terça-feira, 22 de setembro de 2009

Quanto vale o tempo?

Então, só pra constar esse post aqui da ideia que tive no onibus agora. Tipo, tava viajando na ideia que o lefebvre fala do tempo imposto que somos obrigados a passar dentro dos onibus, carros, metros, se deslocando para o trabalho. É como um castigo imposto a todo mundo, para que sofram durante algumas horas por dia dentro de uma caixa. Uma caixa fechada que não lhe da a chance de produzir nada. Produzir não só no sentido capitalista do trabalho, mas não da pra fazer nada daquilo que voce gostaria de estar fazendo. Você está preso. Vivemos em prisão domiciliar , e temos de passar 1, 2h por dia na prisão ambulante. Na caixa magica que nos transporta no espaço e no tempo. Que consome nosso tempo. Principalmente quando estamos parado esperando o castigo chegar. Alivio para percorrer grandes distancias, mas tormento para o cotidiano conturbado das grandes capitais. Vivemos dentro de um sistema escravista que nos impede de usar o nosso tempo. Se somos livres no espaço, somos escravos no tempo. Não temos o nosso proprio tempo livre. Ele é moldado, construido, instrutivo. Ele é a famosa agenda. Uma forma nossa de não perdemos as regras imposta pela escravidão. A agenda é nossa biblia, e os nossos mandamentos estão todos anotados lá. Se não seguirmos a risca, seremos castigados. Não por Deus, nem pelos senhores, mas pelo proprio sistema. Sistema esse que nos impede de perder tempo. Pois tempo = dinheiro. Dinheiro esse que é nossa chibata. Que nos maltrada. Que nos impede de sermos livres. Mas não percebemos isso, estamos acostumados.

Para todos, prisão se refere apenas ao espaço fisico. Essa prisão impede que o sujeito seja livre para fazer o que bem entender. Principalmente porque seu espaço fisico é restrito. Mas todo mundo vive numa prisão. Uma prisão imposta pela agenda, pelo compromisso marcado no tempo futuro. Em tal dia e tal hora, o sujeito terá de estar em tal espaço. E se isso não é como estar preso, não sei o que mais pode ser. Estamos livres, para nos deslorcamos entre as celas, entre os espaços que exigem nossa presença.

Ouvindo um reggae no mp3 player no balai tava pensando na forma como é colocada a tal Babilonia pelos cantores desse estilo musical. Acho doido a forma critica que as letras são feitas. A forma como pobres moradores do terceiro mundo, como o tão famoso Bob Marley conseguiram entender o mundo que vivemos. Como conseguiram passar uma mensagem, não só nos dizendo o que passamos mas como solucionar tais problemas. Será que da pra fazer monografia sobre o reggae? ahahahahaha... que beleza seria !!! Pensarei no caso...ideia do que falar ja tenho...haha





A chuva regressou com força e a primavera ta ai !!!

Um comentário:

Alfredo Costa disse...

Discordo bastante do que disse, mas para argumentar, vale mais uma conversa ao vivo. Temos campo esse semestre?

Abs,