terça-feira, 27 de março de 2012

Deixa de bobeira deixa de bobagem

Não quero mais a moral dos escravos do egito,
Não quero mais ter que calar o meu grito,
Vamos viver a democracia do riso,
E cantar até o fim da vida,
Como é bom tudo isso,
Como é bom, Como é bom
Como é bom tudo isso!


Não há nada mais a dizer,
Tá tudo ai para você ver,
Tudo ai para você fazer,
Então desligue a teve
E vá lá pra fora,
Ver o Sol nascer,
Só pra poder cantar e dizer,
Como é bom viver,
Como é bom , como é bom
Como é bom Viver!



Porra!

sexta-feira, 16 de março de 2012

Céu Azul

Manha chuvosa na Bhbilônia, e ao invés de continuar dormindo na cama quentinha resolvi ir comer um pastelzinho no Céu Azul. Aventura desnecessária porem divertida de se fazer em meio a uma garoa fina e enxurradas nas ruas. De casa em descida rápida se chega ao córrego Olhos D’agua que divide meu bairro com a agitada cidade que por estar engolida pela metrópole, dão o nome de bairro. Mais de 40 mil pessoas vivendo naquele lugar, que tem sua rua principal mais movimentada que a grande maioria dos municípios mineiros, gente de fora que migrou e ali se encontrou um tanto quanto perdido, mas em casa. Subindo a rua principal, fugindo das enxurradas, e dos carros motos e caminhões que circulam sem parar pela rua, fui pulando as poças e me ensopando aos poucos. Adorável cheiro de sacolão nas esquinas, mas meu olfato só se interessava pela gordura escura que fritava pasteis do outro lado da rua. Um pastelzinho não faz mal a ninguém, mas como primeira refeição do dia, era de se esperar coisas menos gordurosa. Mas quem se importa, quando no caminho já tinha visto alguns bares abertos, com alguns heróis tomando uma cerveja e beliscando um salsichão fatiado, que me fizera ter forças e pensar que um dia ainda posso ficar pior. E com esse consolo dos alcoólatras ou ídolos , comi o pastel que acordei sonhando, e em lento caminhar, voltei sem mais me importar com as poças, nem com as buzinas, o barulho, a garoa, a multidão que se esbarra sem se olhar. De loja em loja, passando por todo tipo de comércio, caminhei pra casa satisfeito e pensando no dia que chuvosamente viria se desmanchar. Mas ai olhei pro céu e no meio de todo aquele cinza havia um buraco, um buraco de nuvem, pedaço de céu...Azul, daí o nome dessa pequena cidade imersa no caos Bhbilônico, e eu ali mais tranquilo, vendo aquele pedacinho de céu, que me fez sorrir, mesmo na lama, mesmo na chuva. E é por isso que sempre estou aqui de bom humor, por que aqui de casa, não importa o clima, nem a hora, aqui de casa da sempre pra ver o Céu Azul!

segunda-feira, 12 de março de 2012

Tropical de Altitude

Um mar de desilusões no rosto das pessoas, e suas caras deprimidas só mostram que está tudo errado nesse nosso modo de vida. Sorriso pago é caro demais, e assim às pessoas assistem ao delírio criado pela televisão do jargão, onde a comédia não é riso é repetição. A chuva cai e leva os prédios construídos sobre os brejos da lei, em rápidas manobras como as de Reis, construir e fazer cidade, não viver. A chuva inunda a cidade nos fundo dos vales, e arrasta os carros para criarem heróis e vilões, nas repetidas e clássicas tragédia dos verões. Não há o que fazer quanto a isso, a natureza sempre existiu, você só a esqueceu porque passa o dia sob a mesma luz e temperatura, cercado de máquinas e pessoas sem expressão, criando e fazendo trabalhos que você nunca pensou em questão. No fundo dos vales os rios cobertos pelas avenidas, engolem as casas e as pessoas, e ninguém se lembra que naquele local, há cento e cinqüenta anos, na antiga fazenda do Seu Braz, uma grande inundação matou o gato e acabou com sua plantação. Como não havia o Super, ninguém sabe dessa historia, que se repetem todos os anos, mas todo ano parece que foi a primeira vez. A natureza é manchete, não o real. A chuva agora engole a zona sul, enquanto cai um prédio, outros três são postos de pé, até que num efeito dominó, toda a zona sul se desmanchará no seu próprio peso, digno de se assustar. A lagoa poluída e suja, se chama Pampulha e ninguém pode nadar. É proibido entrar na água, mais fácil por placa do que limpar. E quanto ao ato de caminhar e se exercitar, até nisso sua liberdade é iludida, pois você assistiu no jornal o tal jeito certo de andar. Mas há quem diga que essa cidade é a boa de se morar, outros irão odiar, só que nada adiantar vive-la se você não sabe aonde você está. Então belorizontinos, subam os morros e serras da cidade, e vejam aonde vocês estão vivendo. Olhem e pensem um pouco, e vejam se isso é que o que queremos. Um belo cenário de morros, com serras de pano de fundo, mas os rios foram cobertos por carros, não há banho para os homens imundos. Sobrou apenas o choro, as lágrimas e o stress. O circo foi destruído, e ainda não ficou pronto, o pão nessas terras é liquido e custa caro, não dá pra comer água em tempos de seca braba. Eu que planto, me espanto ao perceber que a comida orgânica é muito fácil de fazer. E é vendida caro, porque te aprisionaram num apê, sem espaço para plantar a própria comida, impedido de comer. Caro é o preço da terra que se ergue aos céus, e da baixa Bhbilônia só se espera o terror dos homens das pedras, sem esperanças na sociedade que vive dela. Enquanto a moral do escravo reinar como base de nossa sociedade, sempre seremos escravos, trabalhadores e homens sem felicidade, nunca livres, vivendo a incrivelmente mentirosa e propagandeada liberdade. A prisão é sua própria realidade, sua casa é cercada por grades de segurança máxima, mas não é para impedir que o inimigo entre, é para que você não fuja a noite de casa. A rua é perigosa, sua mãe não pode saber, e ai com cerca elétrica como cê vai fazer? Vai ter que abrir o portão e exparrar que saiu, e a rua escura sob a luz laranja, só pode te trazer o mal e o frio. Frio que escorre do topo das serras, trazendo manchetes em abril, fim das chuvas que só irão voltar em tempos primaveris, quando a Natureza será vilã , nos jornais imbecis. Tropical de altitude, seis meses chove seis meses seca, e ninguém se dá conta que isso é a nossa única certeza. Que o clima é fácil de ser entendido, o porque da cidade ser construída sem pensar nele é que me torra o juízo. Oh esses homens que se dizem sábios, que fizeram tamanha obra, que desaba todo ano em eterna repetição, mais fácil que entender o clima é saber a questão. Ou nos tornamos parte da natureza, ou sempre perderemos a guerra. Quem é mais forte não é a gente, muito menos ela, o que é forte é o planeta inteiro, então porque não se unir a Terra? A greve vem ai, aproveite e não vá trabalhar, você já tem uma desculpa para poder passar horas e pensar, no que a sua vida tem sido e no que você realmente quer conquistar. Não que seja fácil, mas se isso ao menos começar a incomodar, pode ter certeza que para os seus filhos, isso você já vai poder ensinar, e ai quem sabe uma próxima geração não venha, para um dia rir de nós, e dizer que éramos os mais bárbaros homens de toda a historia, pois não fazíamos absolutamente nada mesmo sabendo demais. Nada para impedir o massacre do ser humano, que se tarja de preto, para que ao ligar a televisão, ouça aquele velho jargão e sorria sem pensar em seu leito. No fim há esperança, mas não há como chegar nela, pois assim como as nuvens na atmosfera, é ela que pode chegar em nós, trazendo raios e trovões e muita água para a cidade inteira inundar. Corram para as montanhas, diz a placa da avenida, em caso de chuva forte, fuja para cima. Mas não se esqueça, nem de ter esperança, nem de nosso clima. Tropical de altitude, só pra avacalhar a rima.

sexta-feira, 9 de março de 2012

A normal!

Nada mais normal que achar tudo normal,
e não ser normal, legal e tal,
as vezes anti-social que tem que fazer um social,
dar um oi e um tchau, sorrir para o mal,
só para te acharem o tal, legal, normal.

Surreal o tropical invade a cidade, trazendo divertidas formas de arte
Invade e domina sua cultura, de rua nua crua, injusta, forma de viver
Viver então de arte, alegria, e fazer dessa correria, da cidade sem vida,
A vida de arte, na cidade, de manha, a tarde, fazer arte, arte fazer!