sábado, 23 de outubro de 2010

o fim da monotonia...

Com a chegada do verão, e as pesadas chuvas de fim de tarde, acabou a temporada da monotonia climatica que o inverno seco mantinha. Na ultima segunda feira, estava estudando na biblioteca do IGC, ai blz olhei as horas, vigi, já era 17h. Hora de ir antes do caos do transito. Mas ao sair da biblioteca, olho pro céu e vindo em minha direção, uma monstruosidade de nuvem. Gigante, preta, assustadora. O ar está parado, as pessoas correm agitadas em direção ao ponto de onibus na Av Antonio Carlos,  trovoes agitam o ar, e raios caem proximos já. Calculo o tempo e imagino 10, 15min no maximo pra ela chegar e nos engolir. Ando mais rapido, chego na avenida, cada passo que dou, ela avança mais e mais. O ponto de onibus está lotado, as pessoas estão todas apreensivas, todo mundo ansiosa para pegar o onibus, a nuvem já engoliu quase toda a UFMG, eu olho pra avenida e não vejo meu onibus. 


BUM! um raio pipoca a 100m de distancia, todo mundo no ponto se assutas, as pessoas na metropole não tem onde se esconder. Elas estão desesperadas, não conseguem fugir, e aguardam ansiosamente o onibus que nunca vem. Um 2215A se aproxima, não é o meu onibus mas vai me deixar perto de casa. Agora é hora de arriscar, entrar no onibus e esperar a chuva passar quando descer no bairro. E ai, escolha certa. 2 minutos depois de entrar no onibus, a chuva chega. E não é uma chuva comum, é toda a natureza agredindo a cidade. Ela tá puta com a metropole, e ataca com bilhoes de pingos que kamikazamente se chocam contra tudo e todos. O vento que não existia a poucos minutos ,chega devastando tudo, levando as folhas das arvores ao chao, e carregadas pela agua, entope os bueros alagando a metropole. A natureza armou o complo, e agora sofremos. Dentro do onibus um calor insuportavel. 50 pessoas e todas as janelas fechadas. Chove demais pra abrir elas, e se abrir vai molhar todo mundo. 

O onibus anda lento no transito caotico,  mas em meia hora eu chego no ponto que vou descer. A chuva ja diminuiu. Na verdade ja passou e so a rebarba dela respinga sobre o bairro. O estrago foi feito, mas a diversão da fuga da chuva, da imprevisibilidade dos raios, do vento que enxarca a blusa, toda essa divertida brincadeira de pega pega que nos faz lembrar da infancia, valeu a pena. E agora, é so esperar a proxima, que virá cada vez mais forte. Só não vale ser pego neh...

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