quinta-feira, 4 de agosto de 2011

Agosto

Agosto começou com muita cara de agosto. Seco, poeirento, com uma brisa quente que destoa completamente dos dias que findaram Julho. É interessante ver esses dias, pois na minha memória infantil, eles são relacionados sempre há dias ruins. Esses dias de agosto me remetem à segunda, terceira série do ensino fundamental quando ia a pé para a escola que ficava a 4 quarteirões da minha casa. Era um trajeto fácil que seguia quase reto no fundo de um grande vale, ia bordeando o pequeno riacho que passava ali, e cruzava-o já quase na escola. Claro que tudo isso estava coberto de prédios, asfaltos, postes e carros. Eram dias cinza-amarelados, de começo de semestre, de volta as aulas. De aula de matemática nas segundas à tarde, com o sol ardendo à parede naqueles dias em que a umidade do ar beira o deserto. E naquele clima seco, lembro-me de sentir tudo um tanto mais áspero, menos agradável. Agosto tem essa cara, tinha medo desse mês, achava-o o pior do ano. Mas depois que descobri o Cemitério do Peixe e o jubileu em agosto, minha visão mudou um pouco. Mês de rever as coisas, de reorganizar as esperanças. Que Agosto venha FORTE, e muito agradável!

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