Sob o céu noturno

Sob o emaranhado de estrelas no negro céu noturno, é possivel sentir a infinidade de energia cósmica, vinda do além e nos atingindo em cheio. A maioria dessa energia apenas nos atravessa e leva para outros lugares um poquinho da gente, que vai pairar por ai , no infinito celestial. A uma enorme camada magnetica que nos protege do universo lá fora, fornecida pela nossa propria Mãe Terra, mas ninguem sabe disso, ou se importa. Ninguem mais olha para o universo, estão todos trancados nos seus pequenos espaços tecnologicos, olhando para um outro universo, criado por nós mesmos, e simplesmente esquecendo de tudo que existe fora daqui. O vento frio que sopra no altiplano das Gerais, refresca o calor que produzimos diariamente na poluída Bhbilonia. Há quem diga que noites assim é sinal de tempo bom no outro dia, mas eu acredito que na verdade, noites assim são boas para repor as energias, troca-las com o universo lá fora, com todas as estrelas, galáxias e tudo mais que no envolve. Vou seguir olhando o céu noturno, em busca de eternos desejos, aliviando a tensão do dia, no emaranhado de segredos...

O sonho do velho mineiro...

É casinha de canto de serra, que eu quero pra morar

Dessas de pouco reboco, chão batido pra pisar

Com um terreiro comprido, e muita fruta no pomar

Um riacho pequeno, cheio de peixe pra pescar

Um paiero aceso, e uma cachaça pra tomar

Água boa de bica, vinda da serra de lá

Minha veia companheira, a mais bonita do lugar

Nas frias noites da serra, dorme junto pra esquentar

Faz um carinho e aconchega, só pra mode nois sonhar

Com o dia que tudo isso, há de se realizar

E eu vou viver pra sempre, nesse cantinho, meu lugar...

Felicidade e profissão

Ao longo dos últimos 5 anos me formei em Geografia, e mais do que isso, me fiz geógrafo. Procurei ao longo desse tempo procurar entender o que era pra mim ser geógrafo. Sempre gostei da forma como a geografia explora o espaço e vai aos lugares interpretar aquela região, lugar, paisagem. Hoje exercendo essa profissão me vejo realizado, pois conseguir ser o Geógrafo que hoje sou, aquele que vai a campo, que entra no mato, que sobe montanha e desce riachos. Sou um geógrafo que exerce antes de tudo a sua vontade de descobrir o novo, de desvendar, desbravar. Assim como os antigos geógrafos, me sinto hoje parte de um grupo fechado da humanidade, de homens que foram além de simplesmente ouvir falar, e foram ver.

Sinto-me honrado por isso, pois foi o que desde muito novo desejei, mesmo que inconscientemente em minhas brincadeiras. Lembro de uma vez aos 7 anos, de pegar uma mochila em casa, colocar dentro uma muda de roupa, uma agua e um biscoito, além claro do meu inseparável Atlas da capa amarela que tinha na infância. Tudo pronto vesti uma calça, uma camisa e um chapéu, e partir para a garagem, onde minha imaginação fez o resto. Subia nos muros, passava embaixo das plantas do jardim. No alto da casinha de gás, lanchava e imaginava estar no todo de uma montanha, seguia então até uma torneira, e molhava o rosto como em um pequeno riacho. Sinto me tão bem de hoje em dia ter feito disso meu modo de sobreviver nesse mundo maluco, que se alguém me perguntar o segredo da felicidade eu direi simplesmente o seguinte. Realize os seus desejos de infância, e você se invejará. Sentir inveja de você mesmo é o maior segredo para quem quer ser feliz, e hoje me vendo no meio do mato, subindo e descendo pirambeiras, sei que fiz a escolha certa e sou muito feliz.

Viva, Viva a Geografia a minha Vida!! Viva Viva!!!

Geográfo e o campo

Antes de entrar na Geografia, eu tinha a idéia de trabalhar como geografo em campo, indo as lugares, mapeando com GPS, e só depois passar algum tempo em "escritorio" para finalizar o mapa e tal. Durante o curso fiz vários trabalhos de campo e isso só me instigou mais para ser um geografo de campo, mas com o passar do curso, nunca tinha visto ninguem que trabalhasse assim, indo a campo colhendo dados. Era sempre alguem envolvido em um projeto que ia e fazia tudo. Ao formar agora e ficar um tempo meio perdido sem saber o que fazer, pensei em diversas formas de trabalhar longe de um escritorio tradicional, com horários e tudo mais. E ai do nada apareceu a oportunidade de ir para o Xingu fazer um Caminhamento Espeleologico. Resumindo, irei para Amazonia procurar cavernas, sonho de infancia? Com certeza. Estou certo de que isso é o que quero fazer na vida, e hj, ao ser contratado para mais dois trabalhos de campo, vejo que descobri um nicho de mercado no qual não tem ninguem, e é simplesmente o que eu mais queria fazer. To feliz pois ao longo do curso, sempre defendi o campo na profissão de geografo, e até minha monografia foi sobre isso, ir a campo, pesquisa, estudar e depois formular da melhor forma o conhecimento adquirido, desabstraindo ele do imaginario, e levando ao papel.

Sou Geográfo e agora trabalho de verdade assim! É isso que quero, e é isso que faltava, agora não falta mais. Tá precisando de Geográfo? Pode me chamar que eu vou...

Doidão de borboleta

Assitindo um momento unico na natureza, comecei a pensar em todo aquele processo e em como nos urbanos nem mais lembramos que isso existe, ou tenha importancia. Bem o momento em questão, era o de uma lagarta que estava prestes a se fechar no casulo. Ela saia e voltava, meio perdida, sem saber o que fazer parecia, saia um pouco, comia mais um pouco de uma deliciosa folha verde, e depois se entocava. Seu corpo devia estar a mil já naquele momento, e em pouco tempo ela se trancaria no casulo, pra de lá sair completamente diferente. Metamorfoseada em uma bela borboleta. A natureza tem coisas interessantes. A lagarta, nasceu uma larvinha e ficou ali crescendo aos poucos, se alimentando de folhas todos os dias, comendo insaciavelmente. Ela poderia ficar ali comendo e rapidamente se reproduzir em incontavéis bichinhos que logo devorariam toda uma área. Mas ai a natureza faz coisas incriveis. A lagarta simplesmente se transforma em uma borboleta, que ao invez de destruir a vegetação com sua fome insaciavel, poliniza a região com sua fome insaciavel. Ela ao ser atraida pelo doce gosto do nectar, espalha o polén em toda a área, e ai aquele lugar que era pra ter sido devorado pelas lagartas, volta a crescer após a metamorfose e a mudança diriamos de 'habito' daquele bichinho. E ai a bortoleta produz o mantem o alimento para as próximas gerações. Porque isso acontece? Como isso acontece? Não sei, e a ciência também não consegue explicar. É aquela coisa de que veio primeiro, a lagarta ou a borboleta? Deixo essa para que a natureza um dia nos conte, e nos ensine a viver em maior harmonia...

Saber Querer!!!

Nesses tempos em que se luta para buscar um lugar ao sol, eu tenho vivido torrado por ele. Aprendi a conceber que a energia existente em todo universo, é possivel de ser entendida, e assim é possivel realizar tudo aquilo que se quer. A energia do universo, infinita para nossa concepção de tudo, é algo que nos atravessa e nos leva por toda nossa existencia. Nosso corpo é formado por zilhões de atomos e eletrons grudados por energias mil, e sabendo como "controlar" você se torna um pouco mais pertencente ao universo, e consegue com o pensamento, atrair tudo que quer.

Realizando desejos de infância, me vejo afortunado por poder conseguir as coisas, apenas me concentrando em tornar minha energia parte fluente de todo o espectro galáctico. Sentido o universo me guiar, deixo minha imaginação fazer parte da realidade, e assim em pouco tempo consegui tudo que queria. Estou indo realizar mais um desejo desses incriveis, daqueles sonhos de infância, desejo de adolescencia, e agora realidade de adulto.

Estou indo pro rio Xingu, um lugar mitologico no imaginário brasileiro, no meio da Amazônia, em busca de cavernas. Trabalho para Indiana Jones huhuuuu... Nessas indas e vindas do fantastico mundo de oliver, me sinto em gratidão plena por poder vir aqui e ver que meus desejos saem do papel, e se tornam realidade. Agora é ir e curtir, pois o trabalho é arduo , mas um tanto quanto feliz!