando ja de outras mentiras, para entreter com outros sabores meu paladar da realidade.

Tudo complexo demais para ser entendido, e escrito. Mas muito real!

quarta-feira, 4 de novembro de 2009

Quebráunas...

Tem de se embrenhar
Nas trilhas que não existem
Fazendo os caminhos para chegar lá
Poís os fracos desistem
Só quem entende consegue chegar
Com suor, e determinação
Sem saber por onde passar
Seguindo apenas a direção
Norte Nordeste
Era o que seguiamos
Rios, brejos e pedras
Caminhos que faziamos
Não tinha nem por onde passar
Tinha de se embrenhar no mato
Arrancando as arvores que tao na frente
E admirando o pasto
Pois nele eh facil de andar
Mesmo com mil cobras a frente
Tropeçando nas proprias pernas
Mas nunca descrente
Que a bela e unica cachoeira
Que se encontra perdida na serra
Dentro de um canion que a protege
Dentro do morro que a cerca
No poço gigante e negro
Com a força da mãe natureza
Tenho orgulho hoje de dizer
Mas que beleza !!!
Conheci a Braúnas
Cachoeira empirambada
No meio da serras escondida
Protegidas por Gaia
Mãe de nosso planeta
Guarda bem os seu segredos
E nos caminhos dificeis
É que se vence o medo
E se chega na doce alegria
Dessa maravilha contemplar
Alegria Felicidade
É tudo que eu levei de lá...

segunda-feira, 2 de novembro de 2009

Só do alto do morro que se sente o vento...

Não é la de baixo
Nem aqui do centro
Só do alto do morro
É que se sente o vento

Trocando a comodidade
Pelo auto sustento
Só do alto do morro
É que se sente o vento

Levando a vida na boa
Sem lenço nem documento
Só do alto do morro
É que se sente o vento

Tens de ser esperto
E ter talento
Só do alto do morro
É que se sente o vento

Ficar na cidade
Eu já nao aguento
Só do alto do morro
É que se sente o vento

A felicidade
É o melhor sentimento
Só do alto do morro
É que se sente o vento

Viver de verdade
Sem ir contra o tempo
Só do alto do morro
É que se sente o vento

Prá entender a questão
Tem que tá por dentro
Só do alto do morro
É que se sente o vento

Em busca da paz
E todo momento
Só do alto do morro
É que se sente o vento

Pra sentir a brisa
Que refresca por dentro
Só do alto do morro
É que se sente o vento

Pra saber o que eu sinto
E entender meu momento
Tem que subir o morro
Pra sentir o vento...