segunda-feira, 16 de julho de 2012

Insustentável alegoria do passado ou critica ao amor inviavel



O desgaste do amor passado insiste em lhe perturbar.
São como fantasmas, que insistem em lhe falar:
- Como a vida era boa, como eu gostava de amar.
Mas fantasmas são apenas lembranças, memórias de outro lugar.
Os que se foram sempre buscam, um meio de retornar.
Querem reviver os conflitos, os dramas e alegrias de amar.
Mas é impossível reviver o passado, e viver do passado não dá.
Seguir em frente é difícil, mas só assim irá se libertar.
Se há luz no caminho, ela virá de algum lugar.
E o turvo passado, não irá te iluminar.
A luz que buscas no outro, não dá para encontrar.
Somos poeiras das estrelas, todos temos o poder de brilhar.
O fantasma segue sua sina, preso em um eterno lamentar.
Buscando nas alegrias do passado, um meio de se consolar.
Não enxerga que a iluminação, é subir um novo patamar.
E não descer para a escuridão, do passado que insiste em lhe maltratar.
Oh escuridão, quando é que tu irás acabar?
Se queres uma opinião, comeces a te enxergar.
E pare de querer a ilusão, de querer voltar a amar.
Sua vida é como um rio, segue sempre na direção do mar.
Não adiantas regredir, pois é impossível retornar.
Talvez siga por ai, perdido a meandrar.
Buscando outra cachoeira, outra forma de se aventurar.
Siga descendo o rio, e o caminho irá lhe mostrar.
Que subir corredeiras passadas, é insistir em errar.
O rio nunca sobe a montanha, porque é que insistes em lhe escalar.
Desça do alto e perceba, que o litoral é o teu lugar.
Se querer alegria na vida, deixe o rio te levar.
E não adianta ir contra as corredeiras, elas nunca irão cansar.
Vai triste fantasma, liberte-se desse penar.
E deixe os vivos em paz, que eles ainda podem amar.

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