segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Aventure-se

Ontem a noite estava deitado indo dormir e no aconchego da minha cama quentinha, na minha casa altamente tecnologica, lembrava das inumeras aventuras que me meti na vida. Lembrando das mais recentes, fico de cara com as "loucuras" que ja fiz. Sempre que to de boa assim como ontem, relembro das noites no jalapão, na noite que dormir na tora numa casa abandonada, no dia que andei sozinho por 30km no lugar mais deserto do Brasil, da vez que atravessei o nordeste em um onibus sem conhecer ninguem e dormindo duas noites muito mal, do carnaval de 2009 sozinho num lugar completamente desconhecido sem conhecer uma unica alma viva do lugar, do dia que passei sozinho no Cemitério do Peixe, e muitas outras coisas... Toda vez que lembro disso eu penso, putz que viagem, eu era muito doidão nunca mais eu farei isso, corri muitos riscos me expondo demais ao desconhecido. Mas ai eu penso, lembro, vejo, revejo, e me sinto tão feliz por já ter feito isso, que minha cama passa a ser tão mais gostosa que o sono chega rapido. É gostoso a nostalgia dos momentos dificeis, porque torna o cotidiano agradavel que não percebemos em um edén. Minha cama ja foi tanta coisa, já dormir em tantos lugares desse país, ja acordei em tantos outros, que dá uma saudade ao mesmo tempo que dá uma certa aflição. Se eu fosse um personagem, nunca saberia meu futuro, mas tenho certeza que as estórias passadas, contadas no conforto do lar,foram bem divertidas.

domingo, 29 de agosto de 2010

Geografo de carteirinha

To afim de geografizar...de sair do sofá... Afim de ir por ai, viajar... Fiz isso semana passada, fiz isso a outra também, e irei fazer semana que vem. Mas agora estou tão impaciente em casa, que parece que tem meses que não saio por ai. Daqui a alguns dias irei para o norte de minas. Nos embrenhado do norte do sertão. Lá pelas bandas do semi-arido. Lugar seco e ainda sim de Minas. Lugar mais das Gerais, lá longe, de caatinga braba e poeirão. Mas lugar de pão de queijo, e tempero do sertão. Em Espinosa, na divisa com a Bahia, irei mais uma vez por ai geografizando. To afim de rever os lugares que ja vi na infância, relembrar dos momentos e passagens dos caminhos. Ir,vir, ver, rever, tudo isso só para aguçar os sentidos, e treinar minha geografia. Fazer e viver disso é bom demais!

Viva, Viva a Geografia a minha Vida!!!

Viva Viva!!!

sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Embusca de uma utopia plausivel

Esses momentos que a gente tem sozinho, onde se pode parar e pensar muito, muito na vida, são raros e poucas pessoas os pode ter. Mas eu como um afortunado nessa jornada alucinante pela vida, já tive muitos momentos de reflexão sozinho, e não em um onibus lotado, ou numa igreja cheia, nem no psicologo ou em casa, eu passei os momentos mais incriveis de minha vida dentro da minha própria cabeça em ocasioes raras, porém muito marcantes. Digo por experiencia própria que a solidão quando quista para tais fins, é algo incrivel. Quando se quer ficar sozinho, pensando em nada, arrumando as coisas em sua cabeça, você consegue atingir níveis de pensamento que são raros de serem atingidos. Os grandes gênios da humanidade, tiveram muitas vezes esses momentos de concentração absoluta em sua mente, e assim você consegue realizar tantos pensamentos sobre temas tão variados, mas que vão se juntanto em teorias que só você entenderá por muito tempo, até que você a digira e veja uma outra realidade se formando em sua frente, como que uma porta tivesse se abrindo para outro mundo. Isso aconteceu comigo já algumas vezes, acho que estou passando pela 5º realidade paralela ao real, pois consigo cada vez mais enxegar o mundo de uma maneira que ninguem mais consegue.

A primeira delas, se extendeu pelo maior periodo, pois foi uma época de constantes modificações de percepcção da realidade, sendo da infancia a adolescencia, por volta dos 18 anos. Ai veio a segunda fase, que ocorreu durante o ano de 2005, uma fase bem dificil, de crescimento, amadurecimento bruto, uma brutal e gigantesca mudança ocorreu da primeira para a terceira, graças a forma com que essa segunda realidade formou em mim o carater que me define hoje. A terceira foi do 1º ao 5º periodo. Uma fase maravilhosa, de realizações e descobertas, e uma incrivel mudança napercepção de como funcionava o mundo. Primeiros pensamentos sobre a vida, mas nao conseguia fluir pois eu ainda era muito imaturo intelectualmente e ficava muito só curtindo sem pensar.

A quarta fase foi incrivel. Foi a primeira fase que eu me senti como alguem que estava fora da matrix. Pela primeira vez enxerguei o mundo como ele realmente é, e me vi assustado e surpreendentemente feliz, em entender e ver tão perfeitamente nossa cruel e dura realidade. Essa quarta fase começou depois do ENG na USP em 2008. Depois dessa época veio uma coisa incrivel, pois eu consegui criar teorias brutas sobre o pensamento, a vida, a sorte, a felicidade, e como se dar bem nessa incrivel jornada Foi quando comecei pela primeira vez a acreditar na vida como hoje a entendo. Criar na minha cabeça essa teoria sobre a vida, essa minha primeira teoria metafisica sobre a realidade, o mundo e tudo mais, mostrou pra mim um amadurecimento muito grande em minha cabeça antes muito limitada. Quando se cria isso , que eu chamo pra mim de religião, um modo de entender e seguir o seu caminho nessa coisa sem lógica que eh existir o universo, você consegue se libertar dos seus medos, anseios, e sua percpeção das coisas se torna além do que simplesmente o normal, imbutido em sua cabeça desde que nasceu. Essa liberação da matrix é sensacional. E curto ter saído dela demais. Mas dá uma aflição percebe que ninguem consegue sair.

A quinta fase começou por volta do começo desse ano, em Natal. Eu simplesmente comecei a pensar muito na dimensão temporal, e na evolução radical do homem, e simplesmente vi que estava em meio a um dos momentos mais historico da humanidade. Estamos simplesmente vivendo uma grande revolução. A revolução digital que de repente transformou o século XXI. Nessa quinta fase a minha percepção de realidade está sempre voltada ao futuro. Me vejo literalmente no futuro, um futuro em que deu tudo errado, e poucos vivem a custas de muitos. É dificil explicar assim, pq dizer isso é obvio e todo mundo sabe. Mas meu modo de ver o futuro, é muito, mas muito complexa. Não consigo mais libertar-me das idéias de como nossa sociedade é grandiosamente complexa. Temos tudo que pensamos praticamente em poucos minutos,a fome é saciada instantaneamente, temos tanto entretenimento que poderiamos passar o resto da vida fazendo coisas novas todo dia e nunca enjoariamos. Vivemos em cidade tão grandes que são necessarias imensas maquinas movidas a energia provinda do sol e armazenada pelas plantas em bolsões de energia liquida, solida e gasosa, enterradas no fundo da terra, como tesouso de piratas, para transportar os escravos para seus postos de trabalho, para produzirem aquilo que mal conseguem consumir. É isso que entendo hoje da realidade. Se eu tivesse que explicar para alguem do passado, como éo secXXI eu diria assim:
" - Vivemos em um mundo onde todo mundo tem contato com todo mundo, através de aparelhos e maquinas incriveis, que são capazes de ligar-nos pelo espaço e assim podemos conversar, e ver a pessoa como se estivessemos com ela. A musica é algo comum do cotidiano, vivemos numa era que a musica é banalizada, todos podem ouvir e ouvem os mais diversos ritmos. Vivemos numa era onde a comida é encontrada em imensos armazens tão modernos , que vendem de tudo que imaginar. Esses armazens chamados de Super e Hiper mercados, são ambientes pontuais no planeta, sendo copias de um dos outros. Possuem comida praticamente infinita, mas o custo é altissimo. Vivemos em uma epoca em que o transporte é excelentissimo. Aviões cruzam os céus levando gente quase que instantaneamente atráves do mundo. Voam a incriveis leguas por minutos e há tambem carros e mais inumeras maquinas de transporte que mal conseguimos ver que são maquinas. Mas para tudo isso, todo o conforto da luz do dia mesmo a noite, da agua encanada em todo lugar, da cama macia e do sono tranquilo, para tudo isso, a humanidade vendeu sua alma para o Capital e se escravizou. Isso , todos nós somos escravos de algo que a humanidade criou e que não é nenhum ser humano, nenhum deus, é apenas papel. Sómos escravos e ninguem vê isso. Essa quinta fase me deixa muito frustrado, e ao mesmo tempo muito enstusiasmado.

O que virá daqui pra frente? Depende, depende dos meus momentos sozinhos, para conseguir melhorar minhas teorias, aprofundar meus entendimentos, e enxergar cada vez mais, todos os detalhes que nos cercam.

Sempre em busca de uma vida melhor, de uma utopia plausivel...

sexta-feira, 20 de agosto de 2010

Garimpeiro...

Estou igual um garimpeiro, só que de idéias. Estou a todo dia tentando a sorte procurando o momento exato da inspiração. Mas isso é burrice. Eu deveria estar escrevendo, treinando para fazer aquilo que pretendo, mas estou a dias apenas esperando a pena se encher de magia e imaginação e escrever tudo pra mim. Mas isso não ocorre sempre, e raras são as vezes que temos uma inspiração e uma oportunidade de a colocar no papel. Passei dias a fio pensando em muita coisa a escrever, e até agora não escrevi nada. Como diz Schopenhauer, existe três tipos de escritores. Os que escrevem por escrever. Os que pensam para escrever. E os que escrevem apenas porque pensaram. Me encaixo muito no ultimo perfil, mas preciso um pouco escrever por escrever, só pra acostumar a colocar no papel as idéias. A população não tem tempo para isso, mas eh um otimo exercicio para uma auto avaliação do que você é, o que pensa, como ve as coisas. Mas ninguém faz isso, e eu que vivo só pra isso, tambem não tenho conseguido. Quero voltar a escrever, e me inspirar sem pressão pra isso. Quero escrever e fazer minha monografia o mais rapido possivel, para depois ficar apenas arrumando ela aos poucos. Escrever é dificil, mas é um vicio que quero adquirir. Faz bem!

terça-feira, 17 de agosto de 2010

Uma geração de surdos...

Depois de passar 8 dias no Cemitério do Peixe, e viver toda a expetativa da festa, ver ela ir sendo preparada, o inicio, o caos reinante da multidão e o seu final, regressei confuso e pertubado com inumeras coisas. Uma delas é o mal uso da tecnologia. A tecnologia no sec.XXI com a revolução digital, trouxe a tona uma discussão que existe desde que inventaram a roda. O que fazer com a tecnologia e como usa-la. O exemplo que irei dar é sobre os carros de som, e a potencia absurda que hoje consegue se atingir com os sons automotivos. As pessoas simplesmente adquirem a tecnologia e destroem seus timpanos e de todos a sua volta, ouvindo um barulho ensurdecedor em uma competição em que todos perdem. Mas para os que proporcionam o espetaculo do barulho, está tudo bem e é assim que eles acham que devem usar essa tecnologia fantastica de reprodução musical. Esse mal uso levará a proxima geração, ao qual eu me incluo, a serios problemas de audição. Na cidade grande, metropole, eu nem preciso comentar do barulho que convivemos. Os altissimos niveis de decibeis, destroem lentamente nossa capacidade de ouvir que já é baixa. Somos seres que estamos perdendo a sensibilidade auditiva diariamente, e não nos damos conta disso. Um exemplo simples de como ficamos surdos na cidade, é quando você utiliza de um transporte coletivo privado, como um onibus. Quando você está esperando o onibus e ouvindo seu Mp3 player, você ta escutando musica em um volume proximo do agradavel, diriamos numa escala de 0 a 30, no 15. Mas ao entrar no onibus, se você não colocar o mp3player no maximo, você nao escutará a musica. Assim junta o altissimo volume do mp3player, ao barulho ensurdecedor do motor do onibus, e você aos poucos vai se tornando um deficiente auditivo. No interior com a febre dos carros de som, os jovens se divertem perdendo a audição ao lado de poderosas caixas de barulho. Esse mal uso da tecnologia vai levar as pessoas ou a perceberem que estão errando feio em usa-las desse jeito, ou a ficarem literalmente surdas. Percebi muito na festa como essa relação não é vista pelas pessoas. Elas no maximo reclamam do barulho, mas não tem noção do mal que aquilo está fazendo a ela. A diversão do secXXI inclue inumeras vantagens e infinitas variedades, mas tambem traz serias consequencias a saude do ser humano. Veremos daqui a 30 anos, como estarão nossos timpanos...

sábado, 7 de agosto de 2010

Geografizar é preciso...

Hoje é um dia muito importante na minha vida. O dia em que eu me preparei 4 anos e meio para poder realizar aquilo que planejei para minha vida. Irei para o Cemitério do Peixe fazer geografia. Coisa boa demais. Ir para um lugar diferente, exerce todo meu conhecimento e tentar compilar depois em um trabalho para mostra a todos que se interessarem, o que é o peixe. Fazer esse tipo de trabalho requer uma certa preparação psicologica, principalmente porque estarei indo passar mais de uma semana sozinho, assim como foi ano passado pelo Jalapão, mas dessa vez eu não estou indo apenas me divertir e curtir, estou indo pensar, trabalhar. Irei para um lugar magico que descobri na serra do espinhaço, e quero curtir muito esse meu trabalho. Por ser uma coisa apenas academica, irei tentar não só adquirir conhecimento lá, mas tambem passar um pouco. Conversar com pessoal do interior me trará inumeras novas ideias, concepções e pensamentos. Irei mudar concerteza depois dessa festa, e ja me preparei para isso. Espero que a Geografia esteje de bem comigo, para poder fazer algo que é um dos meus sonhos. Trabalhar fazendo o que gosto. Mesmo que a remuneração seje apenas espiritual.

Viva, Viva a Geografia a Minha Vida!!!

sexta-feira, 6 de agosto de 2010

Babilonias Brasileiras...

Escrevo esse post hoje, pq a dias estou pensando nisso, e é mais uma visão minha e uma caricatura da realidade, do que propriamente dita verdade. Mas é só pra exercitar a imaginação.

Vou começar falando do conceito de Babilonia que uso direto aqui no blog. Babilonia, foi um imperio que reinou na antiguidade no oriente medio, e que foi destruido pelo deus hebraico, junto de seus exercitos terrenos. A Babilonia é um lugar de caos, de sujeira, de impunidade, de luxuria e soberba. A Babilonia atual são as metropoles caoticas que existem no país, sufocantes, estressantes, poluidas e imersas na opressão do capital.

Bem a primeira Babilonia que irei falar é a maior de todas. A Babilonia mor do Brasil, e do hemisfério sul. SÃO PAULO.

São Paulo é a terra onde os sonhos aparecem como possiveis de serem realizados, mas onde apenas os pesadelos se realizam. Os escravos que trabalham na Babilonia mor, vem de diversas partes do país e do mundo, e são forçados a trabalharem em sistemas escravistas, que usam o capital para prender o pobre homem vindo de fora, na ilusão criada pela Babilonia, de prosperidade e sucesso. No ar poluido da Babilonia mor, as pessoas são envenenadas aos pouquinhos, e passam a vida a se deslocarem no caotico e parado transito da cidade. Vinte milhoes de almas degladiam-se cotidianamente, na cidade onde morre por dia mais de um motoboy. Esses desgraçados sem sorte, vivem deslocando-se de lugar para lugar, levando mercadorias em sua maioria desnecessarias. Perdem a vida mas ninguem sente falta. A Babilonia mor, vive da ilusão e da falsa prosperidade, e atrai como um ima, as pobres almas que perecem no inferno cotidiano.



RIO DE JANEIRO.
A Babilonia Tropical, é o caos. A lei do mais forte impera, onde diversos estados vivem em enclaves marginais. Excluidos da Babilonia, mas que vivem dentro dela, a guerra cotidiana, armada até os dentes, reflete a desorganização que a malandragem impõe. O carioca, esse ser que pensa viver no paraíso, se vê na verdade, cercado pela ganancia e soberba de uns, e a miséria e a morte de outros. Na Babilonia tropical, tudo pode, e vive de uma imagem paradisiaca atraindo inocentes turistas vindo de todas as partes do mundo, para viverem o delirio da ilusão tropical. O mar verde-azulado, contrasta com o vermelho sangue que escorre dos morros cariocas. A poluição da baia morta, esconde os cadaveres que só uma Babilonia como o Rio consegue produzir. Paz não combina com a Babilonia.


BELO HORIZONTE.
A BHBILONIA como chamo essa cidade, é a Babilonia das montanhas. Incrustada no seio das montanhas, cercada de morros, vigiada pelo estado, a Babilonia das Montanhas vive da tradição escravista que persiste até hoje. Escravos dum sistema que os monitora e vigia, cercados por soldados do estado, a ORDEM é o que mais se busca, mas ordem nao combina com a Babilonia. Povo inerte e trabalhador, sofre com a fuligem da mineração, que dilacera os muros naturais que cercam a cidade. São sonhadores, que sonham todo dia com a roça que ele vivia, com a pacata vida que levavam, mas que se perdeu dentro do caos coletivo que sobe e desce morro, em busca de espaço, onde não mais existe. Subiras e descerás, mas nunca irás sair do lugar.


PORTO ALEGRE.
A Babilonia Gelada, expressa bem o que o subtropico perpassa para as pessoas. O frio da noite, congela as engrenagens de um sistema que explora a tradição de um povo guerreiro que foi enjaulado num sistema escravista de exploração total. Trabalham feito loucos, buscando um dia, se tornarem uma Babilonia europeia, mas isso nunca conseguirão, pois seus ossos estão fragilidados pelo frio, e pela ganancia de serem um estado insurgente na colonia brasileira. Vivem como europeus na ilusão que a Babilonia cria, mas não passam de pobres almas brasileiras, congeladas no tempo.

RECIFE.
Hellcife, a Babilonia da miséria, o lugar mais deploravel que visitei na Terra. Em Hellcife o povo vive no e do esgoto. Não são mais seres humanos, são homo abutris , vivem na miséria total. Vendem seus filhos para poderem se alimentar, enquanto caos da miséria se espalha engolindo tudo e todos. São pobres que vivem sobre os rios esgotarios, e que vivem no calor infernal dos tropicos. Vos digo, que a Babilonia miseravel, não reinará por muito mais tempo. Afastai-me dela.

As Babilonias são assim, caoticas, agressivas, opressoras, e usam da ilusão para arrebanhar almas que queimarão para sempre no inferno metropolitano

terça-feira, 3 de agosto de 2010

Viva o não trabalho

Antes de escrever sobre a viagem pelo sul do Brasil, e sobre minhas idéias e visões sobre o Brasil subtropical, vou escrever um pequeno manifesto contra o trabalho.

Pequeno Manifesto Contra o Trabalho



Trabalhadores do mundo. Uni-vos. Mas não para lutar por melhores condições de trabalho, nem por menos tempo de serviço prestado ao seu dono. Não. Uni-vos para deixarem de serem trabalhadores, e voltarem a ser livres. Uni-vos contra a escravidão que os massacra, oprime, e acaba com sua vida. Sua liberdade não existe. Você se vende por míseros finais de semana, por raros momentos de alegria, por raríssimos momentos de felicidade. Você está para sempre preso. Preso dentro de um sistema cruel, que ignora sua liberdade, seu prazer, sua vida. Os poucos que usufruem do maior conforto da historia da humanidade, governam suas vidas, impondo horários, e sacrifícios, para que ele possa rir ao ver suas fracassadas tentativas de greve. Não adianta fazer greve, pois a mão de obra infinita ao seu redor, irá se escravizar voluntariamente, para tornar você livre de novo. Mas livre na cidade, no inferno coletivo, é pior que ser escravo. Ser livre na cidade é um problema. Todos passam a não olhar para você, porque os escravos só entendem a língua dos escravos. A língua capital, dinheiro, valor. Valor esse que não passa de uma ideologia, um dogma. Escravos da religião consumo, seu trabalho não passa de um modo de prender vocês, para que não tenha tempo para ter forças para lutar contra seu senhor. A história maléfica do feudalismo, contada pelo seu dono, não passa de uma balela comparada a sua própria historia. Vocês nunca foram livres, vocês nasceram condicionados a ficarem presos 5 horas por dia, em uma prisão para as crianças de nossa sociedade. A escola presídio, não passa de uma fabrica de peões, para que os reis possam gozar de plena paz. Sua liberdade é condicional. Ou você aceita a LEI ou irá para a prisão. Mais uma vez a prisão aparece como condicional para que o capital consiga se manter como o deus senhor de vossa escravidão. Sua liberdade não passa de um conto de fadas. Seu trabalho não passa de uma perda de tempo para a evolução da humanidade. O excessivo tempo perdido poderia ser usado para exerce sua criatividade, usar a sua inteligência, a maior ferramenta que nós homens possuimos. Mas você é condicionado a ser apenas mais um peão, a não pensar, a aceitar, obedecer. Desobedeça, mude, veja e lute. Lute pelo fim da escravidão. Lute pela abolição. Lute por qualidade de vida, por liberdade, por alegria. Saía do inferno e lute pelo paraíso. “Olhai para os lírios do campo, como eles crescem; não trabalham nem fiam;” Mateus 6 – 28 . Se a 2 mil anos atrás o deus hebreu já dizia isso, porque agora não ouvi-lo, como vocês já o ouvem? Apenas reflitam e percebam, que lutar pela escravidão é burrice. Lute contra ela, contra o trabalho.

Viva a liberdade.