segunda-feira, 31 de agosto de 2009

Critica a geografia critica...

Li umas coisas esses dias que me fizeram pensar muito sobre como fazer geografia. Penso no atual momento que fazemos pouca geografia e muita critica. Criticas até a propria forma de criticar. Pensando MUITO sobre monografia esses dias, fico maluco com tantas ideias que me surgem na cabeça, e ai fico matutando 'teorias' para que aquela ideia faça sentido para outra pessoa além de mim, principalmente os professores que irão me degolar na banca. Mas algo tem me chamado a atenção ultimamente, e é um dos possiveis temas para a monografia. Na verdade é algo que a algum tempo eu tinha dito e pensado mas o Cassio , todo poderoso, havia dito que era impossivel. Impossivel na visão dele teorica chata de geografia. Mas pra mim, algo que vem sendo importante na minha formaçao atual. Na epoca, a primeira aula dele, ele perguntou se era dificil escrever e tal, e eu disse que achava mais facil escrever de forma livre ( como um romance) do que na forma metodica-cientifica. Ele riu de mim e disse, entao vá lá, escreva como guimaraes rosa. Bem nao sou genio como o Guimaraes, mas concerteza escrevo melhor em linhas livres, do que cercado de metodos por todos os lados. E lendo um capitulo do Ruy Moreira do livro Pensar e Ser em Geografia , chamado Ser-Tão, me deparei com uma critica a essa separaçao da literatura (livre), da ciencia ( metodica) e achei muito doido essa visão de que literatura e geografia assim como outras ciencias tem tudo haver. Aliás, quando escrevo no blog as vezes, fico achando legal a forma que da pra se escrever sobre algo bem academicamente geografico de forma sutil, sem formas pre moldadas. Claro que isso nao é facil, principalmente porque literatura (pelo paradigma positivista vigente no mundo atual) NÃO é ciencia. Ciencia é metodo, teoria, logica, e principalmente NÃO-literatura. Literatura é arte, e arte é coisa de viado. Então assumindo minha viadês, prefiro interagir com o mundo de maneira mais literaria do que cientifica, mesmo estando num mundo academico que presa infinitamente a tecnica. Cansado dessa forma de pensar metodologica (que cerca o pensamento humano) comecei a pensar na epoca romantica da geografia, e venho lendo alguns livros de viajantes como Richard Burton e tal. Nessa epoca, geografia se misturava (ainda que pouco) com literatura, o que tornava mais facil aprender. Não que eu nao queira fazer geografia moderna, cheia de teorias legais que explicam nosso mundo, mas é que prefiro uma leitura livre, do que uma leitura carregada de "manias" academicas. Pensando nisso, to querendo atualmente, escrever algo relacionado a geografia romantica do seculo xix, e tentar trazer pros dias de hoje, um trabalho escrito de forma simples, bem tranquila de se ler e com todo o arcabouço cientifico para da "valor" ao trabalho, uma vez que sem esse arcabouço , eu seria um vagabundo querendo picaretar( o que nao deixa de ser uma eterna verdade).

Bem a idéia é a seguinte, fazer uma critica a essa geografia dos blablablás infinitos, e da geografia altamente tecnica, e propor um casamento islamico entre geografia(homem) e suas varias mulheres como a literatura, a ciencitifa-positivista e a tecnica cientifica pós moderna, além das antigas namoradas, como a geografia dos viajantes e a descritiva e chata dos naturalistas, que seriam aquelas mulheres feias que so se pega em fim de festa na derrota. O ideal pra mim no momento, é escrever sobre as formas de se fazer geografia, um pouco resumão da historia da ciencia mais não-cientifica de todas, e tentar unir a arte e a ciencia numa nova categoria pouco conhecida que seria , a Picaretologia. ahahahaah... Falando serio, penso em fazer algo tipo:

Começar metendo o pau em tudo e falar bem de Marx, o que elevará meus pontos. Depois de jurar com a mão Esquerda sobre O CAPITAL , começar a minha apresentaçao contando causos e ignorando os professores. Quando eles perguntarem pra mim que raios eu to fazendo , eu digo: Geografia.
O silencio reinará por 3/4 de segundo, até alguem dizer, mas isso , isso não é geografia. E nesse momento as trombetas do apocalipse irão ressoar na pequena sala que eu tiver apresentando, e falarei como um profeta biblico sobre o mar vermelho cercado de judeus chatos.
Professarei:
"A todos aqueles que se reunem no recinto, digo que vos estais errado. Errado pois geografia não é. Geografia é o talvez. Talvez seja isso, talvez seja aquilo. Talvez nem seja, mas se for, será?"
Então o silencio será quebrado pelo burburinho de todos que logo depois irao rir de mim, enquanto eu abro uma fileira de carteiras para poder passar rumo a terra santa( possivelmente o milharal)...

Bem voltando ao assunto principal desse post( que eh nao perder essas ideias malucas) a ideia, é fazer um estudo de algum lugar, de preferencia refazer uma viagem de um dos antigos geografos viajantes, comparar com algum estudo feito atualmente sobre a regiao que o viajante descreveu, e unir numa escrita simples e nao cientifica, há versão literaria de um estudo cientifico. Como? fazendo essa versão literaria bem divertida.

Não será facil, mas vai ser legal, e mais facil que descrever cientificamente nos moldes metodologicos da geografia o lugar proposto no tema que irei introduzir na apresentaçao.

Imagine o seguinte, Burton descreve que o rio que ele anda, tem tal forma, é habitado por tais pessoas, e que fica em tal lugar. Ai pega depois um trabalho sobre esse rio, e la irao varias coisas teoricas que eu tenho preguiça. E depois mostrar que com um trabalho escrito de maneira literaria , eu posso chegar ao encontro dos dois, e ai criar um estorinha bonitinha de um carneirinho branco que caiu no rio e ai ele vai contar tudo que existe ali de maneira tao surreal, que nem milhares de cogumelos fariam tal efeito para a existencia de um texto assim.

É como digo, dizer que a borda ocidental do supergrupo do espinhaço contem uma serie de cursos fluviais que moldaram sua forma e tal, é dificil e chato de se ler. Mas dizer que aquela serra, formada por inumeros rios que ao longo do tempo, uniram-se num unico proposito, e transformaram todo o lado de cá , é muito mais divertido. Claro que esse exemplo foi imbecil e ridiculo e nao eh o que irei fazer, mas a ideia no fundo nao deixa de ser essa.

Bem cansei, esse post foi feito unico e exclusivamente pra mim, e para que eu depois, quando tiver maluco precisando logo escolher um tema, ter alguma coisa. nao podia deixar essa ideia maluca passar em branco, entao ta ai.

só mais uma coisa.

Viva, Viva a Geografia a minha Vida!!!

Viva

Viva!!!

2 comentários:

Ana disse...

...P..eraí, não dá pra comentar nada ainda, haha! ...tive crise de riso na parte da apresentação! kkkkk!! =D
Volto depois

Alfredo Costa disse...

Acho que, Cássiamente falando, não vai dar certo. Mas se der, saiba que terei o maior prazer e interesse em ler! Boa sorte!

Abraço,