quarta-feira, 31 de março de 2010

Bora Mato Dentro...

No Espinhaço meridional, no rumo do mato dentro, famoso barlavento, de cara pros alisisio oceanicos, respirando o ar puro do mar. Longe, na serra outrora transpostas apenas pelos mais fortes homens que desbravaram a região. Desbravaram, para que depois aqueles que sobrevivem do trabalho pudessem vir e destruir tudo em prol do progresso, em prol da donimação do espaço natural. Somos os melhores!

:(

Curto ir em lugares novos, pois mesmo que conhecido por outros tantos, sinto como se tivesse desbravando um novo ambiente. Chegar a uma nova cachoeira, descobrir novas trilhas, adentrar, embrenhar, desorientar e encontrar são o que em vida eu mais gosto de fazer. Sinto-me frustrado em certa parte no intimo de minha vida de viver no sec XXI. Uma honra de poder na maior facilidade da historia, na maior mordomia, comendo do bom e do melhor, mas aqui , aqui na facilidade falta a habilidade humana. Falta o sentido de aventura, falta a sobrevivencia. A luta não é para sobreviver, é para ver quem fica mais rico. Bem riqueza é fartura, e outrora em praticamente todas as sociedades fartura era sinonimo de festa, alegria, comunhão, partilha. Hoje, hoje o que se tem são inumeras festas, mas nenhuma comunhão, muito menos partilha. Queria de coração ter ao menos a possibilidade de explorar o meu espaço, mas ele já está todo alterado. Então embrenho no mato, em busca do meu proprio espaço para explorar. Sinto enorme felicidade ao chegar em lugares que nunca imaginei que veria. Fico feliz quando supero dificuldades, e frustrado quando não consigo. Mas as dificuldades fisicas impostas pela natureza são muito mais legais que as dificuldades que o patrão impõe, e a recompensa pela transposição dessa dificuldade imposta nada mais é que mais dificuldades futuras. Nunca o chefe estará satisfeito, por que nunca ele terá o suficiente. A natureza impõe uma dificuldade hoje, mas com o engenho humano, persistência, imaginação, tentativas e trabalho conseguimos supera-la, e ai novos desafios virão, mas a recompensa por ter superado aquele é sempre gratificante. O trabalho feito apenas para sobrevivência é o unico tipo de trabalho que me sinto bem fazendo. Nada mais irracional, e contra meus instintos de sobrevivência, do que "trabalhar" na frente do computador, ou num escritorio escondido atrás de uma montanha burocratica feita de papéis. Isso não faz sentido , isso pra mim é TEMPO PERDIDO!. E tempo, outrora visto como algo inevitavel, que hoje é visto como o maior inimigo do homem, é algo cruel. Tempo não se deve perder, não por que ele é dinheiro, ou a chance de produzi-lo, mas porque uma atitude que você não faça agora, não poderá mais ser feita naquela parte de sua vida. Eu busco fazer meu próprio tempo, e embrenhado na natureza, onde o tempo é apenas a passagem do Sol e da Lua, essa briga constante e eternamente perdida não existe. Ao desbravar o desconhecido, sinto-me de verdade vivo, e queria que essa profissão ainda existisse, queria poder ser um desses maluco das antiga que embrenhava sinistramente, lógico que falar com esse saudosismo é facil, ainda mais sentado no maior conforto do mundo com uma caixa maluca que anota meus pensamentos, mas gostaria sim de passar uns perrengues desses, e descobrir inumeras belezas!

Leiam Cabeza de Vaca! Leiam Hercules de Florence!

Sinta a vida. Quantas vezes por dia você se sente Vivo? Já parou para pensar nisso?
Aposto que não, você nunca teve tempo.

Então pare e sinta. Sinta a vida pulsar dentro de você.Passe uma noite ao relento, sinta a barlavento, todo o talento que você tem!

Viva...Viva a vida........Viva bem!!!


Agora estou adentro do mato dentro, na vertente a barlavento, do espinhaço meridional. Coisa bela e tal, tipo surreal...

segunda-feira, 29 de março de 2010

Lá do alto...

Do alto da mais alta serra da região, vendo ao longe a infinidade de morros que a cercam, logo a oeste se avista a maior aglomeração e pessoas que vivem nessas terras. Cinco milhões de mineiros perdidos entre as serras que circunda toda sua volta. Do alto é só se ve metade da gigantesca área construida pelo homem, pois a outra metade está escondida do outro lado das milhares de vertentes que compõem a região. Lá do alto a cidade é muda. Um silêncio enganador toma conta do seu espirito, uma paz em saber que você não está ali dentro faz surgir algo interessante. Olhando a cidade do alto e de longe, ela parece estatica, imovel, parece apenas uma gigantesca e brilhante lampada acesa. Mas olhar para um unico ponto na terra que contem mais de cinco milhões de pessoas é uma experiência única e rara. Poucos lugares no planeta conseguem dispor de uma montanha alta o suficiente que e perto de uma aglomeração urbana tão grande como a de Belo Horizonte. A BHBILÔNIA arde lá embaixo, asfalto e concreto, cimento e aço, vida e morte, saude e guerra, violência e ... Não. Não há paz na selva de pedra. Ela está estáticamente movel, no pico de sua profunda injustiça. Olhar lá do alto e imaginar o que cada ser estária fazendo é algo estranho. Do alto, as pessoas perdem a significancia, são apenas pontinhos invisiveis a olho nú. As estrelas brilham mais que a própria cidade que oculta em sua própria fumaça, envenena as almas dos habitantes que dela fazem sua casa. A cidade é como a serpente do éden, e falsea uma segurança inexistente. Sugere que ela é o melhor lugar da terra, seguro, e tecnologicamente evoluido a ponto da Natureza ser esquecida. Mas ali, no alto de Sabarabuçu, sentado na pedra que outrora ja serviu de assento para Borba Gato, Saint-hilaire, que olharam do mesmo para o mesmo lugar que eu, mas viram outra coisa. Viram um espetacular mar de morros infinitos, se espalhando até onde a vista alcança. Hoje é incrivel observar como a babilonia se expande, espalha, agride. Parece um ser vivo que vai tomando conta de tudo, como uma colonia de bactérias. E porque não? Do alto somos tão nulos e insignificantes como as bactérias, porém desde pequeno sabemos os danos e estragos que essas pequenas e invisiveis criaturas podem causar em nossas vidas.

Do alto somos a representação dos nossos maiores temores. Do alto me sinto livre da imunda colonia de bactérias. Do alto eu vejo que tudo isso não passa de uma imensa capacidade do homem de não saber sobreviver sustentavelmente, porque ele tambem não quer. Do alto nos sentimos mais proximos de Deus, ou simplesmente nos sentimos como ele, por isso que do alto sempre se tem locais de reza, meditação, inspiração. Do alto me sinto mais Mineiro que nunca, pois só o Mineiro consegue subir, ver, e enxergar... Lá do alto...

terça-feira, 23 de março de 2010

TCC :)

Sobre o Cemitério do Peixe...

A idéia de fazer o trabalho de conclusão de curso sobre o vilarejo-cemitério perdido no meio do espinhaço, surgiu após a leitura do conto Manuelzão de Guimarães Rosa, que trata em sua estória da construção de uma capela em um lugar remoto do sertão mineiro e de como essa capela gerou uma festa que reuniu inúmeras pessoas de diversos lugares diferentes. Em uma leitura despretensiosa do conto, surgiu em mim uma vontade de buscar um lugar que ainda hoje aparecesse no espaço como tendo sua única função à perpetuação da fé católica popular mineira. Ruy Moreira em seu livro Pensar e Ser em Geografia, trata em um dos capítulos do tema Geografia e Literatura, que me interessa bastante e que trata de observar na literatura as geografias, e geografizar literariamente os espaços.
Com essas idéias em mente, lembrei de um lugar que tinha ouvido falar em meados de 2007, na Lapinha da Serra, no Espinhaço meridional, onde uma senhora me contou de uma romaria que acontece todo mês de agosto, em um lugar chamado Cemitério do Peixe. A romaria de São Miguel e Almas como é conhecida acontece nesse inóspito e desabitado vilarejo fantasma, onde apenas uma igreja, o cemitério, e algumas dezenas de casas vazias, compõem o cenário. Dona Lotinha é a única moradora do lugar, e com sua família cuida da igrejinha e do cemitério, além das casas que ficam vazias ao longo do ano, servindo de abrigo aos romeiros durante a festa. O que me mais me interessou no local foi a principio a estória contada pela tia Claudia da lapinha, sobre o vilarejo. Segundo tia Claudia, o vilarejo fantasma possuía casas que ficam vazias ao longo do ano e são morada das almas das pessoas que foram enterradas no cemitério. A literalização imaginaria do espaço em questão atraiu minha curiosidade e fomentou minha imaginação de modo que aquele lugar tão fantasiosamente descrito, tornou-se fruto de minha pesquisa e trabalho de conclusão de curso.
As poucas informações que a principio consegui adquirir são com base muito mais em algo imaginativo do que concreto, mas com alguns trabalhos de campo e a participação no Jubileu de São Miguel e Almas, pretendo entender, descrever, pensar e repensar um lugar que perdido nas serras de minas, possui um grande valor na vida de inúmeras pessoas. Esse valor não econômico é o que mais me interessa, pois o vilarejo aparece como um lugar-relíquia de valores religiosos, tradicionais da mitologia católica popular mineira.
A principio meu objetivo é descrever e apresentar um estudo sobre como o espaço se organiza, e é organizado durante os dias de silencio e solidão, e a diferença dessa organização para com os dias do jubileu de agosto. Essa pesquisa a principio será voltada a entrevista com dona Lotinha, com os romeiros, e com pessoas da região que já ouviram falar do cemitério e que a principio nunca foram a ele. Quero com isso fazer um mapa psicogeográfico do lugar que aparece mais como ficção do que realidade, e uma descrição do imaginário do povo mineiro extremamente religioso das áreas das serras. Esse mapa seria confrontado com um mapa descritivo real da organização espacial do vilarejo, e com isso demonstrar como a geografia acadêmica e a geografia popular se confundem e divergem em suas descrições. Meu interesse em uma geografia da religião vem desde o inicio do curso, e acredito que o exercício de pesquisa em um lugar que a principio permanece existindo apenas pela fé, será a minha maior realização e aprendizagem no curso de Geografia.
Outro fator que gostaria de levar em consideração sempre em minha pesquisa será a confrontação da literatura com a realidade, e tentar no fim do trabalho escrever um pequeno conto em anexo, sobre a festa, o lugar, e o povo.


Segue agora um pequeno exemplo de como a estória do Cemitério do Peixe é contagiantemente interessante. Irei escrever a estória contada por tia Claudia, mas com o meu próprio entendimento e imaginação.

“Na noite fria no alto da serra do espinhaço, sentado ao redor do fogão a lenha, tomando cerveja e contando causos, ouvi um desses que te deixa perplexadamente interessado em averiguar se o caso é real ou não. Tia Claudia contava de um lugar pras banda do norte da Lapinha, a dois dias e meio de caminha por entre serras e vales do espinhaço, que era habitado por almas. Um vilarejo-cemitério, lugar deserto e vazio, de ninguém passar perto, que possuía apenas uma moradora, uma igrejinha, um cemitério e cem casinhas. Lugar diferente e estranho, como pode haver cem casas e apenas um morador? – perguntava a tia Claudia que ouvia com atenção a minha espantada pergunta.
- Ora – respondeu ela - , as almas dos que foram enterrados ali é que vivem nelas. Para ir lá, tem de se pedir licença as almas, e ai pode-se ficar em qualquer casinha, desde que não se bagunce a casa alheia.
Fiquei estupefato com tal explicação, e quis de toda maneira conhecer esse lugar, aparatemente surgido dos contos de fadas, ou das estórias de terror que ouvia na infância...”

domingo, 21 de março de 2010

Desnecessario

Desnecessario, saio, volto, me perco. Devaneios, pensamentos, lentos, momentos, receios. Confundo, imundo, o mundo, inteiro, ao meio. Desfaço, os atos, dos fracos, e vejo. Sem enxergar, sem entender, sem perceber. Não sei, não sei o que fazer. Fazer o que? Fazer pra que? Pra quem? Ninguem, talvez, um mês, vocês, sem vez. Desconheço, desisto, insisto, no nada. Nada além, de alguem, refém, de quem, ninguem, vem, vai, volta, revolta, e retorna. De novo , ao inicio. Desnecessario.

quarta-feira, 17 de março de 2010

escritos...

No papel de caderno rasgado, com a caneta que mal funcionava, escrevi pensamentos vagos, sozinho em minha casa. Na vesperá de carnaval, sozinho em devaneios, no meu quarto em Natal, escrevi esses pequenos trechos...


"Solidão só existe quando não se consegue expor para ninguém suas idéias."

"Coragem é acordar cedo e ir em busca de um emprego."

"Beleza é sorriso no rosto."

"Calor é suar o tempo todo, mesmo com o ventilador"

"Música é uma otima forma de se ver a capacidade de criação do homem. Ela liberta, transporta, cria e inova."

"Paz é o melhor sentimento de todos. Sinonimo de preguiça.
Preguiça traz prejuizo ao capitalista.
Logo... "

"Eu sou egoísta, mas gosto de compartilhar minha felicidade."

"Quanto mais objetivos tiver na vida, mais chances de ser feliz."

"Amor faz falta."

"Saudade é um sentimento duro e cruel. Maltráta e frusta, pois só se pode imaginar aquilo que se quer. Saudade impede a felicidade, pois se está feliz, nunca se é."

"Amor me faz falta."

"Saudade bate forte no peito, eu logo me deito, relaxo e percebo, que tudo isso que vivo , nada mais é que meus desejos."

"Amor e Felicidade, Paz e Harmonia. Votos que faço sempre, logo cedo todo dia."

"Se alguem perguntar por mim...
diga que eu saí..."

Neópolis, Natal, 09/02/2010 20:10!




passa ou repassa...

Numa gota de espaço, fez-se uma letra.
O pincel faz o traço, e descreve o planeta.
A idéia eu passo, para outra cabeça.
O papel eu amasso, e esqueço na gaveta.

domingo, 14 de março de 2010

Mitologia Oliveriana...

É tudo muito estranho. Outro dia até escrevi aqui sobre os raios. Essa semana um dia desses rolou uma tempestade de raios aqui em BH. Nada demais, 97% dos raios ficaram apenas nas nuvens, clareando a noite em infinitos flashs. Fiquei ali com sono mas maravilhado com tal espetáculo, fazia tempos que não via isso, e nÃo da forma que tava rolando. Pensando no espetáculo como uma forma interessante de nosso planeta desestressar, fiquei viajando em toda a historia que fazemos parte.

Tudo começou com dois chegados, o Big e o Bang, a uns 13,7 bilhões de anos atrás. Os doidim tretaro sinistramente e ai algo estranho aconteceu. Eles discutiram sobre o que fazer, e como não tinha nada, o Bang apelou e saiu fora . Depois de bater a porta do quarto, ele resolveu criar um universo só pra ele e ai tudo surgiu. Bang era um cara expansivo, e logo começou a aumentar o seu universo. Criou um tanto de coisa que ele mesmo nao sabia pra que servia, mas que depois começou a ser usada por tudo que existia. Como tudo tava expandindo demais, ele resolveu chamar uma conhecida chegada, a Gravidade, uma amiga que gostava de pegar tudo pra ela. Depois que ele encarregou a Gravidade de resolver o problema pra ele, ele tratou de inventar algo que fosse mais divertido, e ai lançou estrelas, galaxias, e planetas. Um em especial, chamou a atenção porque ficava perto de onde ele gostava de pitar um fumo e pensar na vida. Lançou um asteroide contra ele sem querer um dia, e foi o caos. Ficou meio assim pá, encabulado de alguem perceber o que tinha feito e resolveu dar uma moral praquele planetinha e ver o que pegava. Ficou ali de quebra e resolveu lançar uma agua lá pra panzi da um tchibum de quebra. O planeta tava quente pra caramba, e o asteroide que trombo nele, fez surgir uma Lua que era o camarote ideal. Chamou a Gravidade pra dar uma moral, e colocou tudo em ordem. Aquele planetinha azul, tava começando a ficar legal, as chuvas enchendo os mares, o Sol lançando uma galera de coisa e muita reação quimica rolando. O Bang, um dia doidão de golo, confundiu a Terra e achou que via duas. Ficou ali matutando naquilo e bebasso resolveu dar um tchibum. No fundo do mar, ele viu que tava rolando umas treta estranha com as paradinhas quimicas que ele tinha colocado pra temperar a agua. A energia geoquimica do fundo da terra, misturada com raios, tempestades solares e uma gama de outras coisas mais, fez com que algo novo surgisse. Era a Vida. A Vida era uma doidinha nova que apareceu na quebrada, e muito da doida. Metamorfose ambulante, ficava pra lá e pra cá mudando de forma e começou a dominar o planetinha. Bang muito puto, queria acabar com ela, mas a Vida era teimosa demais, e começou a dominar. Ele saiu umas vezes puto, pegou uns meteoro pra tacar na terra, congelou o planeta, mudou o clima, fez de tudo, mas a Vida tava lá, escondida nas quebrada. Bang tava ja desanimado com tudo, quando ele resolveu apelar e jogar com a propria Vida, para destrui-la. Seu egoismo fez com que ele matutando do alto de uma montanha, e cria-se algo novo. Já que não conseguia destruir a vida, resolvou se juntar a ela e criar um inimigo poderoso. E assim criou o Homo Sapiens, famoso Homem. O Homem era um rival sinistro pra vida. Começou ja abalando geral, matando tudo que era vivo, extinguindo tudo. Bang foi dar um rolezim e quando voltou viu que sua tatica tava dando certo. Sua criação maligna começou a se apropriar de tudo, a consumir tudo. A vida começou a ser atacada de varias maneiras. O homem era fantastico, destruia os rios, desmatava e queimava as florestas, mantinha milhares de animais em cativeiro so para depois come-los. Era algo que lhe fez sorrir e a zuar da cara da Vida. Só que o homem começou a perder a noção, e a destruir e a avacalhar a ordem do planetinha azul. O Bang começou a ficar puto, e foi pra Lua pensar melhor. Mas quando chego lá, trombou dois doidim e uma navezinha exparrano lá de rolé. Ficou puto, e pensou. Puta ki pariu que porra foi que inventei, até aqui no meu sussego longe os cara vieram encher o saco. Ficou puto da vida, e resolveu pensar numa tatica melhor. O que poderia fazer para destruir esses doidim? E ai entrou numa contradição. Destruir o homem de uma vez por todas, e deixar a Vida dominar denovo seu planetinha, ou deixar que o homem destruisse tudo por conta própria e ele depois dava um jeito de concertar as coisas.

Bem o Bang foi numa galaxia proxima pensar melhor no que fazer, vendo umas supernovas explodirem e uns buracos negros supemassivos do centro dessas galaxias engolirem tudo. Até pensou em arranjar um buraco negro, mas ai ele ia ter que chamar a Gravidade pra da um jeito, e ele nao quer dar o braço a torcere chamar ninguem. Enquanto isso sua maior criação destroi tudo que ele fez em troca de algo que não existe, mas que para o homem faz todo sentido. O dinheiro que o homem criou.

Torçam, para que tudo isso não passe apenas de uma historinha...

sexta-feira, 12 de março de 2010

idade

Só queria ter a liberdade, de poder exercer toda minha criatividade, longe dessa cidade.

quarta-feira, 10 de março de 2010

No fim de tudo...

Tenho hoje total e absoluta certeza que viverei um momento historico grandioso nunca visto antes na historia do homem. Creio que iremos mudar e muito, de uma maneira rapida e que mal conseguiremos prever agora. Isso ocorrerá em breve, quando toda a economia, o trabalho, os recursos entrarem em uma crise definitiva. Isso não tardará e toda a sociedade humana excluida se rebelará em forma de uma odiosa e devastadora invasão das propriedades particulares. Isso irá gerá uma centena de guerras civis e declaradamente fora de controle por todo o globo terrestre. Inumeros países em crise irão recorrer a outros, mas que mais em crise ainda não poderão ajudar. Então a ganancia final do ser humano será convertida em sua ultima ignorancia. Após todo um total estado de caos em diversos pontos do mundo, quando reinar apenas os saques, a falta de governo, e a volta de tribos humanas dentro se espalhando pelos campos em busca de comida, o homem estará vivendo sua ultima guerra, sua ultima era de desgraça. Após uma longa e dramatica destruição causada pela implosão de um gigantesco sistema, em 2048 iremos de vez mudar. Olharemos para nossa sociedade atual que valoriza a produçao e o consumo infinito, o dinheiro que não se pode comer, o desequilibrio social e o poder, e veremos como pobres ignorantes. Assim como hoje vemos e não entendemos como as pessoas escravizavam outras, como elas colonizavam outros paises, vamos olhar para esse passado atual e vamos rir dele. Alias vamos dar graças a deus por não ter vivido nele, e nós, os pioneiros do futuro estaremos com uma grande tarefa. O da (re)construção de um novo mundo. Um mundo diferente, pautado numa altissima tecnologia, no interesse comunal, na divisão do trabalho coletivo, e não individual. Viveremos a nova era, a era em que os homens farão contato definitivo com o divino. Seremos os novos homens, e viveremos em plena harmonia com tudo e todos.


Mas deixo claro que para você ver isso, tens de ser um dos sortudos que sobreviverá ao reino do caos dos proximos anos. Se passar por isso estará apto a entender e conduzir uma vida na nora era. 4,5 bilhões de seres humanos serão dizimados do planeta terra. Restarao em "ilhas" espalhadas pelo mundo apenas uns poucos bilhoes, e essa população irá viver o paraíso terreal.


Que assim seje.

terça-feira, 9 de março de 2010

Preparem-se. Vai começar o espetáculo...

Quando pequeno de vida era
Ouvia minha vó a dizer
Que raio que clareia a esfera
Traz prenuncio de se esconder

Embaixo das quatro pernas
Da mesa perto do quintal
De modo que não se erra
De fugir do que lhe traz mal

O raio explode o ar
Fazendo um estrondoso rugido
O trovão que vem me assustar
Passa rapido como um suspiro

Agora cresci e percebo
Como as coisas são
Não escondo mais dos raios
Nem me assusto com trovão

Descobri os bastidores
Desse espetáculo que contagia
Entendi como os atores
Transformam o ar em magia

A luz que brilha forte
Ofusca toda a visão
Aumentando o sentido
Melhorando a audição

Que mal tem tempo
Para se acostumar ao trovão
Que vem com o vento
Em sua direção

O medo ainda existi
Mas é algo diferente
A realidade outrora triste
Agora é contente

Sorrio com cada flash
Que vem lá de cima
Recarregando minhas energias
E escrevendo umas rimas...

segunda-feira, 8 de março de 2010

Onz...

Acontece todo dia. Logo pela manha. A luz transforma a escuridão e alimenta em mim um desejo de gritar. Vontade de expressar toda a gratidão de se viver nesse mundo. Todo mundo já parou para pensar no quanto a nossa vida é um milagre. Se pensarmos apenas no fato de que nosso planeta, está muito seriamente no lugar certo da galaxia, que todos os seres vivos que surgiram DO NADA aparente, transformaram a Terra na explosão de vida que ela é hoje, me faz ficar feliz. Basta apenas isso para que eu esteje feliz. Mas ai veio o homem, e com ele toda sua maluca vontade de valorizar as coisas. E ai, o pão virou dinheiro, e tudo se acabou. Bem ainda não acabou. Mas aos poucos está se encaminhando. Tenho vivido uma realidade dificil. Alias estou fraco e sensivel. Sensivel porque não consigo mais viver aqui. Acho complexo, perigoso, assustador, desigual, massacrante, insuportavel, e completamente desporporcional nossa sociedade. Escrevi isso ai simplesmente para falar da negativa experiencia que passei hoje. Sendo sincero, não me lembrava a ultima vez que tinha ido cedo para aula. Desde 2008 eu acho, pois ano passado me recusei a isso quando regressei de Natal, e como nem tinha aula cedo tambem, era de boa. Hoje eu assustei. Primeiro arranjei uma carona para nao pegar o meu onibus completamente ENTUPIDO, e fui até a av.Portugal, lá peguei um onibus bem cheio, e fiquei lá de boa encostado na roleta. Ali parado, olhei pro lado , olhei pra fora, e tudo, simplesmente tudo estava parado. O ar não circulava, os carros e as motos parados poluiam o ar de maneira assustadora, eu ali impotente. Imediatamente eu me vi ali dentro de uma realidade que eu tinha fugido. Tenho nos ultimos tempos negado ao maximo fazer esses movimentos cotidianos da multidão. Tenho estado num estado de contemplação bizarra de nossa sociedade. Vejo ela tão futurista que mal consigo entender como a gente trata tudo isso. Olhei pro lado, pra cima, pra baixo. Onde eu olhava eu via apenas uma expressão. Cansasso. Ninguem queria ta ali, todo mundo angustiado, não vendo a hora do final de semana chegar denovo, e olha que era 7h da manha de uma segunda feira. Todo aquele meu trabalho espiritual de ver o sol nascer, e meditar imaginando um bom dia, parecia estar perdido. A alienação da massa não é algo ruim ou bom. Essa alienação é fato, e sempre será. O povo não tem tempo para pensar em nada, só trabalhar, comer e dormir. Diversão as vezes nos bares da metropole. Eu ali angustiado olhava pela janela em busca de uma salvação. O Sol batia forte e aquecia o ar parado. O ar ali dentro ficava insuportavel. A todo tempo eu pensava, como essas pessoas aceitam isso? O problema está na normalidade. Tudo aquilo é normal, então fazer o que?. Cansei disso de verdade, estou ficando diriamos velho demais para suportar todo o sofrimento da metropole. Observar os absurdos cotidianos é algo que tem me chocado cada vez mais. E acho que isso é péssimo para quem quer viver na cidade. Não chego a chorar, mas em alguns dias, como hoje, eu quis. Quis e fiquei segurando ali em pé no onibus. Porque imaginem que ridiculo eu chorando ali, e alguem vem me perguntar, ei menino porque choras? Diria eu o que? Choro moça, por esse momento. Por abursdamente termos chegado a esse momento. Esse momento em que todo mundo, escravos do consumo, presos na senzala pós-moderna, a caminho do pelourinho. Somos algo que eu tenho vergonha. Queria pedir desculpa a Terra pelo que os homens tem feito com ela. Mas nem isso eu posso.

Deitado na grama ao escurecer, vi o brilho de Sirius surgindo no céu que encrepusculava e virava noite. Sirius é a mais brilhante das estrelas austrais, e isso se deve simplesmente ao fato de que ela está bem perto da Terra. Pertecente a constelação de Cão Maior, faz parte no total da grande constelação do caçador celeste. Orion e seus dois cães, vagam pelo universo e Sirius com seu brilho enorme me causou uma grande admiração. A dias admiro o céu como sendo o unico lugar de descanso da minha cansada e decepcionada vista. Olhar para a infinitude do universo me traz uma pequena alegria. Alegria de estar aqui nele. Acho que isso é a unica coisa que tem me deixado feliz ultimamente. Eu preciso desabafar com deus, ou o criador de tudo. Queria dizer-lhe umas coisas e da uns toques para reformar a criação. Mas saber que nossa vida não é uma estoria, nem um videogame, me faz ficar reflexivamente triste. Queria mudar tudo, queria mudar o mundo, mas sei que é impossivel. Então tento mudar aquilo que é mais viavel pra mim, egoistamente e isso me entristece. As pessoas nao querem ser ajudadas, querem comprar. Olho para o alto e penso no que fazer, mas tudo é muito escuro e vasto. Tenho buscado nas estrelas o brilho que nunca se apagará. Felicidade a todos é o que eu desejarei sempre!

domingo, 7 de março de 2010

Penso logo (d)existo.!

Ta ai, Decartes cunhou a frase que logo se tornaria o marco da sociedade moderna. O EGO. Tudo está baseado no EGO. A competição entre especies nao existe mais. Existe uma competição maluca entre uma unica especie. A nossa. A dos homens. Somos competitivos e fazemos qualquer coisa para destruir a vida alheia simplesmente para poder dizer, é meu. O nosso não existe. Alias, nosso é uma palavra feia no vocabulario. Ninguem gosta de dizer, a isso é nosso. Isso é MEU! Nossa sociedade pautada na filosofia grega de milenios atrás, é engraçada. Os gregos filosofos, filosofavam num individualismo do ser humano. Louvando o HOMEM como a grande obra da natureza. Passaram seculos e continuamos assim. Somos o GRANDE ser, mas de modo individual. Eu sou o grande. Você é o lixo. A mesa é farta para pouca gente, e o resto ta la fora olhando. Mas eles são o resto.

Ta na hora de mudar, mudar o pensamento. Sair do EU para NOS. Daqui a poco nossa gramatica vai mudar, e ao invés do plural de eu ser Nós, será EUS. O individualismo competitivo é a maior DESGRAÇA que ja existiu na historia da humanidade. E quando os indios e todas as tribos que viveram e vivem de sua coletividade são mostradas, é sempre com algum espanto. Oh como eles conseguem? Simples, eles nao pensam em si, como um unico ser, e sim na tribo inteira como um unico ser. Somos seres sociaveis que estamos maltratando essa caracteristica. Vivemos rodeados de milhoes de pessoas mas nao socializamos. Apenas competimos.

Sai da frente que eu quero passar.

Cansei, ta na hora de mudar. Penso logo existimos.

quinta-feira, 4 de março de 2010

Certeza.

Hoje conversando com uma amiga, fiquei muito Feliz. Descobri que mais pessoas me entendem. Trocano ideia sobre alguma coisa, ela me disse que tinha certeza que ia rolar algo e ai rolava. Ai eu falei, é isso ai! Ter certeza. Ai fomos trocando casos e acasos dessa relação da certeza e vimos o tanto que isso funciona. Ter certeza de que as coisas vao acontecer é incrivel. Tenho vivenciado muito isso ultimamente. Eu simplesmente do nada penso em algo e tenho a certeza que vai acontecer. Como tento pensar sempre em coisas boas que me tragam felicidade, acaba que tudo que acontece é algo bom. To de cara com isso, e com essa realidade das certezas.

Tenha certeza de que sua vida é e sera FELIZ!!!

um adendo...

Odeio poetas de frases vazias. Se escreves é porque tem algo a dizer. Se não tem nada a dizer não escreva. Pessoas gostam de inventar coisas sem sentido algum, para deixar no ar um certo "que" de intelectualidade. Cansei.

segunda-feira, 1 de março de 2010

Duas interpretações da mesma realidade...

Hoje tive uma experiencia muito doida. Durante algumas horas me senti muito diferente. Bem tive uma elevadissima descarga de adrenalina durante alguns minutos que se converteram na mais saborosa sensação que ja tive. Durante a baixa da adrenalina senti meu corpo e as sensações, e toda a realidade de maneira bem diferente. Bem vou parar de enrolar e tentar descrever de duas formas a primeira mais academica cientificista, e uma outra mais mistica espiritual, mais diriamos humana.

Cientifiscita:

Tudo começou quando eu entrei no anel rodoviario e andei nele durante 4min mais ou menos. Eu estava de boa quando de repente me dei conta do que eu estava fazendo. Olhei pro lado e percebi que eu estava em uma caixa fechada, com ar condicionado e som alto, fora da realidade lá fora que era no minimo assustadora. Olhava as gigantescas carretas passando a mais de 100km/H ao meu lado e eu lá no meio. Olhava aquilo e não sei porque comecei a ter medo. Comecei a perceber como aquilo era assustador, e ver toda aquele concreto , asfalto, fumaça, maquinas gigantescas e eu ali no controle de uma delas, me locomovendo a mais de 100km/h. Uma gigantesca descarga de adrenalina começou a ser lançada em minha corrente sanguinea. A principio o medo começou a ficar intenso demais, e eu comecei a tremer assustado, querendo sair logo dali. Me controlei, respirei fundo buscando oxigenar mais o cerebro para ele voltar a compreender que aquilo nada mais era que o meu cotidiano, mas a adrenalina estava ja lançada e com o coração disparado, eu seguia guiando a maquina dentro daquela salinha confortavel, ao mesmo tempo longe de toda a agressividade do momento. Após os 4min que permaneci no anel, e depois de uma longa descarga de adrenalina eu estava na antonio carlos e resolvi parar na federal para relaxar e pensar melhor em tudo que tinha ocorrido. Foi então que eu resolvi comer uma maça que estava em meu bolso, uma vez que era 15h da tarde e eu mal tinha almoçado ainda. Foi ai que tudo começou. Eu parei o carro sai e sentei na graminha do milharal. Fiquei ali comendo a maça e sentindo o melhor gosto que ja tinha sentido de qualquer maça do mundo. Melhor até que a do paraíso comida por Eva. Era saborosa ao extremo, o suco que molhava minha boca, refrescava de maneira inacreditavel, e o doce azedo era algo incrivel de se sentir. Isso foi causado pela baixa da adrenalina no sangue, e a grande quantidade de Endorfinas lançadas, uma vez que após o grande perigo que tinha corrido, meu corpo entendeu que eu precisava de algo para que a dor, e o medo diminuissem. Como eu sai daquela assustadora situação de me ver cercado de maquinas gigantescas se locomovendo com grande energia muito proximas de mim, eu estava apenas curtindo ao maximo o efeito da endorfina. Deitado na grama olhando o céu nublado, comia a maça e mal sentia meu corpo. Sentia uma adoravel sensação de flutuar, e uma enorme euforia causada pela adrenalina. Estava rindo e feliz e sentindo tudo muito bom. Tudo era gostoso, e a endorfina me levou a um estado de extase. Fiquei deitado um tempo, sentindo a grama, o chão. Estava ali em paz, feliz, e extasiado. Após uma hora mais ou menos, a endorfina começou a baixar e me bateu uma moleza gigante. Queria deitar e dormir. Mas não era possivel, então eu tomei uma coca-cola que me reanimou denovo. Fiquei sentindo coisas que nunca senti, auxiliado pelas melhores drogas disponiveis no mercado. Adrenalina e Endorfina, produzida por mim mesmo. Doidão auto sustentavel.

Homo Sapiens Sapiens

Tudo começou na tarde de hoje, eu estava dirigindo o carro no anel rodoviario, quando de repente um espirito primitivo baixou em mim. Eu de repente me senti como se fosse um homem primitivo, da idade da pedra. E olhei para tudo aquilo ao meu redor completamente assustado. Comecei a tremer e a ficar com muito medo de toda aquela situação. Era assustador pensar em tudo que eu via acontecendo ali. Eu no meio de uma enorme estrada, nunca antes vista por nenhuma sociedade humana, cercado de maquinas grotescas, cheias de rodas, como carros de boi gigantes como rochas. O mais incrivel, era que tudo isso parecia não ser real. Dentro da salinha com a temperatura agradavel e uma musica saido do nada, eu sentia que ali fora era uma realidade muito diferente da que eu estava vivendo ali dentro. Mas tudo aquilo era real, e a velocidade que eu percorria a superficie daquela estrada era assustadora. Meu corpo começou a dar sinais de que aquilo nao era normal. Nao poderia ser. Que maluquisse. Me senti num futuro assustador, nunca prefisto por nenhum profeta. Afinal, onde alguem previu que andariamos em maquinas sobre o asfalto cercado por outras maquinas gigantescas, em altissimas velocidades, cercados por muros e casas estranhas de tijolos mal feitos. A cidade ao longe ia passando mas dentro daquele lugar chamado anel rodoviario, tudo era assustador. Ao sair dali fiquei muito feliz, fiquei euforico por ter vencido aquele estranho entendimento da realidade. Parei na UFMG para beber uma agua e resolvi comer uma maça. Nessa hora, meu instinto primitivo gritou dentro de mim . Aquela maça era uma coisa natural, feita e criada pela natureza, e aquilo sim fazia sentido. Aquilo era algo que eu tinha certeza que nao me faria mal. Comi a maça sentindo o gosto mais gostoso que tinha sentido. Meus instintos estava a flor da pele, e eu como um selvagem deitei-me no chao para sentir o planeta. Senti-me feliz em saber que eu estava ali seguro, e que aquele anel do terror, estava longe de mim. As maquinas que carregam as pessoas estavam ali paradas, e eu podia ficar olhando de fora e vendo como a Terra é um lugar maravilhoso. De dentro da realidade assustadora que vivenciei, eu fiquei pensando em como tudo aquilo era futurista. Uma sociedade cheia de gente, de casa, com maquinas gigantescas, fumaça para todos os lados, sujeira e materiais que eu nem entendia do que eram feitos. Pessoas por todas as partes e muito, mas muita coisa sendo transportada no espaço. Não fazia sentido que aquilo fosse real, e eu nunca tinha pensado em como nosso presente tem cara de futuro. Estamos acostumados a ele, mas mal nos damo conta de tudo isso é uma realidade completamente fantastica se pensarmos em termos de um animal. Mudamos tudo, aproveitamos tudo, e a velha estrada e seu carro de boi, se transformaram em uma enorme pista onde enormes e velozes maquinas transitam levando gente e materiais. Uma sociedade que não tem mais volta. To feliz por estar vivo depois de tanto medo e risco corrido. Agora, vou ali comer mais uma maçã!!!