terça-feira, 22 de maio de 2012

Sobre homens invisiveis

Fria noite Bhbilônica, e na varzea os homens invisiveis choram.
Deus teme esse lugar. Porque teme a escuridão.
Faça-se a Luz, teria dito deus.
E se fez laranja.
Noturna, drastica. Selvagem.
No vazio dos homens invisiveis, uma lata.
Uma pedra.
Fogo.
E luz!
Uma luz rala, fraca, ilustrativa.
Não vence a escuridão.
É absorvida.
Junto da vida.
Daqueles pobres homens.
Escolhidos como exemplo.
Tormento. Lamento.
Infernal demonstração de miséria.
Vida sem espectativa. Sem esperança.
O que resta a esses homens?
Talvez vingança. Mas contra quem?
Não se pode ver os culpados.
Apenas um possivel deus, um sistema, o mercado.
E quem pior para vigiar os homens invisiveis, que os de farda adestrados?
Humilham esses pobres homens. Que já nasceram humilhados.
E você finge e desconversa, quando lhe pedem um trocado.
Atravessa a rua, desconfia, fica calado.
E os homens invisiveis, continuam ao teu lado.
Mas você não os vê. Está demais ocupado.
Dormem nas ruas. Nos prédios dormem carros.
Pois os donos temem, que eles sejam roubados.
Pelos homens que dormem nas ruas.
Ta tudo muito ao contrario.
Não faz sentido, temer o evitavel.
Se tiras o carro do prédio, e ajuda o pobre desamparado.
Sem teto, sem lar, sem remédio.
Sem poder sonhar.
Sem poder chorar.
Sem poder sofrer
Sem poder sorrir.
De tudo na vida, esses pobres homens,
Foram castrados.
E o direito a morte?
Se tornou pecado.
E não há nada que se possa fazer.
Apenas viver, o inferno a qual foram deixados.
Ignorantes e ignorados.
Pobres homens invisiveis.
Triste sina de ser o mau exemplo do estado.
Se não queres o mesmo destino,
Trabalhe, e não esqueça do horario marcado.
Afinal é bem simples.
Se não quer ser invisivel,
Tens de se tornar escravo.

Nenhum comentário: