segunda-feira, 15 de julho de 2013

Poética da Vida

"Na vida o corpo frágil
Ergue-se como uma estátua de mármore,
Na esperança da consciência
De se tornar imortal.

Em meio ao caos,
O corpo reúne os sentidos,
Máquina de interpretar
Um pouquinho de realidade.

Materialização do contexto,
De vontade e necessidade,
Saciar o impossível,
A imortal ansiedade.

De viver o divino,
E o divino ser,
Pois a realidade divina,
É a divina forma de viver.

Em busca de paz,
Para o corpo lhe agradecer,
Com saúde e inteligência,
Para seu espírito nunca morrer.

E a palavra e o caminho,
Quem irá percorrer?
Sozinho em teu destino,
Só você pode te socorrer.

Sem trégua do tempo,
Mas com o tempo a favor,
Compreenderás o teu papel na terra,
Reproduzindo a paz e o amor.

Pois o homem é coletivo,
União de energia que se percebe,
E leva além do cotidiano,
A fé que em tudo permanece.

E a vida se torna feliz,
Como na Bela Adormecida,
Ao acordar do longo sono,
Da ignorância que lhe prendia.

E compreendendo nosso papel,
No contexto de toda existência,
Valorizará teu corpo,
Pela dura permanência,

Nesse mundo confuso,
Que parece ter sido dominado,
Por todas as forças do mal,
Que dizem trazer o legado.

Mas o amor e a coletividade,
Frutos de um novo século
Será a energia da mudança,
A força sucumbirá ao intelecto.

Não haverá injustiça,
Onde houver lealdade,
A liberdade será de pensamentos,
Para evoluir toda a humanidade.

Num sonho inteiro conjunto,
Entre todos os humanos,
E ninguém viverá de esmolas,
Nem de desenganos.

Não será um novo Messias,
Nem o próprio Deus vivo,
A humanidade irá mudar,
Quando perceber tudo isso.

E Se perceber,
Questionar seu louco papel,
Ao invés de querer procurar,
Um caminho que lhe leve ao Céu.

Pois paraíso melhor que a Terra,
Deus ainda não nos ofereceu,
A tecnologia nos trás a possibilidade,
De curtir todo o seu apogeu.

E nos permite viver aqui,
Nesse maravilhoso planeta,
Que flutua nesse universo,
Tão cheio de belezas.

E a natureza que nos remete a Deus,
Também nos mostra o caminho,
O equilíbrio é a melhor reposta,
Para os tolos que vivem sozinhos.

Nessa experiência de vida,
Nesse mundo material,
Acreditando em nosso corpo,
Como uma divindade imortal.

E esquecendo de nossa saúde,
De nossa necessidade intelectual,
Indo ao ridículo,
De quase morrer no sinal,

Implorando uma ajuda,
Uma necessária esmola,
Para no fim do dia,
Compra para os filhos a cola.

Que usam para sair da escola,
Pois já diria o ditado,
Quer cola,
Pede esmola.

Na porta pela frente o caminho,
O medo de viver sozinho,
Sem encontrar em seu destino,
O lugar mais desejado.

O erro de nós humanos,
É querer ser imortal,
No momento errado.

A vida é o maior bem,
Que existe nesse universo,
Pois pense mais além,
E se perceba nesses versos.

Um monge medita na montanha,
Tamanha sensação de liberdade.
Quantas vezes já sentiu,
Em toda sua força a realidade?

Esquecida em meio ao trabalho,
No ônibus e na sociedade,
É esse o cotidiano,
Dos humanos nas cidades.

Sem o lado da fé,
Perdidos na materialidade,
Esqueceram que só existe um caminho,
A transcendência permear a realidade.

Para que todos os homens,
Compreendam suas necessidades,
E assim poderem viver,
Com um pouco mais de tranquilidade.

A ciência é o paradigma do erro,
Pois exclui a ideia de saudade,
Afinal pra ciência,
Vocês só perderam a afinidade.

Não importa o tempo,
Muito menos a idade,
Pra ciência o necessário,
É impor a verdade.

De que somos macacos,
Os tal sapiens sapiens,
Menos peludos e incompreensíveis,
Que os macacos da cidade.

Oh pai me proteja,
De toda essa maldade,
Desse século vinteum,
Cheio de improbabilidades.

Afinal a vida é curta,
É caminho e passagem,
Através das experiências,
Que nos levam a eternidade!"