terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

Concret Jungle

Era noite no 2215D, um dos meus lugares movéis mais constantes na babilonia. Depois de um mês longe dela, e longe também de todo o caotico sudeste do Brasil, lá na mitica Amazônia, entra em um onibus e ver as luzes da grande avenida que esvazia o centro da cidade, me fez querer parar e descer. É demais essa sociedade. Assim como na amazonia, complexa e indecifravel, o homem transformou a sociedade dele, em uma cópia ruim da natureza. O mundo artificial de uma metropole, é de uma complexidade inatingivel. Essa 'natureza' dita artificial, é uma coisa muito dificil de se lidar, quando se passa tanto tempo fora dela. A cidade, assim como a natureza selvagem extrema da amazonia, assusta. Assusta porque o sons, os cheiros, as cores, são agressivamente repetidas. Cinzas concretados por toda parte, assim como o extenso verde amazonico. O som alto dos motores ensudercedores, assim como os milhoes de insetos que dominam o cenario noturno. Centenas de ligações entre pessoas, assim como as ligações entre os animais. Desde amizade ao predatismo. São mundos diferentes, vivemos na tecnocamada. Mas há uma pequena diferença. Quando a natureza nos ataca, sofremos muito. Quando a cidade nos ataca, também. Mas a cidade é uma criação nossa, não deveria nos assustar, ou nos atacar. Deveria ser o lugar mais tranquilo e calmo de todos, pois estamos totalmente longe da perigosa e vingativa natureza lá fora. A selva de concreto e asfalto, é cansativa, asfixiante, intolerante. E incrivelmente fizemos tudo errado. Nos escravizamos, e gostamos muito de desfrutar nossas férias, nosso tempo livre, lá fora, na natureza.

É o famoso paradoxo que vivemos hj em dia. Se correr o bicho pega, se ficar o bicho come!



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