quarta-feira, 30 de março de 2011

Calor Metropolitano

Tá muito calor para se viver bem na metropole. O suor escorre por todo o corpo, e uma sensação de desespero se abate ao nosso corpo que tem que suportar toda avestimenta de nossa sociedade. Eu me refiro mais ao aspecto social, de viver no calor e aceitar isso de boa. Enquanto aqui na pampulha o sol arde, uma enorme chuva destroi o centro da cidade. Prevejo caos no dai de hoje. Melhor ficar em casa, sentindo calor. Liga ai o ventilador!!!

terça-feira, 22 de março de 2011

Desde o tempo da escola.

Desde meus tempos de escola, essa instituição voltada ao modelamento de humanos para o mercado de trabalho, eu não entendia o porquê deu estar ali. Me lembro nitidamente de uma situação em que na sétima série, eu estava mais uma vez na sala dos professores, após ser expulso de sala, e uma coordenadora me perguntou:

Lucas, você não se cansa de vir aqui?

E eu logo respondi:- Não, aqui é melhor que na sala, e como eu não quero ficar naquela sala o tempo todo, não me importo de passar um tempo aqui.

Aquilo claro chocou todo mundo, mas na minha cabeça pré-adolescente, eu estava simplesmente contestando uma situação à qual eu me via desde que me lembrava por gente. Não concordava em estar ali, e ninguém nunca tinha me dado uma resposta digna de me conformar. Era sempre algo do tipo, "a escola vai te preparar para o mercado" , "se você não estudar como vai passar no vestibular?", "sem estudo você vai ser um Zé ninguém". O argumento nunca era voltado a dizer, bem você aqui na escola vai ter amigos, vai crescer como ser humano e vai aprender muitos valores, que na rua você não aprenderia. Claro que esses valores, são a única coisa que aprendi, pois o conteúdo se foi no emaranhado de informação que meu cérebro ao longo dos anos fora bombardeado. Não lembro nada de matriz, equação de segundo grau, nem de teoremas. Lembro sim que tenho que chegar cedo a aula, não posso me atrasar, tenho que respeitar a hierarquia, e aceitar as coisas apenas para um dia poder aposentar. Desde a escola já se pensa na aposentadoria. É sempre me diziam, a escola é a melhor época da vida, depois fica pior. Poxa, na minha cabeça infantil não tinha como ficar pior. Eu era forçado a estar ali sentado, ouvindo uma carocha qualquer, simplesmente para ser preparado como mão de obra para que nossa sociedade sempre evolua num ritmo sem nexo.

Bem partindo agora para o erro principal de tal conjunto e ao qual nunca se contesta. A universidade. Meus professores, como disse antes, simplesmente diziam que se eu não estudasse, não passaria no vestibular. Mas o que é isso? Nos meus dozes, treze anos eu não fazia idéia do que era vestibular, universidade, pra mim era um mundo distante ao qual só ia gente grande e eu não queria estar lá, pois onde tem gente grande, criança não tem vez. E assim, com a educação voltada única e exclusivamente para assegurar uma vaga na universidade, fui moldando minha vida a ponto de no ensino médio, desistir de tamanha loucura coletiva que se instaurava no colégio, onde diziam, se você não fizer um bom ensino médio você não vai passar no vestibular, e ai o que você vai ser da vida?

Bem nesse momento eu escolhi ser técnico em informática, e sai de uma escola conceituada o Magnum, para estudar no Cotemig, que tinha outro modelo político-pedagogico, esse voltado muito mais a formar profissionais para o mercado, não importando o aprendizado das matérias que caem no vestibular. Felizmente pra mim, consegui fazer o ensino técnico, e me formar como técnico em informática, e logo depois passar no vestibular. Fiz cursinho 1 ano, junto de vários colegas do Magnum, que não passaram direto, e que não tinha portanto um diploma de técnico como eu. Estava à frente na concorrência pelo mercado, mas eu tinha que entrar numa universidade, pois é o modo de ascensão social diríamos mais famoso, e fácil. Se faz engenharia, medicina para ficar rico. Ninguém quer ser professor, por que isso não da dinheiro, e de que adianta ter entrado em um universidade se você não vai ganhar dinheiro? A concorrência é desleal. Enquanto você passa 4, 5 anos dentro da universidade, montando um currículo cheio de estágios, seu concorrente de mercado, já atua como profissional na área há 5 anos, e tem muito mais experiência que você. Bem experiência é muito mais importante que conhecimento, pois é mais valorizada em qualquer área. Esse funil de pessoas com ensino superior, tem aumentado, mas de nada adianta, pois quem detem o poder ainda são os com mais tempo de estudo. Antigamente os bacharéis eram os principais homens do país, hoje são os pós doutores. E o reuni insiste em agregar pessoas no ensino superior, sem se preocupar em melhorar a qualidade do ensino, e ai a Faculdade deixou de ser um local onde a pessoa se realizava quanto pensador de algo e descobridor de um mundo muito mais complexo, e virou continuidade da escola.

E ai, o que minha professora em 2000 me dizia, continua fazendo todo sentido. Se eu não estudar na escola não poderei estudar numa universidade, e pra que ir pra uma universidade que imita a escola? Hora, para me adequar melhor, ter mais técnica, e poder entrar no mercado mais qualificado, com um pequeno diferencial. Sem experiência.

O que penso sobre tudo isso? Que ainda continuamos a criticar o estado que deixa a escola publica em péssimas condições, para formar apenas mão de obra simples e pouco qualificada, necessária a deixar os baixos salários como estão. E quando nossa critica se volta a uma universidade que não deixa de ser uma reprodução do estado e do mercado, criticamos o ponto final de uma longa história. A escola básica é que deveria ser mudada, e ela vem sendo. Mas de forma completamente bárbara. Muda-se a escola pública que se torna uma formadora de homens, cidadãos. Enquanto a particular continua a copiar os modelos que a universidade pede, alunos que passa no vestibular, e se formam como técnicos. Enquanto os cidadãos se fodem na sociedade, os tecnocratas enriquecem. Uma desigualdade sem fim, caminhos diferentes, famosa maldade. Essa maldade é fácil de ser entendida, já diziam As Meninas, no seu clássico ‘Bom Xibom Xibom Bom Bom’, “ é que o de cima sobe e o de baixo desce.”

Pensar diferente é também agir diferente, e pensando em táticas de mudança é necessário pensar em ações. Uma dica, surgida em conversar com a galera, é a de intervenções rápidas nas escolas. Não quero ser um professor que passará a vida toda se frustrando no método atual de ensino, porque eu não concordo e nunca concordei com a Escola. A idéia é pegar desgninações, curtas, 3, 4 meses, e fazer dinâmicas com a sala de aula em que você estiver atuando. Dinâmicas voltadas a contestar o modelo hierárquico, as relações de poder entre professor aluno, e também entre aluno-aluno. Fazer os alunos verem que existem outras formas de se aprender, uma outra educação é possível, e porque seguir algo que no fundo só os transformara em zumbis?

Mudar é difícil, mas não impossível, já dizia o grande Paulo Freire. Várias pessoas fazendo dinâmicas e mudando comportamento da galera, em um curto período, poderia simplesmente em um prazo de alguns anos, transformar o pensamento dos estudantes, que são simplesmente os que menos tem voz. Muito se critica sobre a postura dos professores, mas e os alunos? Os alunos não fazem a menor idéia do que tá acontecendo, e uma luz para eles, pode mudar todo um contexto. Se alguém me desse essa luz nos anos 2000, poderia ter mudado muito minha vida. Fingir que nada acontece é fácil, mas agir e tentar mudar exige esforço e trabalho, e ai bora trabalhar!

No dia que a educação for voltada simplesmente para se formar pessoas, o mundo será um lugar melhor! Simples assim!

sexta-feira, 18 de março de 2011

Confira comigo no Replay!

É com essa expressão que começo um assunto um tanto quanto corriqueiro em toda história da nossa sociedade ocidental cristã. Hoje não só os messias anunciam o fim do mundo, mas os eco-ambientalistas vivem dizendo de aquecimentos globais, mudança climatica e declinio de nossa civilização se não mudarmos de hábito. Bem nada contra essa luta, que acredito ser importante, pois nosso mundo não suporta mais tamanho abuso, mas é engraçado que na nossa sociedade fatalista, que acredita em um salvador para nos livrar do fim dos tempos, que ocorrera quando do seu retorno ao nosso mundo, sempre levamos em consideração que o mundo está ruindo, que as pessoas não são mais as mesmas e que bom mesmo era antigamente, época longe dessa de tantas mazelas e tristezas atuais.

Um bom exemplo disso, eu li em um livro de Jacques Lacarrière, onde ele cita uma carta de São Cipriano de Cartago a um tal Dimitriano, no seculo III, por volta do ano de 269.

“Quem não vê que o mundo caminha pra seu declínio, que já não tem as mesmas forças nem o mesmo vigor de antigamente? Não é preciso prova-lo com a autoridade da santa escritura. O próprio mundo o diz e testemunha que se aproxima de seu fim pela decadência de todas as coisas. Cai menos chuva no inverno para alimentar as sementes. O sol não é mais tão quente no verão para alimentar os frutos. A primavera não e mais tão agradável nem o outono tão fecundo. As pedreiras, como se estivessem cansadas, fornecem menos pedras, e as minas de ouro e prata já estão esgotadas. As terras ficam incultas, os mares sem pilotos, os exércitos sem soldados. Há menos inocência no tribunal, menos justiça entre os juizes, menos união entre os amigos, menos indústria nas artes, menos disciplina nos costumes. Assim todas as coisas, desde agora, se precipitam rumo a morte, sofrem do esgotamento geral deste mundo.”

Agora coloque esse discurso na boca de qualquer um por ai, e veja se ele diz algo de novo.


Há 1700 anos alguém já dizia isso... Nossa sociedade fatalista, exige ao maximo o trabalho nessa terra, pois antes que ela acabe, temos de nos salvar. É tudo uma questão de interpretação do tempo. Tempo que é um dos conceitos, mais variantes nas culturas humanas. O que fazer então? Sei não, dá um tempo.

domingo, 13 de março de 2011

Ó.linda!

Sons multicoloridos no ar.

Alegria desmedida a rolar.

O calor faz o corpo suar.

É gente e gente, como um mar.

É um espetáculo que nunca deveria acabar.

Pois nós mortais adoramos dançar.

E o carnaval foi feito para festejar.

É o momento auge de quem só que amar.

E a festa acontece nesse incrivel lugar.

Tão antigo feito por um povo além mar.

Mas que foi transformado por esses brasileiros de cá.

Tão dispostos, a curtir e a brincar.

Povo sofrido de tanto trabalhar.

Mas vale a pena tanto esperar.

Pois o carnaval chegou e é epóca de extravasar.

Esquecer os problemas deixar a alegria comandar.

Seguir os caminhos que nos leva apenas a um lugar.

O caminho do bem, tão dificil de traçar.

Que nos leva a Olinda, Minas com mar!