quarta-feira, 27 de junho de 2012

Um dia isso ainda vira musica

Um dia perceberemos que o amor é um instinto coletivo.
Competição é o erro da nação que não da moral ao pobre do coração. 
A moral da salvação é o si-por-si desde então.
Mas a simples aceitação da paixão, já seria a própria salvação.


Cristo, Beto Jamaica, Willian Bonner, Faustão.
Enfim, quem poderá nos salvar da maldita televisão?


Talvez uma fogueira. Laranja luz na escuridão.
Clareia mais a cabeça que o ambiente.
É o segredo da subversão.
O pensamento ao relento em meio aos turbulentos ventos da questão.
Mudar a si ou o mundo?
Salvar a si ou a todo mundo?
Vender-se ou ser vagabundo?


Perguntarei ao trocador,
Porque o motorista é proibido de conversar.
Uma vez sem respostas,
Continuarei a perguntar,
E me diga trocador,
Aonde esse ônibus vai parar?


Não se sabe, nem se soube,
Qual a rota do coletivo, 
Mas o caminho do individuo, 
É o desconcerto de ser invisível.


Em transe, gente.
Intransigente agente do estado,
Cooptado.
Xis nove uniformizado.
Alienado.


Guarda. 
Afinal guarda o que?
Você.
De preferência em casa.
Sem beber,
Para não espancar a mulher que não lhe sai do pé,
Porque foi obrigada a estar casada.


Silêncio no parque.
Fechado ao alvorecer.
Afinal a noite não há necessidade,
De você por lá aparecer.
Parque é lugar restrito.
Remota área de lazer.


Ai como eu queria,
Uma área para correr.
Não há.
Está tudo a mercê.
Da politicagem escrota,
Do prefeito eleito,
Para nos fuder.


Enfim, porém, aquém do porque.
Afinal a resposta é em vão,
Quando não se sabe qual pergunta fazer.


Fazer então o que, pra que, se você,
Não é feliz!?
Infeliz mente a mente infeliz do homem que se diz descrente.
Sem crê não há o que viver,
Não há esperança, utopias, mudanças.
Só há o aceite,
De um gênero humano.
O homem se fez pano,
E se cobriu de desgosto.
Coberto o rosto,
Sem ver.
Não sabe para onde ir,
Espera acontecer.


Pra que? O que?
Isso ninguém sabe,
Dá preguiça aprender.


E se souberem a repostas,
O que eles vão fazer?
Claro meu amigo que você não vai saber,
Afinal o perigo é o conhecimento,
E isso eles vão te esconder.


Um, dois, três salve eu.
Da para se salvar assim?
Pois então estou de altas,
E dessa brincadeira não to mais afim.


E a crise do mundo inteiro,
Quandé que vai sobrar pra mim?
Espero o comercial de tevê me dizer,
Clássico som do plim plim.


Alô
Com que(m) falo?
Se quiser falar com uma pessoa real,
Tecle asterisco e jogo da velha.
E o robô segue falando,
Como se fosse um ator de novela.
Papel principal dos diálogos,
Da cultura pós-moderna.


Seu saldo é insuficiente.
Sua inteligência também,
Sua liberdade é inconsciente,
Mas isso é para seu bem.
Afinal se fostes livres,
Como perguntaria o caminho a alguém?
Se não lhe ensinaram a fazer perguntas,
Só a dizer amém.


Falta um mar para cara um.
Para poderem olhar para o infinito horizonte.
Refrescarem a cabeça inteira num mergulho distante.


Profundo olhar pro mar profundo,
E da janela se avista o lugar mais bonito do mundo!
Olhar profundo pro fundo do mar,
Pois sabemos que o lugar mais bonito do mundo,
É todo e qualquer lugar.


Basta apenas enxergar,
Acreditar.


E o instinto coletivo, aonde ele foi parar?
Tá sumindo mas tá voltando.
Boto fé que vai rolar.

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