O mato dentro derretia em um eterno pingar. Chovia a mais de semana, e a trégua era sempre passageira. Em casa, dona Luana guardava uns panos velhos, em sua pequena cozinha, onde um fogão a lenha queimava lentamente, aquecendo água para o café. Era um dia frio de agosto, e a chuva gelada, espantava todo mundo dali. Lugarejo pequeno em alto de serra. Candeias chama a atenção pela simpatia, e o isolamento. Povo insular. De alto de serra. Vivem em fim de estrada. Lugar último de chegar. Isolados pelo relevo e as vias, aqui quase tudo é produzido, para consumo mútuo. Candeias é lugarejo. Rua que sobe a ladeira, ladeada de casas, e no fim dela, há uma pequena igrejinha. Costume mineiro. Perfume de roça. Doce de leite com queijo, coisa que a gente gosta. Dá de lá ser longe da capital. Barlavento do Espinhaço. Povo insular, que respira a ultima brisa do mar. De lá não passa. Vira água. E cai. Candeias é quase submersa
Um comentário:
Jeito de descrever oliveriano-roseano que eu conheço bem! Me falta conhecer melhor esse espinhaço de Deus. Parabéns, Oliver. Pelas andanças e pelos escritos sempre bonitos!
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