Segunda-feira de manha, e no rosto da população
cansaço explicito e doloroso. Ressaca de um domingo embriagado, rápido e sempre
mais cansativo que relaxante. Tendo o álcool como única diversão, os homens
bhbilônicos afogam suas desilusões com o mundo em que vivem, em divertidas
reuniões regadas a álcool. E assim não percebem o tempo passar, e em transe
alcoólica dormem mal. E acordam pior, e não há como remediar mais o cansaço de
toda semana que passara, pois o final de semana é ilusão de liberdade, quando podemos
nos libertar do tão maldito relógio que nos domina. E no atraso da
segunda-feira, a cabeça dói por falta de água e o bhbilônico sem saber, se
droga nas lojas que lhes prometem a cura e a salvação. A drogaria fica no meio
do caminho entre sua prisão alugada e o ponto do ônibus, onde se aglomeram
centenas de escravos que em marcha depressiva e triste, pagam para trabalhar. E
ali naquela avenida gigante, maquinas levantam poeira que quase nos impede de
enxergar o caminho, mas também tanto faz pois para o adestrado homem urbano, o
caminho é sempre o mesmo. De olhos fechados para evitar a claridade da fria
manha outonal, os homens sonham mais alguns minutos com sua cama, com o
descanso, com a paz. Mas em pé em meio a reestruturação produtiva da metrópole,
eles não podem descansar. O ônibus vem lotado para variar, e os escravos se
aglomeram em uma única massa de homens que se abraçam sem se gostarem. Não há
em meio a dezenas de olhares, um que seja de felicidade, e essa depressiva
condição os leva rumo ao patrão, que muitas vezes está do outro lado da cidade,
esperando para lhe chicotear moralmente, caso ele não chegue no horário.
Transito lento, tudo parado. Alguns homens ali já estão no trabalho, e seus
rostos demonstram a abstração total em que estão condicionados. O motorista não
conversa com ninguém, apenas opera aquela imensa maquina que trafega por um rio
de carros. Tudo engarrafado. E o stress se eleva dentro da alma de todos os
homens. E se irritam com tudo e com todos. Uma guerra civil disfarçada ocorre
cotidianamente na Bhbilônia mas ninguém percebe. Acham normal agredir o próximo
com palavrões e buzinas, pois o comum é ser todo mundo por si. Sinal de
desagrado explicito, e as pessoas mal conversam com medo do outro. Um sinal
fechado e um ônibus estacionado no local errado, gera ódio em todos que lá
atrás estão presos engarrafados, num funil concretado para o apocalipse
motorizado. Ritual diário. Um guarda municipal, um alcagüete do estado, um X9
uniformizado, entra em discussão com o motorista do ônibus lotado que não
conseguiu parar no ponto, por já ter outro ônibus ali parado. No fundo eles não
percebem que está tudo errado, e em meio à discussão se percebe que todos estão
angustiados. Estão a favor do motorista, mas só porque estão dentro do ônibus,
pois se estivessem do lado de fora, estariam com certeza irritados. Triste essa
relação entre os homens, pois não conseguem perceber que para mudarem alguma
coisa é preciso cooperação. E essa cooperação por enquanto não passa de uma
utópica visão, pois na sociedade da moral que louva o individuo, da salvação da
alma e não do corpo, não podemos querer união. Há urgente uma necessidade de
ajuda mutua, de cooperação e não competição, pois os homens se divertem apenas
com o álcool, pois sem ele só lhes restaria à televisão. Talvez a igreja, mas
ai é a mesma coisa, formas de controle psíquico, total abstração. Sem idéias na
cabeça, não há revolução, muito menos compaixão. Pois para amar é preciso muito
mais que um salário bom, um carro ou um status de patrão, para amar é preciso
mudar uma simples condição. O que os bhbilônicos precisam é de ajuda, não
compaixão. Não lhes de esmola, lhes de instrução. E a partir daí haverá mais
conhecimento, e com conhecimento ninguém aceita sua condição. Fiéis a uma
lógica que lhes fora imposta como verdade, cegos a uma falsa religião, quando
os homens entenderem mais o mundo, não há como não haver revolução. Mas ai tem
todo o poder, a mídia e a opinião. Como fazer para mudar isso? Essa é a maior
questão. Afinal toda segunda feira, é dia de depressão. Acordam os adestrados
homens metropolitanos, implorando que a semana passe rápido, que o fim de
semana chegue, para mais uma vez se embriagarem em ilusão. Afinal foi
o que lhes restaram, pois o salário é para o consumo de um tanto de imposição.
Produtos de um sistema maligno que domina, escraviza e lhe conta que a verdade,
é o que mostra a televisão. A poeira levantada pelas maquinas, sufoca e
prejudica a visão. Isso está certo? Eu acho que não. Toda segunda-feira é dia
de dor. Castração de desejos. Fim dos sonhos, recomeço da triste servidão. Um
rebanho de homens, que nunca terão a tão procurada salvação. Bhbilônia nesse
inicio de século XXI, crise de um povo que sofre com a epidêmica depressão.
Essa peste do terceiro milênio, que ceifa a felicidade de toda população.
quinta-feira, 31 de maio de 2012
terça-feira, 29 de maio de 2012
Repressão ao Elogio
Gostaria de elogiar um amigo,
Dizer que ele está bonito,
Mas o machismo impede,
Ficaria esquisito.
Gostaria de elogiar uma amiga.
Dizer que ela esta bonita.
Mas como fazer isso
Sem parecer que é uma cantada?
Por reprimir o elogio,
Essa sociedade tá toda errada.
Dizer que ele está bonito,
Mas o machismo impede,
Ficaria esquisito.
Gostaria de elogiar uma amiga.
Dizer que ela esta bonita.
Mas como fazer isso
Sem parecer que é uma cantada?
Por reprimir o elogio,
Essa sociedade tá toda errada.
sábado, 26 de maio de 2012
final feliz
Odeio romance com final
feliz. Alias odeio qualquer estória que termina com final feliz. Porque só se
vê felicidade no fim. E o que queremos é felicidade por inteiro, o tempo todo,
constante.
terça-feira, 22 de maio de 2012
Sobre homens invisiveis
Fria noite Bhbilônica, e na varzea os homens invisiveis choram.
Deus teme esse lugar. Porque teme a escuridão.
Faça-se a Luz, teria dito deus.
E se fez laranja.
Noturna, drastica. Selvagem.
No vazio dos homens invisiveis, uma lata.
Uma pedra.
Fogo.
E luz!
Uma luz rala, fraca, ilustrativa.
Não vence a escuridão.
É absorvida.
Junto da vida.
Daqueles pobres homens.
Escolhidos como exemplo.
Tormento. Lamento.
Infernal demonstração de miséria.
Vida sem espectativa. Sem esperança.
O que resta a esses homens?
Talvez vingança. Mas contra quem?
Não se pode ver os culpados.
Apenas um possivel deus, um sistema, o mercado.
E quem pior para vigiar os homens invisiveis, que os de farda adestrados?
Humilham esses pobres homens. Que já nasceram humilhados.
E você finge e desconversa, quando lhe pedem um trocado.
Atravessa a rua, desconfia, fica calado.
E os homens invisiveis, continuam ao teu lado.
Mas você não os vê. Está demais ocupado.
Dormem nas ruas. Nos prédios dormem carros.
Pois os donos temem, que eles sejam roubados.
Pelos homens que dormem nas ruas.
Ta tudo muito ao contrario.
Não faz sentido, temer o evitavel.
Se tiras o carro do prédio, e ajuda o pobre desamparado.
Sem teto, sem lar, sem remédio.
Sem poder sonhar.
Sem poder chorar.
Sem poder sofrer
Sem poder sorrir.
De tudo na vida, esses pobres homens,
Foram castrados.
E o direito a morte?
Se tornou pecado.
E não há nada que se possa fazer.
Apenas viver, o inferno a qual foram deixados.
Ignorantes e ignorados.
Pobres homens invisiveis.
Triste sina de ser o mau exemplo do estado.
Se não queres o mesmo destino,
Trabalhe, e não esqueça do horario marcado.
Afinal é bem simples.
Se não quer ser invisivel,
Tens de se tornar escravo.
Deus teme esse lugar. Porque teme a escuridão.
Faça-se a Luz, teria dito deus.
E se fez laranja.
Noturna, drastica. Selvagem.
No vazio dos homens invisiveis, uma lata.
Uma pedra.
Fogo.
E luz!
Uma luz rala, fraca, ilustrativa.
Não vence a escuridão.
É absorvida.
Junto da vida.
Daqueles pobres homens.
Escolhidos como exemplo.
Tormento. Lamento.
Infernal demonstração de miséria.
Vida sem espectativa. Sem esperança.
O que resta a esses homens?
Talvez vingança. Mas contra quem?
Não se pode ver os culpados.
Apenas um possivel deus, um sistema, o mercado.
E quem pior para vigiar os homens invisiveis, que os de farda adestrados?
Humilham esses pobres homens. Que já nasceram humilhados.
E você finge e desconversa, quando lhe pedem um trocado.
Atravessa a rua, desconfia, fica calado.
E os homens invisiveis, continuam ao teu lado.
Mas você não os vê. Está demais ocupado.
Dormem nas ruas. Nos prédios dormem carros.
Pois os donos temem, que eles sejam roubados.
Pelos homens que dormem nas ruas.
Ta tudo muito ao contrario.
Não faz sentido, temer o evitavel.
Se tiras o carro do prédio, e ajuda o pobre desamparado.
Sem teto, sem lar, sem remédio.
Sem poder sonhar.
Sem poder chorar.
Sem poder sofrer
Sem poder sorrir.
De tudo na vida, esses pobres homens,
Foram castrados.
E o direito a morte?
Se tornou pecado.
E não há nada que se possa fazer.
Apenas viver, o inferno a qual foram deixados.
Ignorantes e ignorados.
Pobres homens invisiveis.
Triste sina de ser o mau exemplo do estado.
Se não queres o mesmo destino,
Trabalhe, e não esqueça do horario marcado.
Afinal é bem simples.
Se não quer ser invisivel,
Tens de se tornar escravo.
domingo, 20 de maio de 2012
Pipoqueiro
Um sorriso.
Era o vendedor de pipoca.
Sorria riso fácil.
Risada saborosa.
Pipoca Aritana.
Era o vendedor de pipoca.
Sorria riso fácil.
Risada saborosa.
Pipoca Aritana.
Do saquinho rosa.
Sorriso no rosto.
Criança saindo da escola.
Pipoca seu moço!
E a criançada sorria.
Alegria de pipoca.
E a criançada sorria.
Alegria de pipoca.
O pipoqueiro ali vendia,
Muito mais que a pipoca.
Vendia alegria,
E sorria de volta!
sexta-feira, 18 de maio de 2012
Musiquinha pra Copa!
A copa do mundo vai ser na
nossa casa,
Mas de que adianta,
Se a casa não é minha.
Eu que até tinha uma casa,
Que sem piedade foi
derrubada,
Pra passagem da rainha.
Que vem lá da Inglaterra
só pra ver a copa,
E quando a copa acaba,
É a mesma ladainha.
Dizem que o progresso traz
melhoras,
Mas pra mim trouxe até
agora,
Só tristezas, pela casa
que eu tinha.
E agora sem casa de que
adianta a copa
Se vencer ou perder o que
me importa,
Já que a copa não é minha.
Essa tal de copa que nos
foi imposta,
Se soubesse que seria
dessa forma,
Por mim a copa, a copa
aqui nem tinha.
E eu que achei que ia ver
a seleção,
No meu querido Mineirão,
Sem essa de exclusão,
Quero que a copa também
seja minha.
Afinal perdi a minha casa
pela copa,
E se a copa do mundo é
nossa
Quero que ela devolva,
aquilo que eu tinha.
E mesmo que se a gente
ganhar a tal da copa,
tanto faz porque o que
importa,
É que a copa, a Copa não é
minha!
domingo, 13 de maio de 2012
Pobre Horizonte
Acontece, acontece.
Entre as montanhas.
Ali onde a familia é
tradicional.
Onde o choro não é livre.
Onde se expressar se
tornou marginal.
Ali,
Onde a democracia foi
extinta.
Nas terras dos governos
marcados.
Política se torna aliança.
Debates? Não.Vigilância.
Política se torna aliança.
Debates? Não.Vigilância.
De idéias, de desejos, das
esperanças.
Ali,
Ali,
Onde a policia é
opressora.
Triste maquina assustadora.
Carregada por homens adestrados.
Sem pensamentos, é claro.
Peças fundamentais do estado.
Ali,
Triste maquina assustadora.
Carregada por homens adestrados.
Sem pensamentos, é claro.
Peças fundamentais do estado.
Ali,
Onde as praças estão
cercadas.
As pessoas separadas.
Pela ganância moralizada.
Si-por-si, quês fala.
Já que por aqui se resolve na bala.
Ali,
Ali acontece. Acontece.
Homens são presos por poesia.
Musicas consideradas apologia.
Triste historia eu diria.
Pela ganância moralizada.
Si-por-si, quês fala.
Já que por aqui se resolve na bala.
Ali,
Ali acontece. Acontece.
Homens são presos por poesia.
Musicas consideradas apologia.
Triste historia eu diria.
Pobre, Belo Horizonte.
Em seus montes distantes,
A liberdade, se escorria.
terça-feira, 8 de maio de 2012
Frio de Mai
Tarde de chuva fria.
Nostalgia de Sol, se sentia.
O frio polar se anuncia.
Chegando em frentes tamanha.
Cobrindo o Sol e a montanha,
Deixando no ar, melancolia.
Nostalgia de Sol, se sentia.
O frio polar se anuncia.
Chegando em frentes tamanha.
Cobrindo o Sol e a montanha,
Deixando no ar, melancolia.
quinta-feira, 3 de maio de 2012
Morte e vida nas Estradas ou Teoria da Roleta Russa
Desde que o automóvel se tornou parte integrante de nossas vidas, e extensão de nossos corpos, algo incrível tem acontecido. O que chamarei de Teoria da Roleta Russa, deriva do constante massacre que essa incrível máquina vem causando a humanidade, principalmente entre os jovens, que se matam mais e mais e nem ao menos entendemos o porque. O que quero tentar mostrar é o instinto de roleta russa, que é um modo de arriscar a vida pela aleatoriedade. A roleta russa, é um jogo conhecido onde uma bala é deixada no tambor de um revolver, esse tambor é girado e parado aleatoriamente, engatilha-se a arma e atira contra alguém ou contra si próprio. Nesse caso, a bala se engatilhada acertaria a vitima, que por azar ou sorte “perde” o jogo e a vida. No transito é possível perceber inúmeras atitudes e reações dos motoristas que agem exatamente da mesma forma, utilizando para isso o carro. No caso do transito, citarei o exemplo da BR381 em Minas Gerais, no trecho que vai de Belo Horizonte a João Monlevade. Este trecho de cerca de 100km é o com o maior numero de ocorrências de acidentes em batidas frontais entre dois veículos. Este trecho de estrada é um local absurdo em nossa sociedade, que permite a morte semanal de várias pessoas, em prol do deslocamento arriscado por entre curvas e curvas recortando as serras de Minas. Não faz sentido uma população aceitar o fato de que centenas de pessoas morram anualmente em um curto trecho de espaço e que nada seja feito, nem ao menos estudado. Permitindo esse absurdo, estamos aceitando fazer parte desse jogo de Roleta Russa que ocorre, pois por mais que Você não esteja querendo jogar, na outra direção pode ter alguém. A roleta russa é o jogo onde o stress e o alivio são atingidos no máximo, e se pensarmos na rodovia como um jogo perceberemos que fisicamente nossos corpos agem de forma parecida, porém sem a consciência de ser um jogo.
Na estrada, dentro da salinha ambulante com ar condicionado e fundo musical, longe da realidade agressiva e assustadora de fora, uma família viaja rumo ao litoral. O motorista dirige com cautela, pois sabe dos riscos do caminho, mas está tranquilo ali dentro, isolado do mundo real. Na outra direção, um jovem dirige estressado depois demais de 15km atrás de uma longa fila de carros e caminhões. Depois de meia hora sob a lentidão, e a impossibilidade de ultrapassagem, o nível de stress do rapaz atinge um ponto critico, e a partir dali seu corpo não consegue mais controlar a ansiedade e o nervosismo causados pelas descargas hormonais que invadem toda a corrente sanguinea, autorizando o corpo a tomar atitudes de risco de morte, sem que ele nem perceba. Nesse estágio, o rapaz já aceitou jogar a roleta russa, e começa a fazer ultrapassagens arriscadas a grande velocidade, esperando sempre que não venha ninguém do outro lado, ou que a bala não esteja engatilhada no tambor. Quanto mais ultrapassagens o rapaz faz, maior é o nível de adrenalina no sangue, fazendo-o correr mais e mais riscos. A adrenalina passa então depois de várias ultrapassagens e dominar o sangue todo, e o vício que ela causa impede o jovem de diminuir e ficar de novo atrás dos caminhões, pois o fator tempo, distancia também já estão no jogo. Quanto mais tempo se ganha, maior o risco que se corre, e a cada ultrapassagem o tambor também gira. Até que chega o momento que de tanto atirar ocorre o ato final. Depois de uma longa curva, a família segue tranquila pensando no longo caminho que tem pela frente e nas águas salgadas do mar. Mas a 130km/h surge de uma curva uma bala de uma tonelada, que simplesmente mata 5 pessoas com um único tiro.
A tragédia anunciada, aparece nas manchetes de jornais, mas ninguém faz nada, ninguém acha nada. O jovem que atirou, provavelmente nunca em vida e em condições normais toparia participar de um jogo de Roleta Russa com uma arma de fogo. Mas inconscientemente participou, ganhou e por fim perdeu na Roleta Russa do transito. Esse desvio psicológico causado pelo automóvel, é e já foi bastante estudado por inúmeros cientistas, mas até hoje ninguém conseguiu mostrar e tentar agir contra esse instinto de roleta russa, que ceifa vidas nas estradas brasileiras. O que leva alguém a arriscar se jogar de frente contra uma outra maquina a mais de 100km/h ? Provavelmente não a mesma lógica psicológica, mas quiçá uma fusão da cabeça e do corpo, em uma vontade incontrolável que vai de encontro ao instinto de sobrevivência natural de todos os homens. A experiência do FODAS, esse momento em que o homem aceita todo o risco de se puxar o gatilho, é que deveria ser estudado mais a fundo, para que possamos arrumar um meio de evitar esse momento. Talvez seja realmente impossível evitar que esse momento aconteça, e por isso duplicar as estradas tem sido a solução. O automóvel como maquina de gozo e prazer do homem, deve e tem que ter sua função social mudada. Enquanto o status do super-homem existir dentro do automóvel, essa disfunção inconsciente irá ocorrer, porque dentro dele o homem não consegue ter o controle sobre si mesmo, agindo num instinto ciborgue de pertencimento a máquina, e não de domínio e controle sobre ela.
Enquanto o carro for à alma do negócio, nossas almas também serão parte do negócio. A culpa nem sempre é do Álcool, como querem afirmar as estatísticas. Quantas pessoas suicidam todos os dias enlouquecidas pelo jogo de vida ou morte das estradas, sã e sóbrias? Quantas pessoas com a saúde mental perfeita, não arriscam a vida alheia em manobras impensadas? Será que é possível algum tratamento contra isso? Será que uma educação fundada no homem e desde a infância, e não na maquina não mudaria isso? Se desde a infância ensinarmos as crianças dos perigos e não dos prazeres do carro, ai talvez poderemos mudar um pouco as estatísticas. Pois os prazeres do automóvel são incomparáveis e incríveis, mas os risco também o são. E enquanto as auto-escolas mostram acidentes, nada adiantará. Tá na hora de mostrar que o homem não pode se tornar inconsequente dentro de um carro, porque é só dentro dessa maldita máquina, é que ele tem coragem de participar de uma Roleta Russa.
terça-feira, 1 de maio de 2012
Toda segunda de manha é a mesma ladainha...
Amanhece e os escravos da Bhbilônia,
Praguejam contra todo e todos,
E descontam logo cedo
Sua raiva contra a família,
Que também não queria estar ali
Mas como você, também não podia.
Estar em outro lugar,
Família é laço de sangue,
prisão domiciliar.
No pequeno espaço de convívio
Não há como não se irritar,
E logo de manha cedo
Você pragueja o próprio lar.
Do martírio ao desespero
Você se esmaga no navio negreiro,
O tal do ônibus cheio,
Que vai te levar,
Pro seu remunerado cativeiro
Sequestradores de tempo alheio,
Os patrões, prefeitos, marajás.
O seqüestro se chama emprego,
E você logo cedo,
Começa a trabalhar.
E espera do governo,
O seguro desemprego,
Ou a velhice chegar.
E fica em desespero
Na esperança o ano inteiro
Esperando que o governo
Não se esqueça de te pagar
E você realmente acredita
Que daqui a muitos anos,
O governo irá se lembrar?
Você é só mais um número,
Nada mais que estatística,
Para aqueles que você escolheu,
Para em tua vida mandar.
E agora fica ai,
No muro das lamentações,
Reclamando orações,
Em busca das ilusões,
Que nunca irão chegar.
Acorda doido,
Pensa mais na tua vida,
Ela não precisa ser sofrida,
Bota essa cabeça pra pensar...
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