sábado, 29 de maio de 2010

No se vá mi querida Lua...

Hoje em dia até ela perde um pouco de sua majestade. Lá do alto, ofuscada pela infinidade de luzes aqui da bhbilonia a Lua vai murchando ao longo dos dias, pois de vergonha de nós, se esconde. Minguando dia a dia, ela aparece cada vez mais tarde, como preguiça de nos encontrar acordados. Os dias irão passar e ela aos poucos em sua vergonha cotidiana de nós, ira sumir aos poucos, até que sumirá de vez. Diz que quando ela some, ela se torna Nova. A gente vai se degladiando na rotina diaria, lutando pelo espaço no onibus, em que você possa sentar e descansar as pernas, depois de mais um dia na selva. Aos poucos ela , a Lua, vai voltando a aparecer. Vai dando sinais de que quer se vista denovo, como tem sido, desde que os primeiros homens a admiraram. Crescendo a cada dia, surge no limiar de uma semana, como uma meia laranja que clareia o inicio das noites. Mas na cidade, ninguem a nota. Estão todos ocupados em olhar para frente, seguindo reto os caminhos traçados da metropole. Dentro do carro, ouvindo uma musica, ninguem se lembra que existe um satelite natural nos rodando e que isso interfere direta e indiretamente na vida de todos nós. Com mais alguns dias, e fazendo de tudo para se mostrar, a Lua atinge seu auge, iluminando toda a face da Terra que está voltada para ela. Ela clareia a noite como dia, e é possivel enxergar ao longe. Mas na cidade, ah na cidade. Na cidade ela passa desapercebida. Ninguem olha pra ela no ponto de onibus, pois nao se pode dar o luxo de não olhar para a pista e ver se seu onibus vem. Ninguem a observa, nem da moral. E ela lá no alto, se mostrando, com toda a sua beleza e força. Alguns poucos tem a oportunidade de ver que ela está lá, atras dos fios do poste, ou de um prédio. As vezes em cima do viaduto, ou por trás de um muro. Mas o poste a ofusca, e mal se enxerga. Perdeu-se o contato direto que tinhamos com o universo lá fora. Nossas noites sem estrelas, estão cada vez mais sem graça. Movidas pelo insaciavel poder de evolução tecnologica, estamos querendo ir mais longe, mas se não estamos conseguindo nem olhar para a Lua, imagine para o futuro.

Um comentário:

Ana disse...

Olhar para a Lua é sempre uma coisa forte e intensa. Há um tempo atrás percebi que cada vez que olho pra ela parece ser a primeira. E ultimamente, por muito do que vc disse, cada vez que olho dá vontade de morar beem longe da Babilônia!