terça-feira, 11 de outubro de 2011

Manifesto Tropical

Belorizontinos tropicais, uni-vos! Eis que é necessário curtir mais o tropical que esse país pode oferecer. E não falo de consumir o tropical fetichisado do litoral brasileiro, falo de sugar de Belo Horizonte toda sua tropicalidade perdida pelo povo que idolatra o bar e os lugares privados. Ir contra a moral europeizada dos mineiros, andar de chinelo e sem camisa, sem ter que ser tarjado como folgado, metido, fora do lugar. Precisamos nesses tempos de crise, sermos mais brasileiros, mais calmos, mais felizes, e não vai ser imitando uma receita de crise que iremos conseguir, não é seguindo uma moda feita por homens frios que vamos nos divertir, não é sendo fantoche da abstrata relação de consumo que vamos realmente ser Brasileiros. Eis que ser tropical nos permite a felicidade de simplesmente não ter que seguir padrões de povos distantes, temos e devemos de ser mais livres, vesturiamente falando, trabalhisticamente falando. É com a idéia de se fazer do tropical um modo de vida, que clamo e proclamo a todas as pessoas que vistam seu traje preferido, escute sua musica preferida e saia de casa não apenas para passear, mas para viver, experimentar, sentir, tocar, ouvir, falar, curtir. Deixar de lado os costumes que a espetácularização do crime pela mídia nos criou, de temer a rua, os espaços públicos, e fazer desses espaços, lugares de ser tropical. Tropical nada mais é do que renunciar aos moldes e padrões externos do país, mas só aqueles que não prestam, e fazer da arte e da alegria motivo de vida. Esquecemos que estamos aqui para viver e não para sobreviver apenas, e ocupar os lugares que por falta de coragem nós deixamos de ir. Tropicalize-se e vá para as ruas curtir o bloco que passa, nem que seja um bloco só seu, faça acontecer. Saia de casa, saída da rotina, seja mais brasileiro nato, cultue o ócio criativo, a vida alegre, o sorriso e a amizade. Chega de comprar, faça você mesmo, viva a vida que você quer viver, viva tropicalmente sem medo de ser feliz, pois como diria os Baianos e Novos Caetanos “Não a considerações gerais a fazer, tá tudo ai!”

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