terça-feira, 3 de agosto de 2010

Viva o não trabalho

Antes de escrever sobre a viagem pelo sul do Brasil, e sobre minhas idéias e visões sobre o Brasil subtropical, vou escrever um pequeno manifesto contra o trabalho.

Pequeno Manifesto Contra o Trabalho



Trabalhadores do mundo. Uni-vos. Mas não para lutar por melhores condições de trabalho, nem por menos tempo de serviço prestado ao seu dono. Não. Uni-vos para deixarem de serem trabalhadores, e voltarem a ser livres. Uni-vos contra a escravidão que os massacra, oprime, e acaba com sua vida. Sua liberdade não existe. Você se vende por míseros finais de semana, por raros momentos de alegria, por raríssimos momentos de felicidade. Você está para sempre preso. Preso dentro de um sistema cruel, que ignora sua liberdade, seu prazer, sua vida. Os poucos que usufruem do maior conforto da historia da humanidade, governam suas vidas, impondo horários, e sacrifícios, para que ele possa rir ao ver suas fracassadas tentativas de greve. Não adianta fazer greve, pois a mão de obra infinita ao seu redor, irá se escravizar voluntariamente, para tornar você livre de novo. Mas livre na cidade, no inferno coletivo, é pior que ser escravo. Ser livre na cidade é um problema. Todos passam a não olhar para você, porque os escravos só entendem a língua dos escravos. A língua capital, dinheiro, valor. Valor esse que não passa de uma ideologia, um dogma. Escravos da religião consumo, seu trabalho não passa de um modo de prender vocês, para que não tenha tempo para ter forças para lutar contra seu senhor. A história maléfica do feudalismo, contada pelo seu dono, não passa de uma balela comparada a sua própria historia. Vocês nunca foram livres, vocês nasceram condicionados a ficarem presos 5 horas por dia, em uma prisão para as crianças de nossa sociedade. A escola presídio, não passa de uma fabrica de peões, para que os reis possam gozar de plena paz. Sua liberdade é condicional. Ou você aceita a LEI ou irá para a prisão. Mais uma vez a prisão aparece como condicional para que o capital consiga se manter como o deus senhor de vossa escravidão. Sua liberdade não passa de um conto de fadas. Seu trabalho não passa de uma perda de tempo para a evolução da humanidade. O excessivo tempo perdido poderia ser usado para exerce sua criatividade, usar a sua inteligência, a maior ferramenta que nós homens possuimos. Mas você é condicionado a ser apenas mais um peão, a não pensar, a aceitar, obedecer. Desobedeça, mude, veja e lute. Lute pelo fim da escravidão. Lute pela abolição. Lute por qualidade de vida, por liberdade, por alegria. Saía do inferno e lute pelo paraíso. “Olhai para os lírios do campo, como eles crescem; não trabalham nem fiam;” Mateus 6 – 28 . Se a 2 mil anos atrás o deus hebreu já dizia isso, porque agora não ouvi-lo, como vocês já o ouvem? Apenas reflitam e percebam, que lutar pela escravidão é burrice. Lute contra ela, contra o trabalho.

Viva a liberdade.

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