terça-feira, 1 de maio de 2012

Toda segunda de manha é a mesma ladainha...

Amanhece e os escravos da Bhbilônia, Praguejam contra todo e todos, E descontam logo cedo Sua raiva contra a família, Que também não queria estar ali Mas como você, também não podia. Estar em outro lugar, Família é laço de sangue, prisão domiciliar. No pequeno espaço de convívio Não há como não se irritar, E logo de manha cedo Você pragueja o próprio lar. Do martírio ao desespero Você se esmaga no navio negreiro, O tal do ônibus cheio, Que vai te levar, Pro seu remunerado cativeiro Sequestradores de tempo alheio, Os patrões, prefeitos, marajás. O seqüestro se chama emprego, E você logo cedo, Começa a trabalhar. E espera do governo, O seguro desemprego, Ou a velhice chegar. E fica em desespero Na esperança o ano inteiro Esperando que o governo Não se esqueça de te pagar E você realmente acredita Que daqui a muitos anos, O governo irá se lembrar? Você é só mais um número, Nada mais que estatística, Para aqueles que você escolheu, Para em tua vida mandar. E agora fica ai, No muro das lamentações, Reclamando orações, Em busca das ilusões, Que nunca irão chegar. Acorda doido, Pensa mais na tua vida, Ela não precisa ser sofrida, Bota essa cabeça pra pensar...

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