sábado, 21 de novembro de 2009

Another brick in the wall...

É assim que nos sentimos. Apenas mais um tijolo na grande muralha da China. Nessa imensa metropole, somos apenas mais um fazendo parte do todo. Do caotico Todo. A metropole não para de crescer, não só fisicamente, mas na sua área de influencia. A mais de 100km da cidade, na serra do cipó, as pessoas tem suas vidas guiadas pela boa vontade dos moradores dessa metropole. De toda a revolução que aconteceu na vida das pessoas do pequeno povoado de Cardeal Mota, a que mais chama a atenção e a relação desses antigos camponeses com a avalanche de capital vindo da metropole. Inumeras pousadas, hoteis, turistas e visitantes, transformaram o lugar. Levaram a logica capitalista agressiva das grandes cidades para um lugar que antes não existia para a metropole. O terreno que se valoriza apenas com o passar do tempo, leva as pessoas a investirem seu capital na serra. Inumeros loteamentos e outros empreendimentos estão acontecendo longe daqui, lá na serra, mas que são pensados e criados a partir da metropole.

O morador extressado da capital vai até a serra para relaxar. O morador da serra não consegue se adaptar a sua nova vida no vies capitalista selvagem que começa a aflingi-lo, levando assim o povo humilde das serras, a terem de se adaptar a um tipo de vida que não lhes faz sentido. Rapido demais para o entendimento pacato. Para quem não está acostumado, é um turbilhão de informação que assusta qualquer um. A metropole não se expande apenas fisicamente. Crescendo em influencia em diversas regiões, ela consegue atraves de um centro controlar todo o territorio a sua volta. O espaço é (re)definido pelos engravatados do caos. Senhores do capital que o utiliza em prol de um fetiche, da necessidade do homem metropolitanus de se aventurar fora do seu ambiente natural, e curtir a vida 'selvagem' da serra. O homem metropolitanus, que está acostumado ao caos, a velocidade, a informação. Esse homem vive num ritmo alucinante. Deslocando-se atraves de grandes distancias todos os dias, vive o paradoxo da Multidão. Vivendo cercado de milhões de pessoas, ele entra em um onibus, uma fantastica maquina que transporta as pessoas de lugar a lugar em fluxos continuos por toda a metropole, com mais 50 pessoas ao seu lado mas nao conversa com ninguem, e ninguem conversa entre sí. São todos estranhos. Somos solitários em meio a multidão. Na selva de concreto, a lei do mais forte surge como sendo a mais respeitada. Mas a força não está mais no seu porte fisico, nem em suas armas, mas no controle do capital. Capital que leva as pessoas do pequeno povoado a terem de mudar todo o seu modo de vida. Não há mais como viver da propria subsistencia. É necessario ao campones se enquadrar num sistema maior. Muitos não conseguem, e acabam por ai, vagando no submundo da cidade. Mendigos que sem oportunidade na metropole vivem do resto. Esses mesmos mendigos que outroram gozavam da boa terra, foram expulsos de suas casas, e levados a se intregarem no caos. Mas quem não vive no caos, não consegue sobreviver a ele. Essa imensidão de pessoas, informação e capital, convive num espaço que ultrapassa os limites físicos. Por toda a região a metropole se expande, levando consigo como um vírus toda uma gama de doenças sociais. Da expropriação a escravidão do capital, os antigos camponeses se veem sem nenhuma defesa, a não ser aquela tradicional, buscando na gloria do futuro pós vida a salvação de seus problemas.

Para aqueles que não crêem no tamanho de Belo Horizonte, abram os olhos e encherguem. Ela está ao redor, em todo lugar, crescendo violentamente em busca de um lugar ao Sol. Multiplique isso por todo o planeta terra e você terá as cidades globais. Cidades que interferem na vida de bilhões de individuos. Estamos no caminho certo? Não sei. Mas não há volta. Cuidem-se poís sob o dominio do caos, vivemos o dia a dia da metropole. Não se sabe do futuro, mas ele está mais perto do que imaginamos.

Um comentário:

Pablo Maia disse...

Que isso fih... seu trabalho do Willian tá pronto!!!

kkkkkkkkkkk