Belo Horizonte está completando hoje seus 116 anos de
construção, mas na boa, não há NADA para se comemorar. Belo Horizonte é uma cidade localizada num
sitio incrível! Protegida por serras, com um céu inacreditavelmente limpo e com
ar puro, com rios límpidos e cachoeiras por toda parte, mata atlântica e
cerrado convivendo lado a lado e tudo isso em meio ao aconchego da
hospitalidade das boas almas mineiras. Mas isso é passado. Hoje a cidade de 116
anos é o retrato de uma sociedade deprimida, sem esperanças, alcoólatra e ainda
sim tradicionalmente estúpida. Defensora de um modo de vida insustentável,
controlada por um prefeito empresário, reacionário, sanguinário, genocida e que
acredita que a cidade não é lugar de pessoas e sim de reprodução do capital.
Cidade que desde seu inicio expulsou os moradores para dar lugar ao tal
progresso. 116 anos expulsando os moradores, legitimando a violência em prol de
um progresso que nunca beneficiou ninguém e que hoje só se mostra como um
regresso ao que os americanos do norte faziam a cinquenta anos atrás. Destrói e
reconstrói, faz e desfaz, e com a mão de ferro do prefeito, mata o pobre e o
preto que aqui Jaz em nome dos brancos e ricos. Especuladores, estelionatários
da terra, homens que não importam com outros homens, porque afinal são de uma
espécie evolutivamente atrasada. E o poder dado a esses homens, faz do Curral
Del Rey um símbolo da lavagem de dinheiro protegida pela mídia comprada com o
dinheiro lavado. A chuva cai e arrasta os carros, e os homens reclamam de são Pedro,
não dos verdadeiros culpados. Uma chuva fina cai hoje sobre a cidade, garoa de
finados, pois é isso que me lembra a capital do século 16 anos depois do
centenário. Aqui já um Belo Horizonte, hoje sufocado por carros, prédios e o
lamentar dos homens que sofrem cotidianamente aguardando o fim da vida pra em
fim se libertarem da cidade que os sufoca. Saludos belorizontinos, e deixemos
de nos comportamos como se BH fosse o melhor lugar para se morar, pois só
acredita nisso quem nunca saiu do centro sul ou de seu bairro.
quinta-feira, 12 de dezembro de 2013
segunda-feira, 2 de dezembro de 2013
Sindrome do Balai
Na rua parado,
Aguardando o inevitável,
O atraso programado,
Para irritar o atrasado,
Que desistiu de pegar o balai,
Por achar que já tinha passado.
Na rua correndo,
Atrás do balai sem identificação,
Leds apagados
E ninguém sabe qual o numero do busão,
Correndo até o ponto,
Em vão,
Passou cheio e lotado,
Mais 40minutos de tortura
A espera da próxima máquina
Pra nos levar até a estação.
Na estação caótica,
O shopping acima ilustra
Toda essa contradição
,Enquanto lá embaixo o povo se enlata,
Lá em cima compra no cartão.
Pra desestressar consumindo,
O que o nos fez o onibus sofrer,
Esperando no calor do inferno,
Feito para nos entristecer.
Na rua o balai passa,
Lotado, apressado,
Caro.
Pulara roleta não é antiético,
É necessário,
Afinal se quem perde é o empresário,
Então é mais que aceitavel,
Não paga-lo!
Pulei a catraca do 2215D
Disseram preu descer,
E eu respondi:
Porque?
Não me responderam,
Afinal ninguém saber o motivo
De pagarmos por um serviço
Que se diz público...
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